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Home Música

Disco de estréia de Sevdaliza merece ser ouvido com atenção

porRenan Guerra
10 de julho de 2017
em Música
A A
Svedaliza

‘ISON’ é um universo próprio e complexo. Foto: Reprodução.

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Sevda Alizadeh nasceu no Irã, mas cresceu na Holanda. Formada em comunicação, ela só começou a trabalhar com música aos 24 anos. Sob o nome de Sevdaliza, ela lançou singles e EP desde o início de 2014, todos sempre aliados a videoclipes que apresentavam diferentes caminhos estéticos perseguidos por Sevda.

Em abril deste ano, Sevdaliza lançou seu disco de estréia, ISON, nomeado assim por causa do cometa descoberto em 2012. Com mais de uma hora de duração, o disco traz alguns singles já conhecidos, como “Human”, “Marilyn Monroe”, “Amandine Insensible” e “The Language of Limbo”, e entre o trip-hop e o R&B, ISON constrói camadas sonoras para que os versos pessoais e intensos de Sevdaliza achem caminhos.

Essa trajetória de Sevdaliza, com seus lançamentos esparsos, já havia conquistado um grande público, que acompanhava cada novo vídeo, cada nova experiência artística dela com atenção; e ISON representa o fechamento de um ciclo muito importante, mas, além disso, demonstra esse cuidado de Sevdaliza em diversas frentes: os detalhes artísticos que ela dá para cada movimento que realiza são muito interessantes, pois apresentam uma persona que vai bem além de sua música.

Seus videoclipes são a mais perfeita representação de sua busca estética, pois nos apresentam seu olhar sobre o nosso tempo e as sobre as nossas perspectivas de arte. Em “That Other Girl”, por exemplo, faixa de 2015, ela apresenta suas fotos de Instagram expostas numa galeria de arte futurista; já “Amandine Insensible” foi lançado em múltiplas plataformas, funcionando como uma perfomance da rotina diária da artista, em imagens e vídeos que podem ser adquiridos no banco de imagens Shutterstock.

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Além disso, seus vídeos se comunicam com diferentes universos, dando conta desse amálgama que forma a estética de Sevdaliza: “Human”, por exemplo, traz a cantora em uma releitura fantástica da cena de dança do filme O Sepulcro Indiano (1959), de Fritz Lang, em que Debra Paget dança de forma hipnótica para uma cobra. Na versão de Sevdaliza, ela se aparece metade humana, metade cavalo, hipnotizando homens.

Seu clipe mais recente, “Bluecid”, traz a cantora em trajes de gala, num luxuoso restaurante, a dançar de forma romântica com François Sagat, o ator pornô gay francês que se tornou ícone fashion e que já atuou em filmes de Bruce LaBruce e Christophe Honoré.

Nesse espectro visual, a arte gráfica de ISON é outro detalhe que merece atenção. Feita pela artista surrealista Sarah Sitkin, a obra busca o conceito de Sevdaliza sendo sua própria mãe e dona de suas vidas passadas, dando forma a seus dezesseis filhos, isto é, suas canções. Loucura né? Mas para quem ouvir o disco no YouTube, ainda há uma surpresa: o diretor Hirab Sab cria movimentos em torno dessa arte da capa, fazendo com que cada canção nos mostre determinados detalhes da obra de Sitkin, em confluência com a música.

Ison, de Svedaliza
Capa de “Ison”, de Sevdaliza. Foto: Divulgação.

ISON, no todo, soa a afirmação de uma artista que busca constantemente seu íntimo para assim construir sua arte, por isso mesmo é inegável as conexões deste trabalho com outros de suas contemporâneas, como FKA twigs e Kelela. A referência a twigs é quase óbvia, já que ambas buscam essa construção imagética tão forte quanto suas referências musicais.

ISON constrói camadas sonoras para que os versos pessoais e intensos de Sevdaliza achem caminhos.

Num espectro mais clássico, a música de Sevdaliza se comunica de forma muito forte com o trip-hop dos anos 90, de Portishead a Tricky, porém, a relação mais intensa é certamente com Björk, seja por suas escolhas estéticas distintas, por sua entrega em suas letras ou por suas sonoridades detalhadas e delicadas.

De letras, em sua maioria, dolorosas, ISON é um álbum muito íntimo de Sevdaliza, que mostra que por trás de qualquer construção estética ou visual, há uma mulher forte e intensa, que não tem medo de se mostrar vulnerável. É impossível ficar impassível perante um canto que diz “How can I suffer without the pain / Can we struggle without our shame / It brings me back to life” (em “Amandine Insensible”) ou que clama ser simples e tão somente um ser humano, em “Human”.

Indo de um canto intenso e quase tântrico até a spoken word, ISON é um grande álbum para quem se deixa levar pelo universo de Sevdaliza, mas mais que isso é um cartão de visitas poderoso para uma artista grandiosa.

Ouça ‘ISON’ na íntegra no Spotify

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Tags: BjörkCrítica MusicalFKA twigsFrançois SagatFritz LangHirab SabISONKelelaMúsicaPopPortisheadR&BSarah SitkinsevdalizaSpoken WordTrickytrip hopVideoclipe

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