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HAP-HAP-HAPPENING!

Coluna aborda o happening, sua história e importância artística, analisando seu cruzamento com o teatro moderno e contemporâneo.

Bruno Zambelli por Bruno Zambelli
6 de novembro de 2020
em Em Cena
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Provos: happening e teatro. Imagem: Reprodução.

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Não existem regras a serem seguidas, cartilhas explicativas, cursos presenciais e a distância ou qualquer outra coisa que ensine, defina, tente explicar ou encarcerar aquilo que se chama happening. Tido por alguns como um irmão livre e desleixado do teatro, ridicularizados por tantos outros como um “chilique exibicionista e escandaloso”, o happening está longe de ser uma unanimidade, seja entre os artistas ou o público.

Dizem que nasceu em Nova Iorque, no ano de 1959, com a mostra de Allan Kaprow 18 Happenings in Six Parts, pode ser, mas a verdade é que Mister Kaprow apenas batizou algo que sempre esteve por aí desde os primórdios: o esforço incansável das vanguardas do último século em fundir vida e arte, sonho e realidade, ação direta e poesia. Mais do que vendido ou encaixotado para presente, o happening foi estimulado, experimentado, e o impacto de sua utilização, a força de sua rebeldia, provam que apesar do passar do tempo sua prática continua sendo “um meio de assalto para mudar a sociedade, influenciando os homens e obrigando-os a abandonar qualquer rotina”.

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Apesar da definição tardia de Allan Kaprow nos primórdios dos anos 1960, existem estudiosos, boêmios, intelectuais e vagabundos descolados no assunto que garantem que o happening é tão antigo quanto o próprio ser humano e que sua prática foi sendo reinventada, redescoberta e readaptada através dos séculos mundo afora.

Walter Benjamin caminhando à deriva em direção à iluminação, Rimbaud baleado pelo ciúmes de Verlaine, Guimarães acendendo o seu cigarro num galho seco em chamas no fundo do mato, Bart Huges fazendo uma trepanação da própria caixa craniana com uma broca de dentista ou as ruas do Rio de Janeiro rebatizadas com o nome de Marielle Franco; tudo happening, há quem diga. Pode ser.

A verdade é que existe mais ação do que definição na coisa, de modo que pouco importa o que é ou deixa de ser happening e sim que simplesmente algo aconteça. Geralmente violento, quase sempre imprevisível e nunca modorrento, não seria errado, tão pouco exagerado, dizer que o happening é também um espetáculo teatral. Como no teatro, é preciso que tanto o público quanto o atuador, seja ele uma pessoa, um objeto ou seja lá o que for, estejam ali naquele momento, vivenciando o mesmo instante, dividindo o mesmo pavor diante do desconhecido.

Sempre controverso, seja na época de sua invenção ou nos dias atuais, o happening conquista fãs com a mesma velocidade com que coleciona desafetos.

Diversos grupos teatrais se dedicaram a estudos e experimentações testando o limite entre as artes cênicas, suas técnicas e regras, e o happening, talvez o mais famoso desses grupos tenha sido o Living Theatre, grupo de teatro anarquista norte-americano que nos anos 60, em temporada na cidade de Amsterdam, tomou contato com o grupo holandês Provos e a contracultura europeia. No Brasil, o Teatro Oficina, comandado pelo lendário José Celso Martinez Corrêa, investiga há décadas essa fusão e suas peças são obras-primas que demonstram a medida exata de um e de outro em plena harmonia caótica, tal qual deve ser.

Sempre controverso, seja na época de sua invenção ou nos dias atuais, o happening conquista fãs com a mesma velocidade com que coleciona desafetos. Alguns o exaltam, outros torcem o nariz e dão de ombros. Se é possível arriscar ao menos uma afirmação sobre, normalmente a prática está ligada a concepções mais libertárias de arte e de mundo. Sendo usado tanto por grupos artístico quanto por civis em protestos contra o Estado, o happening é arma incontest para se defender uma ideia, denunciar uma injustiça e, em suma, para se fazer ouvido mesmo que seja na base do grito. Novamente, insisto: tal qual o teatro. Além de todas essas coincidências, ou “parecências”, happening e teatro têm em comum a liberdade enquanto norte e condição inegociável. Ambos só são vivenciados em sua totalidade quando deixados em voo livre.

Nesses tempos sombrios em que vivemos, onde o Estado é inimigo declarado da cultura e faz de tudo para sucateá-la e controlá-la, na base da ameaça e da força, o happening é inegavelmente uma forma de resistência artística possível, incomoda, necessária e eficaz. Surgindo e desaparecendo no meio da cidade, em forma de protesto ou poema, é possível fazer do happening uma prática cotidiana de delírio para afrontar e reinventar essa vida civilizada e mal passada que somos obrigados a engolir diariamente. Graças aos deuses, enquanto houver happening, haverá poesia e pedra na vidraça!

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Tags: Allan KaprowhappeningLiving Theatreteatroteatro Oficina
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