No próximo domingo, 17, é dia de os fãs de séries se reunirem na sala para torcer e passar raiva com a entrega do Emmy Awards, premiação que coroa as melhores, ou discutíveis melhores, produções de 2016-2017. É verdade que a cada ano fica mais difícil se revoltar, já que a cerimônia anda bastante previsível, mas sempre há alguma surpresa que nos faz jurar que nunca mais vamos ver televisão na vida ou que nos faz constatar que temos muito bom gosto mesmo e estamos na mesma sintonia que os votantes. Além disso, é inegável a importância mercadológica da premiação, que alavanca séries que podem nem ter uma audiência tão expressiva e também serve como norte para que o público preste atenção em séries menos mainstream.
Diferentemente do Globo de Ouro, que traz o cinema como sua principal atração e a televisão como um adendo, espera-se da Academia de Artes e Ciências Televisivas dos EUA uma atenção maior com nossas queridas séries e um certo bom senso. Sabemos que cada produção pode submeter apenas um episódio em cada categoria para apreciação dos jurados, mas nós, ingênuos, achamos que eles devem assistir a quase todas as temporadas completas destas séries indicadas. Vamos continuar sonhando.
Depois de seis anos, uma produção de canal aberto concorre na categoria de melhor série dramática (This is Us).
Este ano concorrem séries exibidas no período de junho de 2016 a maio de 2017. Por isso muita série boa que começou e terminou ano passado pode sair um pouco prejudicada dessa história, como The Crown, que foi premiada como melhor série dramática no Globo de Ouro no começo do ano, mas faz tanto tempo que agora enfrenta as fortes The Handmaid’s Tale e Westworld.
O que mais chama atenção é que pela primeira vez a categoria de melhor série é disputada por um número maior de títulos produzidos para serviços de streaming, o que diz muito sobre uma nova revolução da TV, ao menos quando pensamos no meio em que a assistimos
Há também um milagre: depois de seis anos, uma produção de canal aberto concorre na categoria de melhor série dramática (This is Us) e que tem muita chance de sair vencedora. A última vez que o Emmy indicou uma série assim foi em 2011, com The Good Wife. Este ano, Game of Thrones não concorre por causa da data de início de exibição, mas depois da criticada sétima temporada, é bem provável que ano que vem saia apenas com prêmios técnicos.
Este ano, os líderes são Westworld e Saturday Night Live, com 22 indicações cada; Stranger Things e Feud: Bette and Joan com 18; e Veep, com 17. Veja o que esperar paras as categorias principais (no meu ponto de vista, claro), além da lista completa de indicações. A premiação será exibida no Brasil pelo canal pago TNT.
Melhor série dramática
- Better Call Saul
- The Crown
- The Handmaid’s Tale
- House of Cards
- Stranger Things
- This Is Us
- Westworld
Sabemos que Westworld foi a principal aposta da HBO desde Game of Thrones, sabemos que boa parte da crítica especializada gostou muito, sabemos que é a mais nova série complexa e cult que os fãs mais respeitam e sabemos que é líder de indicação este ano. Mas a disputa deve ficar mesmo entre The Handmaid’s Tale e This Is Us e eu tenho um forte pressentimento de que a segunda levará a melhor. Injustiça? Talvez.
The Handmaid’s Tale é uma das melhores e mais impactantes séries do ano, bem feita, bem dirigida e, acima de tudo, relevante enquanto discurso político. Entretanto, This Is Us consegue despertar sentimentos no público de forma impressionante e pegar diretamente no imaginário social, graças a um texto bem escrito e uma direção linda de ver. Quase todo mundo que eu conheço chora um rio inteiro. Somando a isso, é possível que a Academia queira ver, depois de anos, uma série de canal aberto levando o principal prêmio da noite. Embora eu torça mais para The Handmaid’s Tale, ficarei imensamente feliz se This Is Us sair vitoriosa.
Melhor atriz em série dramática
- Viola Davis – How to Get Away with Murder
- Claire Foy – The Crown
- Elisabeth Moss – The Handmaid’s Tale
- Keri Russell – The Americans
- Evan Rachel Wood – Westworld
- Robin Wright – House of Cards
Claire Foy fez um trabalho minucioso em The Crown, mas já faz tanto tempo que a série fez barulho que ninguém mais lembra direito. Mas mesmo que tivesse sido exibida ontem, acho difícil alguém tirar o prêmio da Elisabeth Moss. Além de ser uma justiça depois de anos de rejeição por Mad Men e pelo belíssimo trabalho em Top of the Lake, Moss está estonteante em The Handmaid’s Tale, desde seus olhares fortes até sua leitura corporal, tudo é intenso, inteligente e aterrorizante. Ela consegue impactar ainda mais a série, que já é forte o suficiente para causar pesadelos. Somente a cena dela vendo a filha de longe já garantiria o Emmy por uns 20 anos.
Melhor ator em série dramática
- Sterling K. Brown – This Is Us
- Anthony Hopkins – Westworld
- Bob Odenkirk – Better Call Saul
- Matthew Rhys – The Americans
- Liev Schreiber – Ray Donovan
- Kevin Spacey – House of Cards
- Milo Ventimiglia – This is Us
Pensando que os votantes da Academia adoram premiar atores que vieram do cinema, Anthony Hopkins pode levar a estatueta, mesmo com uma atuação nem tão marcante assim em Westworld. Mas é bem provável que Sterling K. Brown saia vitorioso. Além de ter um imenso prestígio com a Academia depois de vencer ano passado por The People vs. O.J. Simpson: American Crime Story, o ator entregou alguns dos momentos mais emocionantes no primeiro ano de This is Us. Outro que pode surpreender é Milo Ventimiglia, que vem fazendo um trabalho bastante tocante também em This Is Us. Dá para entender por que a série é a queridinha do momento, né?
Melhor atriz coadjuvante em série dramática
- Uzo Aduba – Orange is the New Black
- Millie Bobby Brown – Stranger Things
- Ann Dowd – The Handmaid’s Tale
- Samira Wiley – The Handmaid’s Tale
- Chrissy Metz – This Is Us
- Thandie Newton – Westworld
Aqui a disputa deve ficar entre três grandes performances do ano. Ann Downd apresentou uma personagem cruel e complexa com sua Tia Lydia em The Handmaid’s Tale, uma mulher que parece viver sem um pingo de humanidade, mas que vai mostrando nuances comoventes ao longo da temporada. Thandie Newton representou a melhor personagem de Westworld e ganhou a história mais interessante do primeiro ano, mas, novamente, quem deve levar é This is Us, com Chrissy Metz vivendo a luta de uma mulher com seu peso e a busca por sua própria aceitação. O papel é lindo e a atriz coloca bastante delicadeza em cada situação.
Melhor ator coadjuvante em série dramática
- Jonathan Banks – Better Call Saul
- Michael Kelly – House of Cards
- John Lithgow – The Crown
- Mandy Patinkin – Homeland
- David Harbour – Stranger Things
- Ron Cephas Jones – This Is Us
- Jeffrey Wright – Westworld
Aqui também é bem provável que a disputa fique entre The Crown, Westworld e This Is Us. Ron Cephas Jones deu vida a um personagem responsável por uma vale de lágrimas na reta final da temporada, John Lithgow representou um Winston Churchill já em decadência de maneira brilhante e Jeffrey Wright precisou interpretar um personagem tão confuso e cheio de emoções em Westworld que não seria nada mal se ele levasse o prêmio. Mas minha aposta e minha torcida fica em John Lithgow mesmo.
Melhor série cômica
- Atlanta
- Black-ish
- Master of None
- Modern Family
- Silicon Valley
- Unbreakable Kimmy Schmidt
- Veep
Aqui a disputa deve ficar entre Atlanta e Veep, mas Black-ish pode surpreender e Master of None seria bastante digno. Provavelmente Veep será indicada até sua última temporada, que será exibida no ano que vem, mas depois de tantos anos ganhando consecutivamente, a série já demonstra um leve cansaço. Atlanta tem mais chances por ser considerada parte da safra de novas comédias na televisão, que são mais dramas reflexivos e a risada não é o objetivo principal. A série ainda discute temas atuais como racismo, sexualidade, relacionamento e vida adulta. Como disse Alejandro Mercado, Atlanta é uma preciosidade do humor televisivo.
Melhor atriz em série cômica
- Pamela Adlon – Better Things
- Jane Fonda – Grace & Frankie
- Allison Janney – Mom
- Ellie Kemper – Unbreakable Kimmy Schmidt
- Julia Louis-Dreyfus – Veep
- Tracee Ellis Ross – Black-ish
- Lily Tomlin – Grace & Frankie
Enquanto Julia Louis-Dreyfus exisitir será difícil imaginar outra pessoa ganhando esta categoria. Exceto, talvez, Alisson Janney, que é sempre indicada e já ganhou por Mom. Jane Fonda e Lily Tomlin são simpáticas e boas, mas acredito que não vá emocionar os votantes, mesmo as duas vindo do cinema. Então, minha aposta fica mesmo em Julia, mas ainda acho que o fator “ganha todo ano” interfere um pouco no resultado, então acho provável que Ellie Kemper tenha mais chances este ano, já que sua Kimmy Schmidt anda cada vez mais engraçada. Minha torcida fica para Pamela Adlon e sua ótima personagem em Better Things, que, aliás, também é uma ótima dramédia.
Melhor ator em série cômica
- Anthony Anderson – Black-ish
- Aziz Ansari – Master of None
- Zach Galifianakis – Baskets
- Donald Glover – Atlanta
- William H. Macy – Shameless
- Jeffrey Tambor – Transparent
Aqui temos a mesma situação de Julia. Enquanto Jeffrey Tambor for indicado será difícil imaginar outro ator ganhando, ainda que Transparent esteja bem longe de uma série cômica. Mas tenho esperança de que a Academia terá bom senso e sensibilidade para dar o prêmio a Donald Glover, que conseguiu trazer humor e sensibilidade ao seu personagem, além de ser um excelente escritor/roteirista. É a grande diferente dele e de Aziz Ansari, que é um excelente roteirista, mas não é lá muito bom como ator.
Melhor atriz coadjuvante em série cômica
- Leslie Jones – Saturday Night Live
- Kate McKinnon – Saturday Night Live
- Vanessa Bayer – Saturday Night Live
- Kathryn Hahn – Transparent
- Judith Light – Transparent
- Anna Chlumsky – Veep
Aqui eu faço a Gloria Pires e prefiro não opinar, mas nos EUA há uma campanha forte para Saturday Night Live. E como a lista trás três atrizes do programa, é possível que uma delas ganhe. A mais cotada é Kate McKinnon.
Melhor ator coadjuvante em série cômica
- Louie Anderson – Baskets
- Ty Burrell – Modern Family
- Alec Baldwin – Saturday Night Live
- Tituss Burgess – Unbreakable Kimmy Schmidt
- Tony Hale – Veep
- Matt Walsh – Veep
É quase unanimidade entre os crítico que Alec Baldwin leve o prêmio este ano por diversos motivos: Baskets ainda não é uma série muito conhecida, o que tira um pouco as chances de Louie Anderson; Modern Family parou de ser boa há umas cinco temporadas; Veep teve uma temporada um pouco criticada e Titus Burgess sempre bate na trave com Kimmy Schmidt. Por fim, por toda a situação política nos EUA, Baldwin e sua atuação de Donald Trump se tornaram relevantes. Baldwin consegue captar todos os trejeitos de Trump sem parecer caricato, além de combinar um texto afiado. É bastante justo que ele ganhe, mas eu ficaria imensamente feliz se Titus levasse. O ator é absurdamente engraçado.
Melhor minissérie
- Big Little Lies
- Fargo
- Feud: Bette and Joan
- Genius
- The Night Of
Essa é uma categoria difícil porque todas as minisséries são excelentes (exceto, talvez, Genius, que eu ainda não vi). Ao mesmo tempo, é praticamente impossível que Big Little Lies não ganhe, seja pela sua relevância enquanto tema ou pela história muito bem contada. É, sem dúvida, a grande minissérie do ano. Mas há que se fazer justiça também por The Night Of, que caso não competisse com Big Little Lies poderia sair vencedora facilmente. Fargo é sempre excelente, mas se não ganhou pelas outras temporadas, dificilmente ganhará pela terceira; Feud é ótima, mas não tem o mesmo impacto que as outras produções e a gente fica mais impressionado com as atuações.
Melhor atriz em minissérie ou filme feito para TV
- Felicity Huffman – American Crime
- Nicole Kidman – Big Little Lies
- Reese Whitherspoon – Big Little Lies
- Carrie Coon – Fargo
- Jessica Lange – Feud: Bette and Joan
- Susan Sarandon – Feud: Bette and Joan
Aqui deveriam cortar o troféu em várias partes e entregar para todas. Que lista! Mas a gente sabe que quem vai ganhar é Nicole Kidman, que está absurda em Big Little Lies e apresenta uma atuação da atriz que não víamos há muito tempo. O sofrimento de uma mulher vítima de relacionamento abusivo é tocante e Kidman consegue passar todo o pavor, medo e sentimento de culpa com sua linguagem corporal, seja pelo olhar sempre tenso e triste ou pelo modo como ela se protege das agressões do marido. É impressionante.
Mas também precisamos falar de Felicity Huffman, que está igualmente impressionante em American Crime, talvez a produção mais injustiçada dos últimos anos e cancelada depois de três temporadas; Reese Witherspoon está incrível também em Big Little Lies, mas não impressiona tanto quanto Kidman; Carrie Coon merece aplausos por sua personagem em Fargo e deveria ter sido bem mais aclamada. Por fim, Jessica Lange e Susan Sarandon deveriam ganhar alguma coisa porque suas interpretações de Bette David e Joan Crawford foram as coisas mais elegantes que a gente viu no ano.
Melhor ator em minissérie ou filme feito para TV
- Riz Ahmed – The Night Of
- Benedict Cumberbatch – Sherlock: “The Lying Detective”
- Robert DeNiro – The Wizard of Lies
- Ewan McGregor – Fargo
- Geoffrey Rush – Genius
- John Turturro – The Night Of
Temos Robert DeNiro e seu selo “vim do cinema” e John Turturro com o melhor personagem de The Night Of, mas provavelmente Ewan McGregor leve a estatueta, caso haja justiça neste mundo. Quem assistiu à Fargo viu o ator interpretar dois personagens, irmãos gêmeos, de maneira complexa, engraçada, triste, melancólica e ingênua. Os dois eram tão bem feitos que você conseguia saber exatamente quem era quem sem precisar de artifícios óbvios, além de o ator e roteiro não cairem na estereótipo gêmeo bom/gêmeo ruim.
Melhor atriz coadjuvante em série limitada ou filme para a TV
- Judy Davis – Feud: Bette and Joan
- Laura Dern – Big Little Lies
- Jackie Hoffman – Feud: Bette and Joan
- Regina King – American Crime
- Michelle Pfeiffer – The Wizard of Lies
- Shailene Woodley – Big Little Lies
Regina King ganhou dois anos consecutivos por suas performances em American Crime e, para ser bem justo, merecia ganhar mais uma vez. Na terceira temporada, King é crua, intimista, dura, interpretando uma mulher que tenta melhorar a vida de adolescentes marginalizados, mas que sofre com a falta de estrutura e apoio do sistema. Entretanto, acredito que Laura Dern tem mais chances pelo seu papel em Big Little Lies. Sua personagem é complexa e cresce dentro da trama de maneira muito interessante.
Melhor ator coadjuvante em minissérie ou filme feito para TV
- Alexander Sarsgard – Big Little Lies
- David Thewlis – Fargo
- Alfred Molina – Feud: Bette and Joan
- Stanley Tucci – Feud: Bette and Joan
- Bill Camp – The Night Of
- Michael Kenneth Williams – The Night Of
Ainda que Alexander Sarsgard possa parecer interpretar um personagem unilateral em Big Little Lies e lembrar um tanto o vampirão de True Blood, o personagem está assustador como um marido abusivo e manipulador e que deixa o público bastante perturbado toda vez que entra em cena. Mas igualmente assustador é o personagem de David Thewlis em Fargo e, arrisco dizer, bem mais construído do que o de Sarsgard. Interpretando um vilão bulímico (!), asqueroso e psicopata, Thewlis poderia muito bem soar caricato, mas o ator constrói uma persona amedrontadora, e o mais importante, diferente de tudo o que se vê na televisão.
Vencedores do Creative Arts Emmy Awards 2017
Confira a lista completa dos vencedores do Creative Arts Emmy Awards 2017, premiação técnica que não entra na exibição televisiva do próximo domingo.
Melhor Animação: Bob’s Burgers (FOX)
Melhor Dublagem de Personagem: Seth MacFarlane, Family Guy (FOX)
Melhor Curta de Animação: Adventure Time (Cartoon Network)
Melhor Especial de Variedades: Carpool Karaoke (CBS)
Melhor Roteiro de Especial de Variedades: Full Frontal with Samantha Bee (TBS)
Melhor Direção de Especial de Variedades: Oscar 2017 (ABC)
Melhor Curta em Programa de Variedades: The Daily Show – Between the Scenes
Melhor Programa Informativo ou Especial: Leah Remini: Scientology and the Aftermath (A&E)
Melhor Programa Interativo: Last Week Tonight with John Oliver (HBO)
Melhor Apresentador de Reality Show: RuPaul Charles, RuPaul’s Drag Race (VH1)
Melhor Reality-Show: Shark Tank (ABC)
Melhor Elenco Reality-Show: Born This Way (A&E)
Melhor Cinematografia Reality-Show: Born This Way (A&E)
Melhor Figurino Reality-Show: RuPaul’s Drag Race (VH1)
Melhor Documentário: Planet Earth II (BBC)
Melhor Direção em Programa Não-Fictício: O.J. Made in America (ESPN)
Melhor Especial: 70th Annual Tony Awards
Melhor Som Minissérie: The Night Of (HBO)
Melhor Edição de Som Minissérie: The Night Of (HBO)
Melhor Fotografia Minissérie: The Night Of (HBO)
Melhor Fotografia Série Multicâmera: The Ranch (Netflix)
Melhor Fotografia Série Câmera Única de 1h: The Handmaid’s Tale (Hulu)
Melhor Fotografia Série Câmera Única de 1/2 hora: Veep (HBO)
Melhor Som Série de 1h: Westworld (HBO)
Melhor Edição de Som Série de 1h: Stranger Things (Netflix)
Melhor Montagem Drama: Stranger Things (Netflix)
Melhor Maquiagem Minissérie: American Horror Story: Roanoke (FX)
Melhor Maquiagem: Westworld (HBO)
Melhor Supervisão de Música: Big Little Lies (HBO)
Melhor Cabelo Minissérie: Feud: Bette and Joan (FX)
Melhor Efeito Visual: Westworld (HBO)
Melhor Atriz Convidada Comédia: Melissa McCarthy, Saturday Night Live (NBC)
Melhor Ator Convidado Comédia: Dave Chapelle, Saturday Night Live (NBC)
Melhor Trilha Sonora Original: House of Cards (Netflix)
Melhor Trilha Sonora Original Minissérie: Fargo (FX)
Melhor Design de Produção Série de 1h: The Handmaid’s Tale (Hulu)
Melhor Atriz Convidada Drama: Alexis Bledel, The Handmaid’s Tale (Hulu)
Melhor Ator Convidado Drama: Gerald McRaney, This is Us (NBC)
Melhor Design de Produção Série de Época de 1h: The Crown (Netflix)
Melhor Design de Produção Série de 1/2 hora: Veep (HBO)
Melhor Programa Infantil: Once Upon a Sesame Street Christmas (HBO)
Melhor Figurino Minissérie: Big Little Lies (HBO)
Melhor Figurino: The Crown (Netflix)
Melhor Equipe de Dublê: Luke Cage (Netflix)
Melhor Montagem Comédia Multicâmera: The Big Bang Theory (CBS)
Melhor Montagem Comedia Câmera Única: Master of None (Netflix)
Melhor Tema Sonora Original de Abertura: Stranger Things (Netflix)
Melhor Elenco Comédia: Veep (HBO)
Melhor Elenco Drama: Stranger Things (Netflix)
Melhor Roteiro Programa Não-Fictício: A 13ª Emenda (Netflix)
Melhor Documentário Não-Fictício: A 13ª Emenda (Netflix)
Melhor Edição em Programa Não-Fictício: O.J. Made in America (ESPN)
Melhor Elenco Minissérie: Big Little Lies (HBO)
Melhor Direção Programa de Variedades: Drunk History (Comedy Central)