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‘O Tempo Não Para’ chama a atenção por roteiro ágil e dinâmico

Trama de 'O Tempo Não Para', nova novela das sete da Rede Globo, traz uma família congelada no século XIX que desperta nos dias atuais.

porGabrielle Russi
8 de agosto de 2018
em Televisão
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Nova novela das sete estreou na terça-feira passada

Nova novela das sete estreou na terça-feira passada. Imagem: Reprodução.

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Após a soturna Deus Salve o Rei – que, apesar de possuir uma produção grandiosa e boa audiência, acabou sem mostrar um grande enredo -, começou na última terça-feira a animada e colorida O Tempo Não Para, a nova novela das sete. Com texto de Mário Teixeira, a premissa da novela é inusitada: personagens do século XIX são congelados após um naufrágio e despertam na atualidade.

Essa primeira semana começou bem: o roteiro se mostrou ágil, com capítulos eletrizantes. O episódio de estreia se passou inteiro no ano de 1886, durante o qual foram apresentados os membros da família de Dom Sabino Machado (Edson Celulari), com destaque para a primogênita, Marocas (Juliana Paiva). Vale citar que ambos os atores estão chamando a atenção, com personagens muito melhores que os da última novela na qual trabalharam juntos, A Força do Querer.

São pessoas que ficaram mais de um século alheios às revoluções sociais, inovações tecnológicas, conquistas científicas e sem sequer ter ouvido falar das guerras mundiais, da chegada do homem à lua, da construção de aviões e do surgimento da internet.

Dom Sabino Machado se mostrou um empreendedor, com ideias políticas e econômicas à frente do seu tempo. Porém, conta com um forte senso protetor com sua família e é adepto às normas de condutas sociais da época, fazendo de tudo para que a honra de sua filha não seja abalada. Já Marocas mostrou que possuía ideias liberais e revolucionárias: era uma abolicionista e, da sua maneira, feminista (recusou-se a casar para manter uma aparência social e defendia sua liberdade de escolha).

Para evitar as fofocas, a família parte em uma viagem rumo à Europa, porém o navio bate em uma geleira e afunda. Além de pai e filha, estava toda a família Sabino Machado: Dona Agustina (Rosi Campos), a mãe; Nico (Raphaella Alvittos) e Kiki (Natthalia Gonçalves), irmãs de Marocas; os criados e escravos Damásia (Aline Dias), Cairu (Cris Vianna), Cesária (Olivia Araujo), Menelau (David Junior) e Cecílio (Maicon Rodrigues); o guarda-livros Teófilo (Kiko Mascarenhas); a preceptora Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho) e Pirata, o cãozinho. Quem também estava no navio era Bento (Bruno Montaleone), o ex-noivo de Marocas, que decide recomeçar a vida na Europa depois do não que ouve no altar.

O capítulo acabou com os congelados aparecendo no litoral brasileiro mais de cem anos depois, no ano atual. Samuca (Nicolas Prattes), empresário engajado em causas sociais, humanista e dono da holding SamVita e da Fundação Vita, focada em reciclagem, está surfando e é o primeiro a avistar o bloco de gelo. O filho de Carmen (Christiane Torloni) salva a vida de Marocas e se encanta pela moça, para desespero de sua noiva, Betina (Cleo Pires).

Até agora, ficou clara a intenção de explorar a ambivalência de tempo. O texto evidencia os costumes do milênio passado dissonantes com a atualidade e é essa dicotomia passado e presente que promete ser o gás para os mais de 150 capítulos. No quesito técnico, a direção artística de Leonardo Nogueira até agora não deixou a desejar: movimentos e posicionamentos de câmera modernos e criativos e uma estética colorida e iluminada são outros pontos positivos. Vale destacar também a trilha sonora pop e a bela abertura (veja aqui).

Outro ponto que, pessoalmente, me agrada muito é a dinâmica de apresentação dos personagens. Eles são mostrados na trama conforme a necessidade, no momento que sua participação é relevante para a trama. Não houve pressa para apresentar todos de uma vez. Mesmo estando há uma semana no ar, ainda não conhecemos todos. Isso demonstra a inteligência do roteiro, que se desenvolve devagar e sem atropelos, mas de maneira dinâmica e fluida, sem soar forçado ou pretensioso.

Resta continuar assistindo e acompanhar o seu desenvolvimento. As expectativas são boas, a história é boa, os atores são bons. Se ela continuar por esse caminho e cumprir o que promete, podemos esperar surpresas positivas, afinal, são pessoas que ficaram mais de um século alheios às revoluções sociais, inovações tecnológicas, conquistas científicas e sem sequer ter ouvido falar das guerras mundiais, da chegada do homem à lua, da construção de aviões e do surgimento da internet. São anos de avanços e descobertas que moldaram costumes, hábitos e linguagens da sociedade contemporânea. Com essa trama, oportunidade de debater temas relevantes não falta.

Tags: Christiane TorloniCleo PiresCrítica de TelevisãoEdson CelulariJuliana PaivaNicolas PrattesNovelaO Tempo Não ParaRede Globo

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