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A arte de narrar

Coluna analisa a necessidade que o narrador de televisão tem de se reinventar nas transmissões dos jogos de futebol.

Taiany Gonçalves por Taiany Gonçalves
18 de agosto de 2018
em Canal Zero
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Narrador Luis Roberto e o comentarista Roger Flores em transmissão da Copa do Mundo da Rússia pela Rede Globo

Narrador Luis Roberto e o comentarista Roger Flores em transmissão da Copa do Mundo da Rússia pela Rede Globo. Imagem: Reprodução.

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Considerada uma paixão nacional, o futebol está presente na grade da televisão brasileira. Na TV aberta, a Rede Globo lidera as transmissões, dedicando as programações das noites de quartas e das tardes de domingo ao esporte, além dos eventuais jogos da Seleção Brasileira, sejam amistosos ou competições oficiais. Assim, entram em campo os narradores, com a difícil missão de descrever o óbvio.

Para compreender essa “obviedade” basta comparar essa função com a dos narradores esportivos do rádio. Esses têm a seu favor a possibilidade de explorar a imaginação do ouvinte. Nesse tipo de narração, o único sentido utilizado pelo público é a audição. Logo, as transmissões radiofônicas, em primeira instância, devem retratar aos torcedores aquilo que eles não conseguem ver, ou seja, tudo. Então, a partir dessa necessidade de se transmitir o que muitos não veem, os narradores de rádio utilizam-se de cada detalhe minucioso e da entonação da voz para aflorar a imaginação e a constituição da cena pelo ouvinte.

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O rádio também é aliado daqueles que vão aos estádios, que, mesmo estando in loco, e, por conseguinte, tendo a visão do jogo, utilizam-se das narrativas radiofônicas para compreenderem melhor as jogadas, os lances. Complementando a transmissão do jogo em si, o rádio dá informações úteis àqueles que irão ao campo torcer, como, por exemplo, sobre a situação do trânsito e as ocorrências de brigas entre torcidas. Apenas com o som, ele é capaz de levar várias sensações aos ouvintes e é o responsável por construir cenas na cabeça de cada um.

A televisão, por outro lado, possui grande desafio na narração dos jogos. O recurso visual que a faz diferente do rádio, nem sempre é um ponto positivo. O telespectador já está vendo o que acontece em campo. Ele já sabe quando é gol; já sabe a dinâmica do jogo; se está agitado ou morno; que time está atacando mais… Sabe de tudo o que acontece. Perde-se, portanto, o objetivo principal da narração: o de relatar os acontecimentos. Não é necessário que ninguém conte algo que já está sendo visto. A TV não tem o recurso da fantasia, da imaginação a seu favor.

A televisão, por outro lado, possui grande desafio na narração dos jogos. O recurso visual que a faz diferente do rádio, nem sempre é um ponto positivo.

Os narradores da televisão precisam se reinventar e “quebrar a cabeça” para não serem redundantes, ou seja, para não descreverem o que já está sendo transmitido. A dificuldade é ainda maior pelo fato de muitos deles terem vindo do rádio. Se antes eram o “olho” do torcedor, hoje não são mais essenciais, já que aquilo que eles veem os torcedores também veem.

Esse narrador tem, portanto, a tarefa de complementar a imagem. Assim, ele leva aos telespectadores um grande apanhado de informações, dados e estatísticas e discute com o comentarista sobre a legalidade ou não de determinado lance. As emissoras, por sua vez, a fim de oferecer um plus ao telespectador e dar ao narrador conteúdo para ser explorado, disponibiliza variados recursos, como replays, câmeras em diversos ângulos, entre outros.

Ser interessante na televisão se torna tarefa difícil para quem narra. Silvio Luiz, que veio do rádio, é um dos que conseguiu essa façanha ao utilizar expressões engraçadas para retratar algum momento do jogo e para travar uma interação com o torcedor, como “Olho no lance”, “Acerte o seu aí, que eu arredondo o meu aqui” e “Balançou o capim no fundo do gol”. Em uma entrevista ao jornalista Benjamin Back, no extinto Papo Com Benja, Silvio explicou como lida com o seu trabalho na televisão: “Infelizmente ou felizmente, eu não transmito para cego. O cara que está sentado em casa, ‘tá’ vendo a televisão. Então, não preciso dizer que o cara cabeceou, que o cara chutou com a direita… Eu nunca gritei gol na minha vida! (…) Não preciso gritar gol. Eu sou, na realidade, um legendador de imagem, não sou um narrador. Eu legendo aquilo que ‘tô’ vendo”.

Galvão Bueno, ainda que muito criticado, possui, além de alguns bordões, a vibração em sua narração. Ele imprime sua emoção nas narrações e durante a transmissão emite suas opiniões, inclusive sobre o comportamento extracampo dos jogadores.

Nos últimos tempos, Luis Roberto tem se destacado. O narrador associa o bom humor com comentários que nem sempre dizem respeito ao jogo em si. Na Copa desse ano, por exemplo, Luis fez um comentário sobre o cabelo de um jogador da Bélgica. “Fellaini fez luzes no cabelo”. No Mundial de 2014, ele já havia caído nas graças do público ao fazer o seguinte comentário em um jogo da seleção da França: “Esses negros maravilhosos que saem tabelando…”. E na última Copa, o narrador, em uma partida da mesma seleção, remeteu à sua fala de 4 anos atrás: “Não tivemos a tabelinha dos negros maravilhosos”. Seus bordões também são famosos, inclusive, nas partidas de vôlei que narra. O principal, que ele usa em ambos esportes, é o “Sabe de quem?”. Por fim, a adrenalina que ele transmite também auxilia na construção do seu estilo.

Se no rádio o narrador é figura central na transmissão de um jogo, na televisão ele é complementar, e precisa se reinventar para fazer valer a sua participação, seja relatando aquilo que está oculto para o telespectador, seja usando outros recursos que façam sua narração ser atrativa. A fórmula certa não existe e a busca para despertar a atenção do telespectador é incessante.

Tags: Copa do Mundofutebolgalvão buenoLuis RobertonarraçãonarradorRádioRede GloboSilvio Luiztelevisão
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