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Quem matou é o que menos importa em ‘Objetos Cortantes’

porRodrigo Lorenzi
11 de setembro de 2018
em Televisão
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Objetos Cortantes HBO

'Objetos Cortantes', nova minissérie da HBO. Imagem: Divulgação.

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Uma mulher em depressão, enfrentando problemas com álcool e perturbada pelo seu passado, precisa enfrentar sua família e seus fantasmas na sua cidadezinha natal. Andamos vendo bastante esse argumento ultimamente (ainda bem). Quando o clichê é trabalhado de forma inteligente, esses enredos ganham uma roupagem interessante. É o caso de Objetos Cortantes, minissérie da HBO baseada no livro homônimo de Gillian Flynn (Garota Exemplar), seu primeiro romance.

Desenvolvido para a TV por Martin Nixon (Buffy, a Caça-Vampiros), Objetos Cortantes conta a história de Camille Preaker (Amy Adams), uma repórter que volta à fictícia Wind Gap, cidadezinha no Missouri, para cobrir os assassinatos de duas garotas adolescentes. A cidade foi onde Camille viveu momentos difíceis com sua mãe possessiva, Adora (Patricia Clarkson), e onde viveu um luto traumático com a morte de sua irmã mais nova, Marian (Lulu Wilson). Agora, Camille precisa enfrentar novamente sua mãe e interagir com sua meia-irmã, Amma (Eliza Scanlen).

Todos os episódios são dirigidos por Jean-Marc Vallée, o mesmo de Big Little Lies, outra ótima produção da HBO. É possível identificar a assinatura de Vallée logo nos primeiros segundos. Com cortes secos, rápidos e montagens que quebram a narrativa em vários fragmentos, o estilo cinematográfico serve para mostrar a memória e o trauma das personagens. Dá a impressão de que a estilização serve mais como licença estética do que propriamente para acrescentar algo novo à narrativa, mas Vallée trabalha de forma com que tudo dentro da cena importe. Assim, se esses cortes não necessariamente empurram a história para frente, servem para compor as personagens.

Amy Adams é a grande responsável pelo sucesso da série, já que segura a história mesmo em seus momentos mais repetitivos.

Wind Gap acaba sendo uma grande metáfora e análise de pequenas cidades dos EUA. Sem nada para fazer, em um ambiente quente e sufocante, personagens femininas fofocam, personagens masculinos trabalham e crianças e adolescentes andam de patins e tentam sair daquele lugar, seja por meio das drogas ou de festas. A todo momento, a cidade lembra aos moradores que eles andam em círculos (os ventiladores, girando sempre lentamente, acabam sendo uma metáfora bastante curiosa). Para Camille, a tortura é ainda maior. Obrigada a enxergar no olhar daqueles moradores palavras que cortam bem mais do que seus próprios cortes na pele, Camille dirige, bebe e chora no desespero de tentar fugir não apenas daquele ambiente, mas de toda sua história.

Amy Adams Objetos Cortantes Sharp Objects HBO
Amy Adams em uma de suas melhores atuações. Imagem: Filmow.

Amy Adams entrega uma Camille tão ou mais incrível do que a personagem do livro. Com uma atuação impressionante, a atriz não poupa esforços para passar ao público o trauma de Camille. Por meio de uma linguagem corporal que nos dá sempre a sensação de cansaço, sujeira e uma tristeza imensa, Amy Adams é a grande responsável pelo sucesso da série, já que segura a história mesmo em seus momentos mais repetitivos.

Com personagens femininas fortes e um clima gótico e angustiante, Objetos Cortantes consegue transpor o mesmo clima assustador descrito no livro e é mais uma ótima produção liderada por mulheres. A revelação do mistério é interessante e só é feita no último segundo do último episódio (além de breves cenas durante os créditos), mas a série impacta mesmo nos detalhes, quando percebemos o quão sombrio podemos nos tornar em meio à repressão e escuridão.

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Tags: Amy AdamsGillian FlynnHBOJean-Marc Valléeobjetos cortantesSeriadossharp objects

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