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‘O Animal Cordial’: o horror da justiça pelas próprias mãos

Aclamado longa de Gabriela Amaral Almeida, ‘O Animal Cordial’ transita entre thriller e “novo terror”, pincelando sutis críticas à sociedade brasileira.

Valsui Júnior por Valsui Júnior
14 de novembro de 2018
em Central de Cinema
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‘O Animal Cordial’: o horror da justiça pelas próprias mãos

Imagem: Reprodução.

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O terror como o conhecemos tem mudado constantemente, e no Brasil não é diferente. Cada vez mais o gênero abarca novas matizes que não apenas sangue, tensão e fantasia. Num rol de filmes como Trabalhar Cansa (2011), de Juliana Rojas e Marco Dutra, e mais recentemente As boas maneiras (2018), também dos mesmos diretores, e O nó do diabo (2018), destaca-se o longa-metragem O Animal Cordial (2018), de Gabriela Amaral Almeida.

Produzido por Rodrigo Teixeira, que também conduziu um dos favoritos do Oscar, Me chame pelo seu nome (2017), e estrelado por um elenco de peso, com Murilo Benício, Camila Morgado, Irandhir Santos e Juliana Paes, o filme, que se passa completamente num ambiente de um restaurante de classe média alta, desemboca em uma situação cada vez mais aterrorizante à medida que um assalto se desenvolve em um desejo por vingança e sangue.

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Ao contrário dos filmes de Juliana Rojas e Marco Dutra, no entanto, O Animal Cordial não trabalha com o elemento da fantasia — se é que nada existe de fantasia no modo de agir do ser humano. As únicas variáveis são as alterações de humor de cada personagem, cada um restrito a seu próprio universo: um patrão exigente, dois assaltantes, uma recepcionista, uma chefe de cozinha, um senhor aposentado e o casal rico da mesa ao lado.

À primeira vista, o filme que poderia muito facilmente desencalhar numa esquete de Cronicamente inviável (2000), de Sérgio Bianchi, devido às escancaradas diferenças de classes sociais entre os personagens, no entanto culmina para outro lado: o do horror e do slasher movie, tão comum em filmes estadunidenses.

‘O Animal Cordial’ é tensionado por uma constante sede de vingança e justiça pelas próprias mãos, que culmina numa narrativa sangrenta e cheio de tensão.

A escolha do nome também, um tanto forte, muito lembra a noção de “brasileiro cordial”, proposta pelo sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, exposto em sua obra mais famosa, Raízes do Brasil. Nela, o indivíduo cordial, a quem o autor se refere, é “indiferente à lei geral” a partir do momento que essa contraria suas afinidades emotivas.

A despeito das críticas sociológicas, Gabriela consegue sintetizar muito bem este conceito em cada um dos personagens expostos no longa-metragem: seja em Inácio, o típico brasileiro empreendedor médio, com sua marcante tenacidade, ou na subserviência de Sara, uma personagem bastante marcada por contrastes ao longo de todo o filme.

Apesar disso, de maneira oposta ao filme de Sérgio Bianchi os personagens não são tão delineados — não há ali um “mocinho” ou um “vilão”. O casal rico é tratado da mesma maneira que o senhor aposentado pelo seu algoz. Há, porém, tanto no que se refere aos assaltantes e ao personagem de Djair, um ódio específico e bastante marcado: por serem ou pobres e vítimas do próprio sistema que estavam inseridos, ou por ser negro, nordestino e ter um longo cabelo com cílios delineados, subvertendo valores heteronormativos, como o personagem de Djair.

É nessa sede de vingança e desejo por uma justiça cega e desenfreada que a história é explicitamente tensionada ao longo de toda a narrativa. À mulher, na representação de Sara e Verônica, é dada uma posição completamente subalterna e quase que invisível, não fosse pela reviravolta do final do roteiro.

A representação de um misto de misoginia, homofobia e xenofobia nos personagens masculinos chega em vários momentos a incomodar, mas não marca completamente a história, apenas tonaliza, e convidam o espectador a contemplar um cenário cada vez mais tenebroso, porém não tão distante da realidade.

Neste caminho, o desfecho do enredo inverte esse processo e a mensagem deixada por Gabriela é bastante clara: os heróis na pujante e diária batalha contra o ódio e a violência ali representados não depende necessariamente da classe social de quem quer que estivesse no restaurante — ela está na mão dos verdadeiros oprimidos, aqueles que, longe de toda aquela ambientação de sangue e cólera, só gostariam de ser livres para dançar.

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