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A melancolia noir de um ‘Batman’ para tempos sombrios

Sob a direção de Matt Reeves, a mais recente encarnação do homem-morcego, o interessante 'Batman', ressurge na pele do britânico Robert Pattinson, que lhe empresta ambiguidade e tristeza para enfrentar um mundo em desalinho.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
31 de março de 2022
em Central de Cinema
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A melancolia noir de um 'Batman' para tempos sombrios

Robert Pattinson traz novas cores emocionais a um Batman anti-heroico. Imagem: Divulgação.

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Mais até do que sua ambientação sombria, claustrofóbica, o que, em minha opinião, faz de Batman o mais noir dos filmes da franquia é a melancolia que o personagem veste na alma e no corpo de seu novo intérprete, o ator britânico Robert Pattinson.

Embora ser um personagem fraturado emocionalmente seja intrínseco ao homem-morcego – afinal, ele é fruto de uma tragédia –, a mais recente encarnação de Bruce Wayne parece se alimentar da escuridão, como se dela precisasse para sobreviver. Em certa medida, ele é um super anti-herói, o que o alinha aos protagonistas mais importantes do cinema noir.

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Para dirigir Batman foi convidado o norte-americano Matt Reeves, cineasta que trouxe de volta às telas a franquia Planeta dos Macacos, lhe dando relevância e tessitura dramática. A aposta deu certo: o diretor fez um filme que, se não é perfeito, está longe de ser acomodado. Tem pulsação.

Menos importante em Batman do que a trama propriamente dita, bastante sólida mas não memorável, é a atmosfera de dubiedade do filme, em que tudo e todos são vulneráveis e suspeitos.

Coescrito por Reeves e Peter Craig (de Armação Perigosa), o roteiro de Batman não resgata as origens do homem-morcego. Presume que, após tantas encarnações no cinema, o público já saiba de cor que os pais de Bruce Wayne foram assassinados, o deixando órfão ainda menino, sob os cuidados do mordomo Alfred, agora vivido por Andy Sirkis (o Gollum da trilogia O Senhor Anéis).

A ação se passa em uma Gotham City que nunca se pareceu tanto com Nova York, cidade que a inspirou, só que mais feia, suja, malvada. E, principalmente, escura. Há pouquíssimas cenas diurnas no filme.

Imersa, como sempre, em violência e corrupção, Gotham está às vésperas de uma eleição municipal. O atual prefeito tenta reeleição contra uma candidata negra, Bella Real (Jayme Lawson, de Farewell Amor), que vem com uma plataforma que promete enfrentar a criminalidade. Só que a cidade é tomada de assalto por uma onda assassinatos cruéis.

O roteiro busca, tenho certeza, inspiração em dois grandes filmes, também alinhados com a estética do neonoir, do cineasta norte-americano David Fincher: Seven – Os Sete Crimes Capitais e Zodíaco. Ambos giram em torno de serial killers.

Em Batman, quem assina os crimes é o Charada, vilão clássico das histórias do homem-morcego que perde a malha e a máscara verdes, já envergadas por Jim Carrey em Batman Eternamente, e ganha uma faceta mais realista – e muito assustadora. Paul Dano (de Sangue Negro), em atuação brilhante, me deu arrepios no papel do contraventor, agora um psicopata que odeia Gotham City e vê em Batman mais do que um inimigo. Mas isso cabe ao filme revelar, não a mim.

Outro vilão célebre presente em Batman é o Pinguim (Colin Farrell, irreconhecível), sem seus tradicionais fraque e cartola. Ele é o proprietário de uma casa noturna, algo entre uma boate e um bordel, associado ao grande comandante da máfia local, Carmine Falcone (John Torturro). Nesse ambiente de sexo e contravenção também está imersa Selina Kyle (Zoë Kravitz), a Mulher-Gato, personagem, por enquanto, de contornos mais heróicos do que vilanescos, com quem Batman desenvolve uma relação de tórrida tensão sexual. É uma delícia vê-los juntos na tela.

Menos importante em Batman do que a trama propriamente dita, bastante sólida mas não memorável, é a atmosfera de dubiedade do filme, em que tudo e todos são vulneráveis e suspeitos. A fotografia, que contrasta o vermelho e o negro, e a direção de arte, de contornos mais realistas, degradados, assim como os figurinos, nos colocam nesse lugar de instabilidade, traço indissociável do noir.

O Batman e o Bruce Wayne de Pattinson não são raivosos como o vivido brilhantemente por Christian Bale na trilogia assinada por Christopher Nolan. Pattinson tem uma masculinidade bem mais ambígua, tristonha, e, por isso, em seu corpo e olhar, o Batman se materializa nem melhor ou pior, porém, talvez, mais freak do que nos filme de Nolan, fazendo lembrar em alguns momentos Edward Mãos-de-Tesoura, personagem de Johnny Depp no já clássico filme de Tim Burton, que lá no fim dos anos 1980 dirigiu outro Batman, gótico e fantasioso, estrelado por Michael Keaton. O círculo da intertextualidade, de certa forma, assim se fecha.

Batman está previsto para chegar ao canal de streaming HBO Max em 1 de abril e já arrecadou US$ 677 milhões no mundo.

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