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O cômico cruel da Casa Selvática

porHelena Carnieri
6 de junho de 2017
em Teatro
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Espetáculo Linda Blair entra na sala, da Casa Selvática

Espetáculo 'Linda Blair Entra na Sala', da Casa Selvática. Foto: Ester Gehlen.

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Antes mesmo de assistir à peça, um motivo de palmas para a Casa Selvática, que congrega artistas interessados em algum tipo de transgressão no bairro Rebouças. Aqui vai: o público.

Estou até me acostumando com a ideia de uma plateia majoritariamente formada pela classe teatral, como acontece muitas vezes em outros teatros. Mas confesso que me parece mais certeiro atrair o público em geral, e esse tem sido um mérito da casa cor-de-rosa da Selvática.

Linda Blair Entra na Sala é um texto de 2003, de Leonarda Glück, que traz já no título uma referência à cultura pop, nomeando sua anti-heroína conforme a atriz de O Exorcista (1973). Outras intertextualidades com o cinema e a televisão surgem, como no cover do bizarro clipe “Physical”, de Olivia Newton-John, escolha que exemplifica bem a vocação do local para o entretenimento e a comédia.

Aqui Linda (Patrícia Cipriano) é uma mulher rica que deseja comprar tudo e todos que vê pela frente, insuportável, e interrompida por funcionários, homens que a cerceiam até a internação num manicômio.

Conforme o programa da peça, a ideia é criticar o estigma sofrido pelas mulheres, assim como Linda, a real, que ficou marcada pessoal e profissionalmente pela produção de terror que estrelou aos 13 anos.

Conforme o programa da peça, a ideia é criticar o estigma sofrido pelas mulheres, assim como Linda, a real, que ficou marcada pessoal e profissionalmente pela produção de terror que estrelou aos 13 anos. Por outro lado, a protagonista do espetáculo se encontra tão cercada por funcionários malévolos e misteriosos que não seria tão estranho associá-la a K., personagem de Kafka em O Processo, cercado pela impossibilidade por todos os lados. Homem.

Os ocasos de Linda, rocambolescos, sustentam o interesse em grande parte devido à itinerância pelo interior da casa, já que o espetáculo explora todos os cômodos da residência, carregando de um lado para o outro a plateia.

Além disso e das alusões trazidas pelo texto, a encenação de Linda Blair Entra na Sala oferece sacadas ligadas à teatralidade, com meia dose de humor, meia de crueldade, como no espancamento com almofada e no sufocamento com roupas. Esses objetos são sempre tratados como outra coisa: um queijo e dinheiro, nos casos acima.

A sopa de ervilhas famigerada por O Exorcista como vômito se faz presente, assim como momentos marcantes, tais quais a entrada (nua) e saída (vestida) da atriz de uma geladeira.

Voltando ao começo, é fundamental para a cidade a existência de espaços independentes como a Selvática, e parece auspicioso que seus espetáculos atraiam um público variado (mesmo aos domingos!). O nonsense aliado às referências da cultura pop, traços comuns nos textos selváticos, só têm a ser enriquecidos com o investimento contínuo na pesquisa dessas linguagens caras à casa, de uma teatralidade cômica e ao mesmo tempo provocadora.

SERVIÇO | ‘Linda Blair Entra na Sala’

Onde: Casa Selvática | R. Nunes Machado, 950 – Rebouças;
Quando: Até 18/06, de sexta a domingo, às 20h;
Quanto: R$20 e R$10;
Duração: 1 hora.

Ficha técnica

Texto: Leonarda Glück;
Direção: Semy Monastier;
Elenco: Patricia Cipriano, Lucas Tatarin, Matheus Henrique, Ricardo Nolasco e Victor Hugo;
Sonoplastia: Jo Mistinguett;
Iluminação: Fábia Regina;
Imagens: Amira Massabki.

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Tags: Amira MassabkiCasa SelváticaCrítica TeatralFábia ReginaJo MistinguettLeonarda GlückLinda BlairLinda Blair entra na salaLucas TatarinMatheus HenriqueOlivia Newton-JohnPatrícia CiprianoRicardo NolascoSemy MonastierTeatroTeatro CuritibanoVictor Hugo

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