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Grafismo na política

Coluna faz um recorte contemporâneo de expressões gráficas políticas na América do Sul.

porGabriela Giannini
28 de abril de 2018
em Artes Visuais
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Grafismo na política

Cédulas estampam indagações, entre elas "Quem matou Marielle?". Imagem: Reprodução.

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Caos. Pessoas eufóricas. Fashes. Carro de som. Discursos. Fardas. Marcha. Megafones. Muvuca. Muitos cartazes, faixas, folders, ruas e fachadas pintadas. Uma manifestação!

Neste momento frenético e politicamente turbulento que nos acompanha, manifestar e expressar sentimentos latentes é natural. Nos mais diferentes formatos que aceitam uma camada de tinta, os grafismos traduzem pensamentos e ecoam mensagens repletas de ideologias dissonantes.

As manifestações se tornaram cotidianas, se não in loco, basta ligar uma tela para ler ou assistir algo relacionado a elas. Integradas à sua sistemática, as expressões gráficas políticas, criadas tanto por ativistas, quanto por artistas e designers consolidados, são uma forma de manifestação que marcou períodos importantes da história e ainda hoje reverbera.

O Design Museum, renomado museu de artes visuais situado em Londres, montou, em março deste ano, a exposição Hope to Nope: Graphics and Politics 2008-18, que reúne artes gráficas com viés político de todo o mundo.

Criadas tanto por ativistas, quanto por artistas e designers consolidados, são uma forma de manifestação que marcou períodos importantes da história e ainda hoje reverbera.

Inspirada na proposta da exposição, separamos alguns grafismos políticos estabelecidos em momentos marcantes da contemporaneidade sul-americana:

“Mi cuerpo, mi decisión” – Chile

Em 2017, o Tribunal Constitucional do Chile, após três décadas de luta feminista, aprovou a lei que descriminaliza o aborto em três situações: risco de vida a mãe, deformação do feto e estupro. “Mi cuerpo, mi decisión” foi o grafismo criado pela militância para reconquistar esse direito eliminado da constituição chilena em 1989 pelo ditador Augusto Pinochet, que, na época, respondeu à pressão da hierarquia eclesiástica. O grafismo se tornou símbolo da pauta e foi amplamente difundido em situações e plataformas distintas.

#NoaLaBaja – Uruguai

Recentemente, o Uruguai passou por uma discussão intensa sobre maioridade penal. De um lado, conservadores favoráveis à redução de 2 anos, do outro, os propulsores da #NoaLaBaja, uma campanha de militância que, além do grafismo, traz um pássaro geometricamente colorido como símbolo. Após quatro anos de embates, em 2015, definiu-se que a maioridade penal não diminuiria no país, permanecendo 18 anos. O símbolo, que ganhou as ruas uruguaias, virou ícone da luta em todo território sul-americano.

Grafismo em notas de dinheiro – Brasil

No Brasil, a execução política de Marielle Franco e Anderson Gomes, em março de 2018, ocasionou diversas manifestações e, consequentemente, grafismos que expressaram indignação e resistência. Remontando a ideia popular de Cildo Meireles, que estampou em notas de grande circulação as indagações “Quem matou Herzog?” e “Cadê Amarildo?”, notas de real carimbadas com “Quem matou Marielle?” circulam o país sem autoria reivindicada.

Bipolaridade “Pixuleco” vs “Lula Livre” – Brasil

Também no Brasil, toda a “questão Lula” rendeu diversos grafismos políticos. A bipolaridade em que o país se encontra pode ser representada pela antítese “Pixuleco” vs “Lula Livre”. O primeiro, símbolo de inúmeras manifestações contrárias ao ex-presidente, e o segundo, amplamente utilizado em manifestações “pró-Lula” – principalmente após a prisão do petista. Mesmo díspares, ambos deixam claro um posicionamento ideológico e político que é explícito num primeiro olhar e isento de interpretações dúbias.

Diante desses exemplos, três pontos convergem e merecem destaque: o fato do físico (impressão, lambe, adesivo, cartaz, etc) ainda ser extremamente relevante – e usado – para a disseminação de mensagens, a conexão ideológica entre pessoas através de grafismos políticos e o senso do coletivo, visível em autorias renegadas, nas quais fica evidente que a popularização do discurso é o aspecto mais importante neste tipo expressão gráfica.

A exposição Hope to Nope: Graphics and Politics 2008-18, com curadoria da designer Margaret Cubbage, fica no Design Museum até o dia 12 de agosto de 2018.

Para aprofundar o tema “arte e política”, fique com esse episódio do extinto programa Brasil Visual, da TV Brasil. Nele, artistas como Berna Reale, Yuri Firmeza e o próprio Cildo Meireles expõem suas visões e produções neste recorte.

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Tags: arte contemporâneaArtes VisuaisCildo MeirelesDesign Museumgrafismo políticoHope to Nope: Graphics and PoliticsLula LivreMi cuerpo mi decisiónNo a la baja

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