No último fim de semana, passeando pelo Twitter, me deparo com vários comentários dizendo que a nova série brasileira original da Netflix, O Escolhido, era muito boa. Não foi um, nem dois, mas vários tweets dizendo o mesmo. Abri a minha conta da Netflix, dei uma olhada na sinopse e, definitivamente, não era algo que me fizesse ter vontade de assistir.
Alguns outros comentários depois, resolvi me render e começar a ver. A série, que se diz paranormal, conta a história de três médicos: Lúcia (Paloma Bernardi), Enzo (Gutto Szuster) e Damião (Pedro Caetano). Ao se depararem com uma mutação do vírus da Zika no Mato Grosso do Sul, os médicos, que trabalham no sistema público, precisam ir até um vilarejo chamado Aguazul para vacinar a população. A área é remota e perto do Pantanal, o que já dificulta o seu acesso. A partir disso, já se sabe que vai ser difícil chegar até lá.
Tudo isso é o que prende o espectador porque, no fim, a série conta com alguns deslizes, atuação fraca e acontecimentos mal explicados. Mas ela atiça a curiosidade, faz você não desligar a TV mesmo não gostando.
Quando chegam em algo que parece a fronteira até Aguazul, os três médicos se deparam com um ônibus pichado com um aviso pedindo para que eles não entrassem. Misturando isso ao fato de que o vilarejo é praticamente inacessível e ninguém sabe o que acontece por lá, é claro que eles se arriscam e continuam o caminho.
Depois disso, ainda precisam atravessar um rio para chegar na pequena cidade e, felizmente (ou não), encontram um homem com um barco que oferece carona. Eles explicam a esse homem o que vão fazer lá, mas ele já adianta que eles não vão conseguir e por isso iria esperar eles para voltarem, visto que não demoraria muito.
Não foi por falta de avisos, mas eles finalmente chegam no local. Ao avisarem que irão aplicar a vacina contra uma mutação da Zika, não demora muito para que sejam expulsos do local aos empurrões e ameaças.
Era a hora de ir embora
Finalmente, a história começa. Basicamente, o vilarejo de Aguazul é um local onde ninguém fica doente e que existe um curandeiro, um enviado de Deus, chamado O Escolhido. Ele e a população do local acreditam que a vacinação é um veneno mortal para o corpo e que eles não precisam disso, por isso não gostam da ideia dos médicos.
Mas de nada adianta. Os doutores acabam se envolvendo com o vilarejo e toda a sua paranormalidade e começam a se ver presos no local, manipulados e sem previsão de sair. São conflitos religiosos, brigas, ceticismo, crimes, pecados, cultos, manipulação, mortes, entre muitos outros fatores que só deixam a história mais complicada.
Tudo isso é o que prende o espectador porque, no fim, a série conta com alguns deslizes, atuação fraca e acontecimentos mal explicados. Mas ela atiça a curiosidade, faz você não desligar a TV mesmo não gostando. No fim, O Escolhido se encerrou com uma deixa que pode significar uma segunda temporada, o que com certeza quem assistiu quer. Porém, será preciso saber se as notas e a resposta do público vão valer a pena para que haja uma continuação.
O Escolhido conta com seis episódios.