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Erotismo é metáfora política em ”

Esplêndido drama histórico de Ang Lee, 'Desejo e Perigo' toma a China da Segunda Guerra como pano de fundo para discutir limites entre o ser e o dever.

Paulo Camargo por Paulo Camargo
29 de agosto de 2019
em Central de Cinema
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Erotismo é metáfora política em 'Desejo e Perigo'

Imagem: Divulgação.

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Desejo e Perigo, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2007, fez enorme sucesso de bilheteria na Ásia, onde também causou escândalo por seu alto teor erótico. O filme, entretanto, não teve a atenção no Brasil que merecia, levando-se em conta o prestígio de seu diretor, o cineasta taiuanês Ang Lee, vencedor de três Oscar: duas vezes de melhor diretor, por O Segredo de Brokeback Mountain (2005) e As Aventuras de Pi (2012); e o de melhor filme estrangeiro, por O Tigre e o Dragão (2000), falado em mandarim.

Drama histórico, com pitadas de thriller, Desejo e Perigo é esplêndido. Baseado no romance de Eileen Chang, conta a história de Wang Jiazhi (a revelação Wei Tang), jovem que entra na faculdade no período de ocupação japonesa da China, durante a Segunda Guerra Mundial. Na universidade, ela participa de um grupo de teatro patriótico, tornando-se rapidamente a atriz principal – seus dotes dramáticos são notáveis tanto no palco quanto na vida real. O talento para a dissimulação torna-se uma arma.

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Os planos da organização à qual pertence, que vai muito além de uma agremiação artística, são mais ambiciosos: pretendem assassinar Yee (Tony Leung, grande astro do cinema oriental), colaborador dos japoneses. Wang, então, se transforma em Mak, fictícia esposa de um mercador. Sua função é se tornar amante de Yee e sua missão, matá-lo.

Avesso ao maniqueísmo, o diretor transforma a jovem protagonista de Desejo e Perigo, espiã guiada por sua ideologia, em uma espécie de personificação da complexidade da China, tanto no passado quanto no presente.

A aproximação entre Wang e Yee resulta num ambíguo jogo de sedução apimentado por cenas de sexo de fazer suar o espectador, de um erotismo à flor da pele, que lembra O Último Tango em Paris (1976), de Bernardo Bertolucci. Lee, excelente diretor de atores, é um contador de histórias que prima pela subjetividade.

Mais uma vez, ele trabalha com os limites entre o desejo e o dever, frente às pressões morais e culturais, tema que norteia toda a sua obra, desde que tornou-se mundialmente reconhecido, com a comédia Banquete de Casamento (1993), vencedora do Urso de Ouro no Festival de Berlim e indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Avesso ao maniqueísmo, o diretor transforma a jovem protagonista de Desejo e Perigo, espiã guiada por sua ideologia, em uma espécie de personificação da complexidade da China, tanto no passado quanto no presente. De certa forma, ela, que aos poucos se descobre muito mais ambígua e menos dona de suas certezas do que se imaginava, é um alter ego do próprio Lee, um sujeito pós-moderno, de identidade fragmentada, criado na ocidentalizada ilha de Taiwan, formado em cinema na New York University, consagrado em Hollywood, mas sempre tentado a retornar às raízes de sua cultura ancestral, da atribulada e milenar história chinesa, para compreender melhor seu lugar no mundo.

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