• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Televisão

O futuro da televisão está na internet?

Canais de televisão investem em youtubers e influenciadores digitais como estratégia de busca de uma nova audiência.

porMaura Martins
18 de setembro de 2017
em Televisão
A A
O futuro da televisão está na internet?

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

A televisão atravessa processos de transição. Muito se fala – e se pesquisa – sobre esta nova TV reajustada pelo consumo que acontece em outros lugares, como os celulares e computadores. As emissoras têm constatado isso (a de que não se assiste mais a TV apenas no seu aparelho de “origem”, nem na hora estipulada pelas grades) e têm investido em aplicativos nos quais disponibilizam seus conteúdos, para assinantes ou não. Muitas têm colocado seus programas gratuitamente em plataformas como o YouTube logo após terem sido exibidos.

Em suma, estamos todos aguardando para ver como será essa nova TV. Claro está que é mesmo esperado que a televisão, assim como todo meio de comunicação de massa, esteja sempre em transição, sempre enfrentando alguma “crise”. Já foi assim, por exemplo, quando o cinema começou a investir em novos formatos e gêneros, já que as pessoas não sairiam tanto de casa para consumir histórias, pois agora teriam TVs nos seus lares.

Mais recentemente (há uns 15 anos, o que não é muita coisa), a TV passou a ser provocada a se repensar. Ao menos desde Lost (2004-2010) – cuja narrativa pressupunha que o espectador garimpasse pistas em outros lugares, como em uma internet ainda nos seus primórdios – já começamos a compreender que o consumo televisivo se estenderia para além do aparelho. A internet passava a reinar enquanto uma atmosfera complementar, e mesmo principal, dentre as mídias. Se antigamente pensávamos que o que não estava na TV não existia no mundo, esta lógica se transfere cada vez mais para o ambiente digital.

Em meio a tudo isso, um fenômeno desponta: o público começa a mudar. Uma nova geração parece menos disposta a acessar a TV, ao menos no seu modo convencional. Se antes as estrelas televisivas eram como deuses do Olimpo, invejados e inalcançáveis, há agora um novo panteão de web celebridades que se constroem numa outra lógica, sob uma outra relação com a audiência. Youtubers, bloggers, digital influencers, são essas as caras que hoje se tornam “marcas” valorizadas e cobiçadas pelo público. Os dados começam já a pipocar no mercado: recentemente, uma pesquisa do Google revelou que, dentre as 20 personalidades mais influentes do Brasil, 10 vêm da internet. O primeiro é o youtuber Whindersson Nunes. O leitor deste texto pode nunca ter ouvido falar desse nome (eu mesma não o conhecia até pouco tempo), mas vale apontar que mais de 20 milhões de pessoas se inscreveram espontaneamente em seu canal do YouTube – uma audiência maior do que muitos programas de TV.

Uma nova geração parece menos disposta a acessar a TV, ao menos no seu modo convencional. Se antes as estrelas televisivas eram como deuses do Olimpo, invejados e inalcançáveis, há agora um novo panteão de web celebridades que se constroem numa outra lógica, sob uma outra relação com a audiência.

A novidade talvez seja que cada vez temos mais sintomas das permeações disso tudo com a televisão. Recentemente, a atriz Natallia Rodrigues contou ter sido preterida para um trabalho em razão de que não teria muitos seguidores em suas redes sociais. Além disso, uma reflexão trazida pelo jornalista Mauricio Stycer levantou o questionamento sobre a pertinência de Sophia Abrahão enquanto apresentadora, posição em que ela não se revela muito competente, uma vez que um dos principais critérios da aposta da Globo feita na atriz é o fato de ela ser muito popular na internet.

Existe, portanto, um fenômeno que se prenuncia aos nossos olhos: o encontro entre dois mundos que pareciam incomunicáveis, regidos por lógicas totalmente diversas. Por um lado, a lógica televisiva praticada no Brasil há pelo menos 67 anos, com apresentadores comunicativos, estrelas idealizadas e uma ideia específica sobre o que significa carisma, a capacidade de tocar o coração e a mente das massas. Por outro, a lógica construída na internet pelas margens, com outros personagens, que se constroem sob uma relação mais intimista com seu público e, de modo geral, menos ensaiada ou encenada (ou que ao menos tenta parecer assim).

Há todo um universo que se desdobra, sobretudo entre os jovens, e que os meios mais “adultos”, como a TV, correm para tentar entender. As lógicas do mundo digital são outras, mais fluidas, pressupõem outra noção sobre o conteúdo. As celebridades do mundo digital parecem mais próximas, mais “descontruídas”, e tentam se colocar mais “gente como a gente”, embora isso, obviamente, também possa ser apenas uma representação (normalmente é). As webcelebs sugerem possuir muito menos graus de separação com os seus fãs, que se sentem mobilizados, por razões que ainda não entendemos totalmente, a defendê-los com unhas e dentes – vide, por exemplo, fenômenos como a vitória de Emily no último Big Brother Brasil, angariada justamente pelo levante de uma legião incontável de apreciadores que se mobilizaram para premiá-la, ainda que ela não tivesse uma personalidade muito admirável.

E por que isso acontece? Recorro novamente à análise feita por Mauricio Stycer, que me parece adequada: trata-se de um esforço da televisão por tentar atingir um público que não mais a assiste. Estratégia legítima, embora arriscada – no mínimo, interessante. Estamos assistindo, in loco, ao processo de experimentação e transição em um veículo de comunicação que reina soberano no Brasil há muitas décadas.

Há uma espécie de “corrida do ouro” por esse caminho da internet – tanto de pessoas que querem suceder nesta nova plataforma (e buscam a todo custo encontrar a fórmula do sucesso, de como se tornar um youtuber bastante popular), quanto das emissoras que estão sedentas por tirar algum proveito desta (ainda) nebulosa linguagem que se prenuncia nas redes.

Em breve saberemos se deu certo (e, mais que isso, se “dar certo” continua significando níveis de audiência) e se a qualidade televisiva vai ter que ser medida por outra régua, na qual Sophia Abrahão, Whindersson Nunes e tantos outros serão peões importantes para a manutenção da “velha” TV.

Tags: BBBCrítica Televisivadigital influencerInternetNatallia RodriguesSophia AbrahãoTelevisãoWebcelebsWhindersson NunesYouTubeYoutubers

VEJA TAMBÉM

Elenco da nova versão de 'Vale Tudo'. Imagem: TV Globo / Divulgação.
Televisão

‘Vale Tudo’ opta pela manutenção do melodrama

27 de abril de 2025
Personagem de Pedro Pascal faleceu no segundo episódio. Imagem: HBO / Divulgação.
Televisão

‘The Last of Us’: o fim de Joel e o começo do abismo

24 de abril de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Primeira edição de O Eternauta, publicada na revista Hora Cero Semanal. Imagem: Reprodução.

HQ ‘O Eternauta’ traduz décadas da história da Argentina

9 de maio de 2025
Cantora trará sucessos e canções de seu 12º disco de estúdio. Imagem: Ki Price / Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Pretenders

9 de maio de 2025
Exposição ficará até abril de 2026. Imagem: Gabriel Barrera / Divulgação.

Exposição na Estação Luz celebra a Clarice Lispector centenária

8 de maio de 2025
Grupo indiano chega ao Brasil com disco novo, em parte de extensa turnê de lançamento. Imagem: Tenzing Dakpa / Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Peter Cat Recording Co.

8 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.