Este texto é uma ode a Ted Danson, um dos atores mais engraçados de todos os tempos – e aqui queremos provar por quê. Todos nós adoramos um bom comediante capaz de nos cativar com personagens memoráveis e que, muitas vezes, representam lados sombrios que temos.
Veja, por exemplo, o culto em torno do preguiçoso e enrolador George Costanza (Jason Alexander) em Seinfeld ou do muito equivocado líder Michael Scott (Steve Carell) em The Office.
Contudo, além das estrelas mais conhecidas da comédia, há uma série de grandes atores capazes de arrancar gargalhadas, às vezes de forma mais sutil, mas sempre genial.
Ted Danson: uma lenda vida da TV
Aos 74 anos, Ted Danson se tornou uma espécie de lenda viva da televisão. Filho de um arqueólogo, ele quase adentrou no basquete profissional, mas acabou se formando em drama pela Universidade Carnegie Mellon, em 1972.
Sua carreira na TV iniciou em 1975. Desde então, colecionou sucessos em séries e filmes – muitos deles dramáticos.
Ele é casado desde 1995 com a também atriz e comediante Mary Steenburgen, com quem já dividiu a cena muitas vezes.
No entanto, Danson já esteve no noticiário de fofoca por causa de seu affair com Woody Goldberg em 1992, enquanto era casado com sua primeira esposa.
Para além da atuação, é um ativista das causas ambientais, tendo livros e programas de TV feitos para difundir conhecimentos sobre o assunto. Em 2019, ele foi preso ao lado de Jane Fonda em um protesto contra mudanças climáticas.
Lembramos alguns momentos que Ted Danson já nos fez rir loucamente – confirmando, por fim, nossa teoria de que ele é um rei subestimado da comédia.
-
Cheers (1982-1993)
Ted Danson conheceu a fama com a série de comédia Cheers, da NBC, que durou 11 temporadas entre 1982 e 1993. A série se passava em um bar e ele interpretava Sam Malone, o dono do negócio. Seu personagem era meio egocêntrico e mulherengo – persona que se repetiria muitas vezes em sua carreira.
Não por acaso, boa parte de Cheers gira em torno de seu romance mal resolvido com uma garçonete (Shelley Long) e posteriormente, com sua substituta (Kirstie Alley). Por mais que seu papel representasse um homem um tanto vaidoso (ele tinha uma obsessão pelo cabelo), seu personagem foi visto como uma sátira a uma masculinidade vazia.
-
Três solteirões e um bebê (1987)
Um clássico da Sessão da Tarde nos anos 80. Aqui, mais uma vez, Ted Danson é um mulherengo incurável. Na história, três amigos moram num apartamento e curtem a vida adoidado. Mas um dia, um bebê é deixado em sua porta: é filho do personagem de Danson, que faz um ator, e nasceu de um de seus incontáveis casos.
Os três precisam então se virar, e cair na real da chamada “vida adulta”. Novamente, a masculinidade é um tema recorrente às comédias que Ted Danson participou. O filme funciona muito bem por conta da química entre ele, Tom Selleck e Steve Guttenberg.
-
Feita por encomenda (1993)
Mais uma vez, Ted Danson aqui interpreta um pai por acaso. No filme, uma adolescente vai atrás do doador de esperma que gerou a sua vida, sem que sua mãe soubesse. A mãe, no caso, é Whoopi Goldberg.
Danson é um vendedor de automóveis meio atrapalhado, que ganha a vida fazendo anúncios ridículos na TV. O encontro improvável entre o trio (pai, mãe e filha) gera um relacionamento improvável, mas comovente. Aqui, Danson e Goldberg casam bem a comédia com uma história tocante e leve, que discute os conflitos raciais.
-
Bored to Death (2009-2011)
Sem dúvida, o auge de Ted Danson na comédia foi no papel do milionário George, na impagável e pouco conhecida série Bored to Death, da HBO. A série, estrelada por Jason Schwartzman, Zack Galifianakis e Danson, infelizmente gerou apenas duas temporadas, e é uma inspirada paródia dos romances policiais.
George, um editor de revistas extravagante, é um maconheiro sem nenhum limite nem papas na língua. Um bon vivant sem noção, que vive de espezinhar seus rivais (intelectuais como ele) e viver la vida loca. A química irretocável entre os atores é a cereja do bolo dessa série imperdível.
5. The Good Place (2016-2020)
Muita gente lembra de Danson por conta de seu papel em The Good Place, série da NBC com uma premissa filosófica sobre o sentido da vida. Ted Danson faz Michael, o “arquiteto”, o articulador dos destinos das pessoas depois de sua morte – uma espécie de recurso para talvez tratar de deus, cuja figura não aparece com clareza na série.
Ele é absolutamente atrapalhado e seus planos quase sempre saem pela culatra. A dinâmica com Janet (D’Arcy Carden), sua assistente meio robótica, é hilária.
VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI, QUE TAL CONSIDERAR SER NOSSO APOIADOR?
Jornalismo de qualidade tem preço, mas não pode ter limitações. Diferente de outros veículos, nosso conteúdo está disponível para leitura gratuita e sem restrições. Fazemos isso porque acreditamos que a informação deva ser livre.
Para continuar a existir, Escotilha precisa do seu incentivo através de nossa campanha de financiamento via assinatura recorrente. Você pode contribuir a partir de R$ 8,00 mensais. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.
Se preferir, faça uma contribuição pontual através de nosso PIX: pix@escotilha.com.br. Você pode fazer uma contribuição de qualquer valor – uma forma rápida e simples de demonstrar seu apoio ao nosso trabalho. Impulsione o trabalho de quem impulsiona a cultura. Muito obrigado.