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‘Belas e Perseguidas’ é um pot-pourri de clichês femininos

'Belas e Perseguidas', longa dirigido por Anne Fletcher, entra na corrida pelo título de pior filme do ano com uma comédia genérica que corta bons momentos na mesma velocidade dos diálogos verborrágicos de Reese Witherspoon.

porAndy Jankowski
1 de julho de 2015
em Cinema
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'Belas e Perseguidas' é um pot-pourri de clichês femininos

Imagem: Reprodução.

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O longa-metragem Belas e Perseguidas, que estreia nas salas de cinema brasileiras nesta quinta-feira, 2, é mais uma prova do desgaste criativo de Hollywood e sua tradicional insistência em condicionar mulheres a papéis de gênero que beiram (ou ultrapassam?) o ridículo. Numa estrutura narrativa genérica, o filme é um pot-pourri de clichês de gênero. Rose Cooper (Reese Witherspoon, de Livre) é uma metódica policial designada para a missão de proteger Daniella Riva (Sofía Vergara, de Modern Family), uma rica viúva que irá testemunhar contra um grande chefão do tráfico de drogas.

O filme, que não é diferente dos últimos 50 do gênero, é do tipo que se sabe como acaba antes mesmo da sessão começar. Anne Fletcher, a diretora, construiu sua carreira sobre as bases de um cinema supostamente feminino que praticamente não se sustenta desde o advento do movimento feminista.

Do lânguido Ela Dança, eu danço (Step up, 2006) ao insosso A Proposta (The Proposal, 2009), o cinema que Anne faz se baseia em fórmulas que já não estabelecem mais encantamento e catarse com o público feminino e que não é o mesmo há muitas décadas.

O que os grandes estúdios hollywoodianos parecem não ter percebido é que este tipo de comédia não cola desde os anos 1950, desde a queda da “Velha Hollywood” –  falar isso quando na mesma década Billy Wilder produzia Quanto mais quente melhor pode soar ofensivo.

O cinema que Fletcher faz se baseia em fórmulas que já não estabelecem mais encantamento e catarse com o público feminino e que não é o mesmo há muitas décadas.

Reese, infelizmente, parece estar atingindo aquele momento hollywoodiano em que o mercado seca para atrizes à beira dos quarenta (enquanto este mesmo momento se abre para atores homens na mesma faixa etária). Ou pode ser apenas pelo dinheiro mesmo, o que parece ter sido uma péssima estratégia devido à forte rejeição do público a Belas e Perseguidas nos cinemas do Tio Sam.

Já Sofía Vergara, em seu corpo dionisíaco de quadris e decotes de efeitos mágicos em produtores babões, nunca esteve tão em alta. Não à toa, a objetificação excessiva das curvas de Sofia, somado ao seu sotaque-fetiche, tornam-se cansativos pela canastrice dos trejeitos étnicos que tanto atraem jovens americanos e seus quase inconfessáveis desejos voyeuristas por latinas.

A piada em torno de Rose Cooper baseia-se em seu metodismo caxias, um forçado sotaque redneck e uma verborragia de dar úlcera no espectador com menos de 10 minutos de filme. Ao mostrar-se uma mulher mais profissional e pouco sexualizada em tom pateticamente cômico, o filme soa nefasto ao enviar às suas espectadoras uma mensagem política de adequação de padrões estéticos, para que assim sejam consideradas mulheres de fato e fujam das comparações infantis com corpos masculinos. Ou objetifica-se, ou torna-se sexualmente nula. Ah, claro, não podemos esquecer que o jeito de Rose a impede de alcançar um dos seus maiores objetivos (como é de praxe nesse tipo de filme), que é conquistar um homem.

Belas e Perseguidas é tão cansativo e dispensável quanto a tal comicidade que busca estabelecer. Um filme esquecível…

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Tags: Anne FletcherBelas e PerseguidasCinemacomédiaCríticaCrítica de CinemaHot PursuitReese WitherspoonResenhaSofia Vergara

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