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Home Música

O poder da palavra na estreia de Murilo Silvestrim

porAlejandro Mercado
14 de setembro de 2016
em Música
A A
Murilo Silvestrim

Foto: Renato Prospero / Reprodução.

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Quando o festival gaúcho El Mapa de Todos decidiu modificar seu formato algumas pessoas demoraram a compreender os motivos. Entre as razões encontradas pela organização, uma delas tem ligação direta com o artista que ilustra a “Prata da Casa” desta semana: foco em música para ser ouvida sentada, em que o que se diz é tão ou mais importante do que como se diz.

Murilo Silvestrim é um destes artistas em que o exercício da audição conserva peso fulcral na absorção de seu lirismo, algo que o músico nascido em Maringá traz consigo dos lápis, cadernos, letras, versos e rascunhos. Escrever para Silvestrim é criar pontes, estabelecer relações que se escondem nas entrelinhas textuais, é procurar mecanismos de extrair algo mais do que as roldanas das fábricas do cotidiano nos impõem. Seja através dos contos, crônicas, poesias ou músicas, Murilo Silvestrim vem estabelecendo uma identidade única na arte feita em Curitiba.

Em Prisma, seu primeiro disco, o cantor abraça seu amigo violão em um passeio delicado por planos paralelos, refratando a luz, o som e nós. Das oito canções do álbum, todas composições próprias, e conta com uma parceria com seu irmão, Ju Silvestrim, além da participação de 15 músicos ao longo do trabalho. O trabalho de realização do disco filtrou ao menos 300 canções compostas por Murilo nos últimos cinco anos. O artista precisou estabelecer um filtro de forma a encontrar o eixo que guiasse a narrativa de seu primeiro registro.

Se há pouco virtuosismo aos ouvidos acostumados a riffs escalafobéticos, Murilo compensa com a destreza de sua poesia acompanhada de arranjos suaves.

Da infância, dos relacionamentos, da família e das pequenas coisas que lhe dão prazer na vida, Silvestrim fez inspiração para a obra, recheada de verdade e inúmeros sentimentos, sensações que exigem, como já dito no início desta coluna, a entrega à audição, o respeito e a paciência em captar as sutilezas de cada verso e de cada nota desprendida pelo cantor.

Se há pouco virtuosismo aos ouvidos acostumados a riffs escalafobéticos, Murilo compensa com a destreza de sua poesia acompanhada de arranjos suaves. A melodia exerce o papel de cadenciar as sílabas do cantor paranaense, que não se esconde em rodeios ou firulas, pelo contrário. Ele exibe a beleza da sinceridade artística de quem exprime sua verdade anteriormente guardada no peito.

Em A Linha Fria do Horizonte, Jorge Drexler diz que mudar-se para Madrid e passar a tocar no lendário Libertad 8 fez com que ele piorasse enquanto instrumentista, mas entendesse a importância de direcionar o olhar e de cuidar sobre o que dirá, qual o poder da palavra. Murilo Silvestrim parece já ter percebido, também, que para onde você dirige o que você diz é muito mais importante, é a melhor forma de se comunicar. E que artista não deseja, como início, meio e fim de sua obra, comunicar algo a seu público?

Lançado no início de agosto, Prisma está sendo distribuído pela Tratore. Já a direção técnica do álbum é de Guilherme Silveira, enquanto Fred Teixeira (Babi Farah) foi o responsável pela mixagem e masterização.

Ouça “Prisma” na íntegra no Spotify

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Tags: Fred TeixeiraMPBMurilo SilvestrimMúsicamúsica paranaensePrismaTratore

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