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Trupe Chá de Boldo e a cura da ressaca dos Brasis

Grupo paulistano Trupe Chá de Boldo mergulha em experimentações e no seu íntimo para fazer músicas que sejam um reflexo seu e nosso.

porAlejandro Mercado
15 de março de 2016
em Música
A A
Trupe Chá de Boldo e a cura da ressaca dos Brasis

Imagem: Divulgação.

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Paemus boldus Molina, ou boldo, é uma planta muito utilizada em tratamentos caseiros. Originária do Chile, ela tem substâncias que estimulam a produção da bile. Sendo assim, a maioria dos benefícios obtidos pela ingestão do chá feito a partir da planta está relacionada à melhoria da digestão. Mas este não é o único, também estando associado ao tratamento dos sintomas da ressaca, ganhando o delicado (e sugestivo) apelido de “chá cura ressaca”.

Entre um alívio para as intolerâncias (gastrointestinais) e para a ressaca (que poderia ser a de ter que encarar as duras dificuldades da vida), o chá de boldo também assume a forma de um grupo que, com quase dez anos de palcos, tem chamado a atenção com sua forma particular de fazer experimentações musicais.

A paulistana Trupe Chá de Boldo já está em seu terceiro disco, o contundente Presente, lançado em março do último ano. Sequência de Bárbaro (2010) e Nove Manha (2012), o disco é resultado de um trabalho fechado em sua própria existência. Na prática, isso representa a escolha da banda paulistana em não trazer participações na construção do disco.

Presente é um nome deveras sugestivo ao trabalho e sua representação enquanto peça de arte. Na simplicidade de sua essência e no minimalismo de sua roupagem, um abraço sincero entre elementos da MPB e do rock psicodélico, a Trupe Chá de Boldo ressignificou para si mesma o sentido do coletivo, onde as mãos, braços, mentes, corações e olhos estão direcionados a um mesmo objetivo.

Se o retorno ao âmago de sua formação poderia representar certo comodismo, por sorte o grupo faz justamente o contrário, arriscando em arranjos inusitados e ligeiramente excêntricos, tornando este momento da carreira da banda um ponto de exclamação, uma irresistível forma de exigir o contato do público, já que sua orquestração demanda pela fagulha do humano, da vida.

Se o retorno ao âmago de sua formação poderia representar certo comodismo, por sorte o grupo faz justamente o contrário, arriscando em arranjos inusitados e ligeiramente excêntricos.

O suingado de canções como “Meu Tesão é Outro”, uma crítica aos costumes do excesso – que não o de amor, diga-se -, constroem uma forma animada de enxergar nossa passagem pelo mundo.

“Diacho” talvez seja a melhor síntese do que a Trupe Chá de Boldo queira ao curar nossa ressaca de costumes esquisitos. “Pra que tanto Armani no armário? / Se o melhor da vida a gente faz sem renda / Se renda ao calor”, canta o grupo na canção que reverbera continuamente em Presente, como um ponto de passagem obrigatório durante sua audição.

Há ainda espaço para invocar amores (im)possíveis, como em “Cine Espacial”; para lançar olhares para o abismo, como em “Lampejo”; e saber que a vida é uma avenida por onde passam (tantos) amores para tudo acabar em samba, como somos apresentados em “Amores Vão”. Afinal, “a dor é menor, bem menor, quando termina em samba.”

Com treze integrantes (Ciça Góes, Felipe Botelho, Gustavo Cabelo, Gustavo Galo, Guto Nogueira, Julia Valiengo, Leila Pereira, Marcos Mumu, Pedro Gongom, Rafael Weblowsky, Cuca Ferreira, Remi Chatain e Tomás Bastos), a Trupe Chá de Boldo parece ter encontrado o entrosamento perfeito, fazendo mais um trabalho coeso ao trazer percussões, guitarras, instrumentos de sopro e outros de forma homogênea, um som orgânico e de tarefa ingrata para quem queira rotulá-los.

Produzido por Gustavo Ruiz (produtor e guitarrista de Tulipa Ruiz), Presente consegue equilibrar um recorte entre a existência do grupo e o período em que o trabalho está inserido. Um prato cheio para entendermos do que o Brasil (ou Brasis) é (são) feito (feitos).

Banda faz show em Curitiba

A Trupe Chá de Boldo se apresentará pela primeira vez em Curitiba. A banda estará no Teatro do Paiol o próximo dia 8 de abril, sexta-feira, às 20h.

SERVIÇO | Trupe Chá de Boldo no Paiol

Onde: Teatro do Paiol – Praça Guido Viaro, s/nº;
Quando: 08 de abril, sexta, às 20h;
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada);
Onde comprar?: (somente dinheiro) – bilheteria do Paiol, terça a sexta, das 13h30 às 19h; sábado e domingo, das 15h até o horário do evento – e Restaurante Mezanino das Artes (Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 805), segunda a sábado, das 11h30 às 23h;
Realização: Santa Produção.

NO RADAR | Trupe Chá de Boldo

Onde: São Paulo, São Paulo.
Quando: 2006
Contatos: Site | Facebook | Soundcloud | YouTube

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Tags: bandas paulistanasGustavo RuizMPBMúsicarock paulistanorock psicodélicoTrupe Chá de Boldo

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