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Final de ‘Os Dias Eram Assim’ deixa a desejar

'Os Dias Eram Assim' se perde em reta final, se distancia do viés político e apresenta final previsível e cheio de clichês.

porGabrielle Russi
20 de setembro de 2017
em Televisão
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Final de ‘Os Dias Eram Assim’ deixa a desejar

Imagem: Reprodução.

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Nessa última segunda-feira, 18, foi ao ar o último capítulo da primeira supersérie da Rede Globo, Os Dias Eram Assim. Porém, o desfecho só serviu para ajudar a concluir que de super a produção não teve nada. O final foi previsível e sem graça, perdendo boas oportunidades de protestos políticos e indiretas à situação atual no país. Afinal, era o que se esperava de um folhetim que se propôs a mostrar a crueldade da ditadura em uma época em que se constata que os brasileiros ignoram a própria história e pedem intervenção militar. Mas já fazia muito tempo que a novela havia se perdido.

A reta final foi apática e, para não perder totalmente o interesse do espectador, apostou em situações forçadas. Com o pano de fundo político cada vez mais brando, coube a série investir nos bons e velhos clichês de final de novela, e foram muitos: o vilão que enlouquece e inferniza a vida dos mocinhos, o susto com a possibilidade de falecimento de um dos protagonistas, a tradicional cena de acidente de carro que mata o vilão, a mãe que enlouquece com a morte do filho e famílias que esquecem as desavenças e se unem em um momento emocionante.

Mas não vamos tirar os méritos: a trama contava com o trunfo da boa abordagem à Aids por meio da personagem Nanda (Julia Dalávia), e foram essas as sequências que salvaram o último capítulo. A história personagem tinha como objetivo mostrar o preconceito que envolvia a doença na época e desassociar o vírus HIV dos homossexuais (primeiro grupo de risco catalogado na época). A cena foi emocionante: após se casar com Caíque em uma cerimônia intimista na praia, a jovem, que já estava bastante debilitada, faleceu em casa, nos braços do marido. Depois no falecimento, houve uma bonita homenagem a muitas pessoas “reais” que morreram naquela época.

A reta final foi apática e, para não perder totalmente o interesse do espectador, apostou em situações forçadas.

E a produção que foi notícia diversas vezes durante sua exibição pelos erros cronológicos, tendo como principal exemplo a trilha sonora e os figurinos, apostou em uma reconstituição de fatos históricos de relevância, por meio de imagens de arquivos, para mostrar a passagem de tempo e chegar em 2017, na última cena da trama. E foi nesse ponto que mais desapontou.

Algumas especulações sobre o final de Os Dias Eram Assim já haviam previsto esse salto para os dias atuais. Entretanto, o que se esperava era que os protagonistas, caracterizados como mais velhos, participariam de uma manifestação contra o governo do Presidente Michel Temer e, aos gritos de “Diretas Já”, eles lembrariam que a atualidade se parece muito com os tempos de antigamente. Mas não foi essa cena que vimos. Alice e Renato (Sophie Charlotte e Renato Goés), enquanto namoravam na praia, escutaram um barulho (que não ficou claro o que era) e começaram a lembrar das manifestações ocorridas entre 1983 e 1984 (veja algumas cenas aqui).

Não houve nenhuma indireta ao governo atual e nenhuma forma de protesto. Os personagens não apareceram em meio à população reivindicando melhorias. E não foi por falta de contexto, pois esse seria o final perfeito. A novela perdeu uma ótima oportunidade de terminar de maneira esplêndida e passando uma excelente mensagem social.

Tags: análise de TVClichêsCrítica de TelevisãoCrítica TelevisivaJulia DalaviaMichel TemerOs dias eram assimRede GloboRenato GoésSophie CharlottesupersérieTelevisão

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