As discussões sobre ser ou não cringe nem fazem mais sentido para os millennials e representantes da Geração Z nesses últimos dias. Desde a estreia, no dia 24 de setembro, dos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, na plataforma de streaming Amazon Prime Video, as buscas pelo “Caso Richthofen” tiveram um crescimento de 350% no Google e os lançamentos renderam comentários sedentos por respostas e mais informações/curiosidades nas redes sociais.
O interesse dos jovens espectadores reforça a boa fase das produções true crime, gênero que ganhou força no entretenimento ao abordar crimes hediondos com um quê de ficção para preencher as lacunas dos casos reais e das investigações sem respostas. Em relação aos Richthofen, o que torna o tema ainda mais instigante para o público jovem é o fato da filha das vítimas, Suzane, à época uma adolescente de 18 anos, ser peça-chave na morte dos seus progenitores.
Em 31 de outubro de 2002, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados a pauladas, enquanto dormiam, na luxuosa casa da família no bairro nobre do Brooklin, em São Paulo. Dias depois, a confirmação de que Suzane e o namorado Daniel Cravinhos, à época com 21 anos, com o apoio do irmão dele, Cristian, eram os autores do delito chocou o país.
Carla Diaz, que participou da edição 2021 do Big Brother Brasil, interpreta Suzane nos dois longas. A popularidade adquirida pela atriz nos últimos meses também contribuiu para o burburinho em torno das produções, que prometem revelar diferentes pontos de vista do mesmo caso. Daniel e Cristian são vividos, respectivamente, por Leonardo Bittencourt e Allan Souza Lima.
Em relação aos Richthofen, o que torna o tema ainda mais instigante para o público jovem é o fato da filha das vítimas, Suzane, à época uma adolescente de 18 anos, ser peça-chave na morte dos seus progenitores.
Duas versões
Para quem curte o formato true crime, bastante em alta visto o êxito recente de projetos como O Caso Evandro (podcast, série e livro) e do vencedor do Oscar Spotlight – Segredos Revelados, os filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, dirigidos por Maurício Eça, podem ser no mínimo curiosos para reviver os bastidores dessa trama repleta de dúvidas, incertezas e que culminou em dois assassinatos a sangue frio.
O caso Richthofen já levantou todos os tipos de polêmicas: a frieza de Suzane, o comportamento do filho mais novo das vítimas, Andreas, e também as idas e vindas nos depoimentos dos irmãos Cravinhos. Uma trama e tanto, repleta de interrogações e possíveis desdobramentos.
O ponto de partida dos dois longas é o mesmo: a Polícia Militar atendendo a uma ligação de Suzane, que está assustada por encontrar a porta da casa aberta e decide pedir ajuda. A partir da cena do crime, as tramas passam pela investigação e seguem até o julgamento dos acusados, em 2006.
Desse momento em diante, a narrativa se divide com as particularidades de cada um dos pontos de vista apresentados nas duas produções. Vale registrar que não há espaço para tramas paralelas e que as obras mostram como Suzane e Daniel se conheceram, além dos percalços desse relacionamento até a noite do crime. Arrisque-se…