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‘The Family’ erra ao usar fórmulas antigas em uma narrativa rasa

Com uma sinopse relativamente interessante, 'The Family' utiliza de fórmulas que deram certo, mas erra em um roteiro cheio de furos e exagerado.

porRodrigo Lorenzi
19 de abril de 2016
em Televisão
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'The Family' erra ao usar fórmulas antigas em uma narrativa rasa

Imagem: Reprodução.

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The Family é a nova aposta do canal norte-americano ABC para as noites de domingo, dia já tradicional voltado aos dramas familiares. Mas diferente de outras produções bem-sucedidas que ocuparam o horário nobre de domingo – como Desperate Housewives e Brothers and Sisters – The Family pega todas as fórmulas já utilizadas em dezenas de outras produções e tenta criar um produto complexo e instigante, mas a única coisa que conseguiu, até o momento, foi destacar os furos em seu fraco roteiro.

Com sete episódios já exibidos, a série criada por Jenna Bans (que já trabalhou nos roteiros de Desperate Housewives, Private Practice e Scandal) conta a história da família Warren. Quando Claire Warren (interpretada pela ótima Joan Allen) concorre à prefeitura de um cidadezinha no Maine, seu filho mais novo, Adam (Liam Janes), é sequestrado e assassinado após um comício. Dez anos depois, com Claire agora prefeita da cidade e após um doloroso processo de luto, Adam, que não tinha morrido, consegue se libertar do cativeiro onde foi mantido por seu molestador. Enquanto o filho é recebido com amor por quase toda a família, alguns segredos começam a aparecer e uma suspeita intriga os mais avisados: será que o garoto é realmente quem diz ser?

Ainda que a sinopse não chegue a ser um frescor de originalidade, The Family tem recursos que fazem dela bastante interessante. Colocar segredos dentro de uma família e revelá-los aos poucos é sempre uma boa novela, sendo exatamente o que o público norte-americano espera de um domingo à noite. O uso de flashbacks para montar o quebra-cabeças também é um recurso narrativo nada novo, mas que funciona, caso usado de maneira inteligente. Não é o caso. Ao invés de utilizar o ir e passar do tempo para instigar a audiência, a série vai e volta a cada cinco minutos. Tentando confundir o público sobre o que é o passado e o que é o presente, o roteiro se desespera e força situações que nos episódios seguintes já não fazem sentido. É como se uma pessoa escrevesse o roteiro da semana e passasse a outra, que escreve sem se preocupar com as ligações do texto anterior.

O problema é que a série não segura a audiência para ser apenas uma minissérie e também é frágil demais para ter mais de uma temporada.

Assim, temos referências a Damages, Bloodline, The Killing, Les Revenants e até mesmo a um documentário britânico chamado The Imposter, que tem exatamente a mesma história. Mas se essas produções contavam com um time de roteiristas e montadores capazes de criar expectativa (ainda que não uma grande audiência), The Family parece fazer tudo com uma qualidade abaixo da média, a começar pelo elenco e por situações completamente forçadas para fazer a narrativa andar. A policial Nina Meyer (Margot Bingham), responsável pelas investigações, obviamente tem um caso com o pai de Adam, John Warren (Rupert Graves), mas isso consome sua consciência. John gosta de Nina, mas não deixa a esposa para não prejudicar sua campanha como governadora. O filho mais velho, Danny Warren (Zach Gilford, de Friday Night Lights), tem problemas com bebidas e ninguém o leva a sério, mas é o primeiro a suspeitar que algo errado está acontecendo. A filha, Willa (Alisson Pill), é uma mulher tensa, religiosa e que precisou amadurecer o mais rápido possível após o desaparecimento de seu irmão. Temos, ainda, o vizinho Hank (Andrew McCarthy), preso pelo assassinato de Adam e solto após seu retorno. Hank confessou que matou o garoto porque Nina encontrou pornografia infantil em seu computador. Tudo isso é mostrado em incessantes “10 anos atrás” e “Dias atuais” durante todos os episódios.

O problema é que a série não segura a audiência para ser apenas uma minissérie e também é frágil demais para ter mais de uma temporada. Ainda que lá pelo sexto e sétimo episódio The Family consiga uma atenção maior – já que alguns dos arcos vão ganhando respostas – a pobreza narrativa grita mais alto. Se há uma certa coragem em mostrar o cotidiano de dois pedófilos, a série simplesmente falha ao contar sua história de maneira fraca. Nada é muito crível, os discursos de família unida, porém quebrada, soa forçado e a história simplesmente não mostra força suficiente para ganhar a confiança do público.

Essa fragilidade diz muito sobre as diversas tentativas dos canais abertos norte-americanos emplacarem seriados de prestígio. Com o boom de produções de canais fechados e a popularização da Netflix, a audiência dos canais abertos despenca a cada semana (The Family já sofre com quedas bruscas nos números). Ainda que tenhamos alguns sucesso como Empire e Grey’s Anatomy, fica clara a escolha de um roteiro mais simples e fácil de digerir. Mas será que o público médio norte-americano que consome televisão aberta prefere engolir qualquer produção meia boca do que assistir a algo com qualidade?

The Family, então, parece ser uma série que fica no meio termo. Se há alguns ensaios que deixam a série interessante, a forma como os roteiristas a conduzem é fraca e sem coragem, como se o público fosse limitado. Assim, The Family não inova e não surpreende, sendo uma produção esquecível e, logo mais, certamente cancelada.

Tags: ABCCrítica de SeriadosCrítica de Sériesdrama familiarJoan AllenSeriadosSériesThe Family

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