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A condenável obsessão pelo sucesso é tema em ‘Whiplash’

'Whiplash - Em Busca da Perfeição', de Damien Chazelle, é uma crítica ao espírito competitivo dos norte-americanos, à perseverança, à autossuperação a qualquer preço.

porPaulo Camargo
10 de janeiro de 2015
em Cinema
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J.K. Simmons em cena de Whiplash

J.K. Simmons deve ganhar Oscar de melhor ator coadjuvante. Imagem: Divulgação.

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Quem fizer uma leitura apressada de Whiplash – Em Busca da Perfeição, pode achar que o filme, em cartaz nos cinemas, é um elogio ao espírito competitivo dos norte-americanos, à perseverança, à autossuperação a qualquer preço, traços recorrentes na produção hollywoodiana mainstream. Não é bem isso. O professor de música e maestro Terence Fletcher, vivido com sangue no olho por um brilhante J.K. Simmons, é um sociopata, que faz do processo educativo um ritual sádico, como se seus pupilos estivessem em uma caserna, sendo preparados, militarmente, para uma guerra.

Talvez alcançar um lugar ao sol no competitivo mundo da música não seja uma missão para fracos, como Fletcher tenta, o tempo todo, esfregar na cara do baterista Andrew Neuman (Miles Teller, também excelente), que tem talento, mas, aos olhos do mestre, é ainda frágil demais. Precisa endurecer, perder a ternura. Suar, sangrar, ser humilhado e, simbolicamente, morrer, para renascer como um astro precoce do jazz. Um Charlie Parker.

Mas Whiplash, vencedor do Festival de Sundance do ano passado, tem o mérito de não fazer desse embate entre mentor e pupilo uma jornada do herói acrítica.

Mas Whiplash, vencedor do Festival de Sundance do ano passado, tem o mérito de não fazer desse embate entre mentor e pupilo uma jornada do herói acrítica. É quase uma leitura cínica do paradigma descrito por Joseph Campbell, embora termine, enfim, por reafirmá-lo como modelo narrativo. Ainda que pareça enxergar a obsessão pelo sucesso, pela superação, como algo patológico, e condenável.

Dirigido com visceralidade e elegância por Damien Chazelle, um cineasta de 29 anos cuja trajetória merece ser acompanhada com atenção, Whiplash deve dar o Oscar de melhor ator coadjuvante a Simmons, que aqui vive um personagem semelhante ao detento neonazista que defendeu com igual potência no seriado penitenciário Oz. É um filme vigoroso, nada burocrático, editado com maestria, ainda que o roteiro, embora autobiográfico, seja, em alguns momentos, excessivamente “contrived“, forçado, beirando a inverossimilhança, em benefício do impacto dramático.

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Tags: Andrew NeumanCharlie ParkerCinemaCríticaFestival de SundanceHollywoodJ.K. SimmonsJoseph CampbellMiles TellerOscarOscar 2015OzTerence FletcherVideoWhiplash

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