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Home Teatro Em Cena

Piscator e a linguagem enquanto arma para transformar a sociedade

Piscator ajudou a pensar o mecanismo cênico que até hoje serve de base ao teatro ocidental. Coluna trata desta personalidade imprescindível à arte.

Bruno Zambelli por Bruno Zambelli
31 de janeiro de 2020
em Em Cena
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Piscator

Erwin Friedrich Maximilian Fischer (1893-1966), o Piscator. Imagem: Reprodução.

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Erwin Friedrich Maximilian Fischer (1893-1966) pode não ter a fama ou prestígio comparáveis a outros grandes encenadores do século XX, como seu conterrâneo Bertolt Brecht, por exemplo, mas isso não passa de uma injustiça histórica que deve ser combatida. Piscator, pseudônimo que adotou para fugir à perseguição nazista dirigida aos judeus na primeira metade do século passado, pensou, criou e revolucionou o teatro ocidental de maneira definitiva e radical, trabalhando métodos e ideias que buscam compreender a arte além da distração ou do entretenimento, usando-a como um laboratório do comportamento do homem e de sua educação moral. Considerando o teatro como uma ferramenta, ou melhor dizendo uma arma, Piscator fez de suas encenações verdadeiros manifestos que tinham como função a transformação da sociedade vigente em uma verdadeira sociedade humana e igualitária.

O início e o meio

“Eu ostento os meus fracassos ao peito como outros usam medalhas”. O início da carreira de Erwin deu-se no teatro experimental em Berlim, no Volksbühneem, em 1919. Desde essa época, o artista se dedicou a pensar um teatro que buscasse fazer compreender aos espectadores, entendidos como o povo, que a vida privada da população, suas ações individuais, são determinadas e regidas pelo mundo que os cerca e, por conseguinte, pelos atores que definem esse mundo, seja através da política, das artes ou do dia-a-dia.

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Em 1924, ainda no Volksbühneem, Piscator torna-se diretor, dramaturgo e produtor. Assim passa não só a pensar, mas também encenar suas próprias peças de acordo com as suas teorias sociopolíticas, criando um mecanismo cênico que permitia a reconstituição épica da vida real. Sua adaptação da obra The Robbers, de Friedrich Schiller, por exemplo, gerou grande polêmica por conta do corte de grande parte do texto, substituído por discursos e palavras que atendiam melhor aos seus desejos de homem de teatro. Segundo o encenador, “o problema que se põe ao homem de teatro é o de revelar ao espectador a sua própria história, a história da sociedade, a história política. E quando digo política estou a pensar na palavra grega polis, isto é, a coletividade dos cidadãos”.

Em 1927, já gozando de certo prestígio e colecionando detratores, funda a Piscator-Bühne, sua própria companhia de teatro, onde continua a produzir peças polêmicas. Em 1928, encenou e produziu uma notável encenação do romance checo As aventuras do bravo soldado Schweik, de Jaroslav Hasek. Próximo da ascensão de Hitler ao poder na Alemanha, Piscator dedicou a sua obra à situação política da União Soviética, e em 1931, foi a Moscou para trabalhar para a Mezhrabpom, empresa cinematográfica soviética associada à organização Workers International Relief. A ascensão de Hitler ao poder, em 1933, faz com que a temporada de trabalho de Piscator na União Soviética transforme-se em exílio. Nessa mesma época, numa rápida passagem por Paris, casa-se com Maria Ley.

Em 1939, Piscator e Maria Ley emigram para os Estados Unidos, onde passa a trabalhar com coros políticos mais agressivos, reconhecendo também na provocação uma forma de despertar um público passivo por natureza. Em Nova Iorque, torna-se diretor do Dramatic Workshop, no ano de 1940. Ali pode se dedicar a desenvolver melhor um método, apesar de sua falta de intimidade com uma escrita mais analítica e disciplinada que o proporcionasse difundir melhor suas ideias, e torna-se mestre de figuras lendárias como Marlon Brando, Tony Curtis, Judith Malina, Elaine Stritch e Tennessee Williams.

Como Brecht, Stanislavski, Kantor e Artaud, seu legado pode parecer datado em alguns aspectos, no entanto um mergulho mais planejado em sua alma, que artistas não costumam ficar do lado raso da vida, permite perceber a profundidade e até mesmo a necessidade de seu pensamento em tempos atuais.

O retorno

Em 1951, Piscator volta à Alemanha e, em 1955, encena o romance de Leon Tolstoi, Guerra e Paz, espetáculo que foi apresentado em cerca de 16 países e considerado até hoje como sua obra-prima. Segundo o encenador, “a história da criação do mundo é a história das revoluções e das guerras passadas. No tocante a Guerra e Paz, considero que no mundo em que vivemos fala-se e vive-se muito mais a guerra do que a paz, por isso a obra torna-se absolutamente necessária”. Ainda sobre a obra, Piscator afirma que suas conclusões sobre ela diferem das do autor, um pacifista por natureza: “Tolstoi crê na continuação da vida natural, apesar das guerras; parece-me, pelo contrário, que um dia virá em que a vida natural será exterminada. Os princípios de Tolstoi são metafísicos, os meus concretos”.

Em 1962, Piscator assume o cargo de director da Freie Volksbühne, em Berlim. Um ano depois, produz a peça The Deputy, de Rolf Hochhuth, sobre o Papa Pio XII e a alegada negligência nos salvamentos de judeus italianos das câmaras de gás nazistas. O diretor continuou criando suas obras até 1966, ano de sua morte.

O legado

Piscator, suas obras, seus escritos e seu pensamento são imprescindíveis para a compreensão do teatro moderno e contemporâneo. Através de suas encenações, o artista ajudou a pensar o mecanismo cênico que até hoje serve de base para o teatro ocidental. Como Brecht, Stanislavski, Kantor e Artaud, seu legado pode parecer datado em alguns aspectos, no entanto um mergulho mais planejado em sua alma, que artistas não costumam ficar do lado raso da vida, permite perceber a profundidade e até mesmo a necessidade de seu pensamento em tempos atuais.

Sobre o público, por exemplo, quando perguntado sobre a facilidade do discurso do teatro épico, que segundo o entrevistador guia o pensamento do espectador, Piscator parece falar sobre os tempos atuais. “Temo que falte ao público imaginação suficiente, que ele seja demasiado inocente. Não lhe parece que do contrário Hitler não poderia ter alcançado o poder? Além disso, por que é que o público haveria de ter imaginação das 20 às 22 horas, e deixaria de ter até a noite do dia seguinte? Quando convivemos com a ascensão do horror, talvez seja necessário explicar tudo”.

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Tags: Elaine StritchErwin Friedrich Maximilian FischerGuerra e PazJudith MalinaMarlon BrandonazismoPiscatorteatroTennessee WilliamsThe RobbersTony CurtisVolksbühneem
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