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‘Juízas Negras Para Ontem’ evoca importância de uma ministra negra no STF

Com aproximação de nova indicação ao STF pelo presidente Lula, artistas negros criam ‘Juízas Negras Para Ontem’, mostra nacional de rua para evocar importância de uma ministra negra na corte.

porAlejandro Mercado
13 de setembro de 2023
em Artes Visuais
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'Juízas Negras Para Ontem' evoca importância de uma ministra negra no STF

Colagens na Avenida Paulista, em São Paulo. Imagem: Divulgação.

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As ruas do Brasil despertaram com um espetáculo de cores e reivindicações artísticas nesta manhã. Não são apenas pinceladas e tinta, mas um grito coletivo pela representatividade. A Mostra Juízas Negras Para Ontem saiu dos museus tradicionais e invadiu o espaço público, transformando nossas cidades em galerias de arte a céu aberto, para todos os olhares e todas as consciências. A iniciativa, que conta com o talento de 24 artistas negros, surge como um chamado à justiça e à igualdade, colocando em destaque a necessidade de ter uma mulher negra no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nina Vieira, diretora de arte e curadora desta impactante exposição itinerante, enfatiza que a presença de mulheres negras no STF é mais do que uma mera questão de representação, é uma demanda latente da sociedade brasileira por equidade de gênero e raça no âmbito judicial. “Ter uma mulher negra no STF é uma questão de Justiça. Ocupar esse espaço de poder é uma ação de enfrentamento de injustiças históricas e um passo na reparação. Não faz sentido que a suprema corte do poder judiciário nacional não tenha representação equivalente ao que é o povo brasileiro.”

Neste momento de reflexão e urgência, é crucial lembrar que, segundo dados do IBGE, mais de 56% da população brasileira se identifica como preta ou parda, enquanto quase um terço é composto por mulheres negras. No entanto, ao longo dos 132 anos de existência do STF, somente três ministros foram negros, e todas as ministras até hoje foram brancas. Essa disparidade de raça e gênero não se limita ao STF, pois apenas 7% dos magistrados de primeira instância e 2% na segunda instância são mulheres negras. É uma realidade alarmante que clama por mudança.

Lambe da artista paranaense Ayala Prazeres. Imagem: Ayala Prazeres/Divulgação.

A exposição Juízas Negras Para Ontem não é uma ação isolada. Ela se junta a uma série de esforços de movimentos sociais, celebridades e lideranças políticas que clamam pela nomeação de uma mulher negra para o STF.

A recente perda de Mãe Bernardete Pacífico, uma referência na luta pela igualdade racial, expôs a negligência sistemática que a população negra enfrenta no Brasil. As estatísticas de pobreza, desemprego, desigualdade salarial, violência, falta de acesso à saúde e educação, bem como a representatividade na população carcerária, revelam uma realidade preocupante. Como guardiões da Constituição, os ministros do STF têm o poder de influenciar decisivamente na redução dessas desigualdades e na eliminação das injustiças perpetuadas pelo racismo estrutural da nossa sociedade.

A exposição Juízas Negras Para Ontem não é uma ação isolada. Ela se junta a uma série de esforços de movimentos sociais, celebridades e lideranças políticas que clamam pela nomeação de uma mulher negra para o STF. O momento é de transformação e de reconhecimento da urgência em garantir que nossa mais alta corte seja verdadeiramente reflexo da diversidade e da pluralidade do Brasil.

Ao caminharmos pelas ruas e contemplarmos essas obras de arte vibrantes e repletas de significado, somos lembrados da importância de ampliarmos o diálogo sobre a representatividade e a justiça social em nosso país. Mitti Mendonça, uma das talentosas artistas envolvidas na exposição, compartilha sua inspiração: “Para a concepção, parti da ideia de ocupar lugares de poder e de decisão, colocando uma mulher negra em uma posição de destaque e em contraponto com uma cadeira vazia, dialogando sobre a importância de termos representantes no STF. A paleta de cores propositalmente remete às da bandeira do Brasil, pois o conjunto estabelece ligação direta com a política, para quem passa na rua já ter essa leitura do que se trata a questão. Além disso, a balança – um dos símbolos da justiça.”

Contribuição artística de Robinho Santana para a mostra
Contribuição artística de Robinho Santana para a mostra. Imagem: Robinho Santana/Divulgação.

Juízas Negras Para Ontem é um testemunho vívido de que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de conscientização e mobilização social. Ela nos desafia a refletir sobre o papel do STF na construção de um Brasil mais justo e inclusivo, onde todas as vozes sejam ouvidas e todas as cores da nossa rica diversidade sejam representadas. Não é apenas um apelo à nomeação de uma ministra negra, mas uma convocação para que o Brasil enfrente suas injustiças históricas e crie um futuro mais igualitário e promissor para todos os seus cidadãos. A história está sendo escrita nas ruas, e é um capítulo que não podemos ignorar.

Confira a seguir a relação de cidades e autores:

ARTISTA INSTAGRAM LOCAL DA COLAGEM
A COISA FICOU PRETA acoisaficoupreta Maceió / AL
Alcides Rodrigues amarelografico Rua Treze de Maio, 772 Bixiga – São Paulo / SP
Alisson Damasceno alissondamasceno_ Belo Horizonte / MG
Alma Retinta almaretinta Madureira, Rio de Janeiro/ RJ
Ariel Farfas ariel gfarfan Teresina / PI
Arthur Costa arthur agc São Paulo / SP
Ayala Prazeres potencianaobinaria Curitiba / PR
Cassimano cassimanodesign São Paulo / SP
Daisy Serena daisy_aserena Minhocão, São Paulo / SP
Kerolayne Kemblin dacordobarro Quilombo Liberdade, São Luís / MA
Larissa Constantino lariconstantino_ São Paulo / SP
Leticia Carvalho leticafe Recife / PE
Manifesto Crespo manifestocrespo Feira de São Joaquim, Salvador / BA
Marcela Bonfim bonfim_marcela Porto Velho / RO
Michel Cena7 michelcena7 São Bernardo do Campo / SP
Mitti Mendonça mao negra Rua dos Andradas, 1079 Centro Histórico, Porto Alegre / RS
Nayò nayo arte Largo da Batata, São Paulo / SP
Robinho Santana robinho_santana Diadema / SP
Senegambia senegambia81 Salvador / BA
Sereia Caranguejo sereiacaranguejo Manaus / AM
Sheila Signário photosignario São Paulo / SP
Thais Devir devirpassaro Rio de Janeiro / RJ
Thayná Miguel thayna miguell São Paulo / SP
RENFA DF tulipasdocerrado Setor Comercial Sul, Quadra 4, Brasília / DF

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Tags: juízas negrasJustiçamostraRepresentatividadeSTF

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