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‘O Homem das Mil Caras’ romantiza vida de astro do horror Lon Chaney

Estrelado por James Cagney, 'O Homem das Mil Caras', drama biográfico da velha Hollywood, reduz personagem complexo do cinema mudo a um estereótipo de pai dedicado e turrão.

porRodolfo Stancki
5 de julho de 2023
em Espanto
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James Cagney como Lon Chaney

James Cagney como Lon Chaney no filme 'O Homem das Mil Caras' (1957). Imagem: Reprodução.

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Ícone dos primeiros anos do cinema de horror nos Estados Unidos, o ator Lon Chaney nunca teve uma vida muito glamourosa. Mesmo assim, sua trajetória pessoal e profissional se tornou uma narrativa bastante romântica no filme O Homem das Mil Caras (1957), dirigido por Joseph Pevney.

Raramente lembrada hoje, a obra serve como registro da biografia do astro de horror que estrelou O Corcunda de Notre Dame (1923) e O Fantasma da Ópera (1925). Chaney (James Cagney) trabalhava em shows de variedade, conhecidos como Vaudevilles, em que interpretava palhaços e fazia espetáculos de mímica. Filho de duas pessoas surdas, desenvolveu cedo a habilidade de se comunicar por meio de gestos e sinais.

Seu primeiro casamento, que lhe rendeu um filho – o ator Lon Chaney Jr. -, foi marcado por problemas conjugais. O artista tentou arruinar a carreira da esposa, que respondeu com uma tentativa de suicídio no teatro em que ele trabalhava. O escândalo o afastou da família e dos palcos e o levou ao cinema. Destacou-se na nova arte porque entendia de encenação muda e porque sabia se maquiar.

Os cenários artificiais, a fotografia preto e branco e a encenação excessivamente didática são elementos que envelheceram mal às sensibilidades contemporâneas.

No roteiro indicado ao Oscar de Ralph Wheelwright e da dupla Ben Roberts e Ivan Goff (criadores da série As Panteras), Chaney aparece explorando a própria habilidade na maquiagem porque precisa de dinheiro para conseguir a guarda do filho. É assim que chama a atenção de executivos, que veem na competência uma maneira de criar novas e desafiadoras personagens. Suas ações contra a primeira mulher são justificadas porque ele queria que a criança crescesse ao lado da mãe, que não deveria trabalhar.

Pevney, cuja carreira é marcada pela direção de produções modestas de estúdio, concebe aqui uma história de superação que pouco tem sintonia com a personalidade de Chaney. Agressivo e inovador, o personagem histórico está, em O Homem das Mil Caras, reduzido a um estereótipo, o de pai dedicado e teimoso. Isso tudo reforçado pela interpretação Cagney, que era famoso por tipos durões em fitas de máfia.

A estrutura de drama clássico também não ajuda a dar mais de uma dimensão ao protagonista. Os cenários artificiais, a fotografia preto e branco e a encenação excessivamente didática são elementos que envelheceram mal às sensibilidades contemporâneas. É difícil imaginar que o Chaney verdadeiro pararia uma cena de O Fantasma da Ópera para discutir a relação com o próprio filme – especialmente porque, segundo registram historiadores como David J. Skal, a maquiagem o deixava com muita dor.

O Homem das Mil Caras teve um papel fundamental na formação de Tom Savini, que viu o filme quando criança impressionado com o potencial de um profissional que atuava e criava a própria maquiagem. Em entrevistas, ele relata que a obra de Pevney foi fundamental para despertar interesse que o levariam a trabalhar nos efeitos visuais de Sexta-feira 13 (1980), Creepshow: Arrepio do Medo (1982) e Dia dos Mortos (1985).

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Tags: biografiaDramaJames CagneyJoseph PevneyLon ChaneyO Homem das Mil CarasVelha Hollywood

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