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Olhar de Cinema “derrota” a Seleção Brasileira pelo segundo ano seguido

Abertura da 5ª edição do Olhar de Cinema contou com salas lotadas, mostrando que o público estava com saudades do festival.

porAlejandro Mercado
9 de junho de 2016
em Cinema
A A
Começa o 5º Olhar de Cinema

Imagem: Olhar de Cinema.

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A edição de 2016 do Olhar de Cinema possui, guardadas as devidas proporções, semelhanças com a sua última edição. Curitiba está fria; a situação política do país continua instável; nossa economia segue fragilizada; a Seleção Brasileira de Futebol joga no dia da exibição do longa-metragem de abertura do festival.

Poderíamos, ainda, citar a expectativa dos organizadores e do público, apesar que, em virtude da já citada instabilidade econômica e política, talvez o caldeirão do 5º Olhar de Cinema esteja com uma temperatura maior que em 2015.

Inevitável dizer que o festival sofreu os impactos da crise que se arrasta pelo país. Obviamente, não encolheu em importância, mas está mais intimista. Aos que puderam acompanhar suas outras quatro edições, é como dizer que ele voltou às origens, o que, talvez, fosse um caminho natural.

Ainda que a frente do Espaço Itaú de Cinema não estivesse tão abarrotada como no ano anterior, as três salas receberam um bom público, que torna fácil dizer que, novamente, o Olhar de Cinema bateu a Seleção Brasileira de Futebol. E a CBF deveria ficar satisfeita, pois foi uma derrota alegre, animada. Jornalistas, cineastas, público em geral, trocando impressões da vida, do festival, da profissão, mergulhados na cafeína que cumpre o papel de esquentar e manter acesa a mente que em breve acompanhará um filme.

A entrada parece mais organizada do que no ano anterior. Alguns últimos abraços, encontros com colegas que a correria diária acaba tornando raros, apenas em ocasiões especiais como a desta noite. Ao contrário de 2015, encontro rapidamente um assento – para minha felicidade, em melhor posição que da última vez.

Antônio Junior, diretor artístico do festival, entrou na sala 2 do Espaço Itaú para fazer as devidas apresentações. Na sala, o público conversava sobre assuntos mil, menos cinema. Não sei se a tensão recaía apenas em mim – o episódio de manifestação contra o impeachment na abertura do Festival de Curitiba rondava minha memória –, mas ela estava lá. O Iphan segue ocupado, a cultura em Curitiba segue resistindo a um governo considerado ilegítimo, e lá estão, inclusive, pessoas do cinema.

Resistir frente às adversidades, montar um festival de cinema em um país que a cultura é vista como subproduto e descartável e sair de casa frente à baixa temperatura já são atos políticos e de resistência.

Acontece que não foram necessárias manifestações nem da organização e nem do público presente. Resistir frente às adversidades, montar um festival de cinema em um país que a cultura é vista como subproduto e descartável e sair de casa frente à baixa temperatura já são atos políticos e de resistência.

Em 2015, Olhar de Cinema e Seleção Brasileira ficaram separados por uma hora e meia; em 2016, disputam a atenção do público no mesmo horário. 2015, Honduras. 2016, Haiti. 2015, Rabo de Peixe foi responsável por uma tocante abertura; 2016, coube ao longa-metragem Operação Avalanche as honras de inaugurar um dos mais importantes eventos do calendário cultural do Paraná.

Dirigido por Matt Johnson, que também assina o roteiro e é protagonista do filme, Operação Avalanche parte de um curioso insight: seria a chegada do homem à Lua uma mentira? Filmado no estilo mockumentary, Johnson retorna aos Estados Unidos de 1967, no auge da Guerra Fria e da corrida espacial, para contar a história de dois agentes da CIA que são colocados na NASA para descobrir um possível espião russo infiltrado.

Nos Estados Unidos, o Brasil aplica 7 gols em uma defesa frágil, uma seleção sem qualquer tradição no futebol, jogando um futebol mediano e, ainda assim, crendo que reinventou o esporte. Em Curitiba, três salas estão acompanhando o mesmo filme, certas de que fizeram a melhor escolha. E a cada riso do público, um gol do Olhar de Cinema. E o público ri muito, diga-se. É goleada, é show de bola. Sem direito a insatisfeitos, ou a xingo no juiz.

Foi, sim, um jogo diferente. Rabo de Peixe era contemplativo, bucólico, reflexivo. Rabo de Peixe era Zico e Sócrates em suas melhores fases. Operação Avalanche fez rir, entreteve, apaziguou a mente. Operação Avalanche foi Ronaldinho Gaúcho abusado, festivo e alegre dos bons anos de Barcelona. E, ao final, o público sai satisfeito do que viu em campo, digo, na tela.

O 5º Olhar de Cinema começou. Até dia 16, Curitiba terá a oportunidade de acompanhar filmes de 30 países. Até dia 16, Curitiba terá a obrigação de continuar resistindo culturalmente. Até dia 16, é uma Copa do Mundo que pode deixar um legado, imaterial, mas ainda assim importante. O Olhar de Cinema não é apenas os filmes, o Olhar de Cinema somos nós, seu público.

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Tags: Aly MuritibaAntônio JuniorCinemaCrítica de CinemaFestival Internacional de CuritibaMarisa MerloMatt JohnsonmockumentaryOlhar de CinemaOperação AvalancheRabo de Peixe

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