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Crítica: ‘Entre Cercas’: A ilegalidade do habitar – Olhar de Cinema

'Entre Cercas' enquadra uma realidade cruel e desumana: não deveríamos ser separados por cercas que delimitam onde podemos vivenciar nossas experiências.

porAline Vaz
12 de junho de 2016
em Cinema
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Entre Cercas

Cena de 'Entre Cercas'. Imagem: Divulgação.

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O longa-metragem Entre Cercas é um documentário sobre o encontro de Avi Mograbi e Chen Alon com refugiados em Israel. Eles oferecem oficinas de teatro aos refugiados que vivem na detenção de Holot. Neste lugar eles esperam a resolução de suas permanências ou não no país; eles podem caminhar pela região do deserto, mas não podem ir para o centro: lugar onde eles relatam sofrer preconceito racial. Há uma chamada três vezes ao dia, os refugiados que não respondem são enviados para outra prisão a qual são mantidos em cárcere por determinado tempo, conforme a condenação.

Para os refugiados, Holot não se distingue do modelo de prisão convencional, alí eles só tem um espaço maior, mas também não são livres. Eles questionam onde poderão ser livres; não há liberdade em lugar algum. Alguns relatam viverem em Holot por sete anos. Israel não aceita os refugiados e não resolve suas situações, eles passam a viver em um espaço sem identidade, não se vive em algum lugar, não são, apenas estão em lugar nenhum, entre fronteiras, entre medos e expectativas.

Nas oficinas de teatro os refugiados interpretam situações que vivem como cidadãos ilegais, eles revivem emoções e expõem seus conflitos, interpretam também o outro, os soldados, os israelenses.

Nas oficinas de teatro os refugiados interpretam situações que vivem como cidadãos ilegais, eles revivem emoções e expõem seus conflitos, interpretam também o outro, os soldados, os israelenses; interpretam e questionam regimes autoritários, desejam democracia e esperam por um lugar que possam exercer suas identidades. A câmera de Avi Mograbi registra as interpretações e permite que possamos compreender e possuir conflitos de exclusão geográfica que interferem nos modos de vivenciar o mundo e seus (des)afetos.

Entre Cercas enquadra uma realidade cruel e desumana, não deveríamos ser separados por cercas que delimitam onde podemos vivenciar nossas experiências. A apropriação de espaços, o habitar como modo de possuir e compreender o mundo, deve ser um direito de todos. Infelizmente, burocratizaram a vida, pois pertencer a um espaço é poder viver, o que nem sempre nos é permitido; limitam os passos e destroem as possibilidades de encontros com o outro, com nós mesmos.

Entre Cercas tem mais uma exibição. Domingo, às 21h, no Cineplex Batel.

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Tags: Avi MograbiCrítica de CinemaEntre CercasExibições EspeciaisOlhar de CinemaRefugiados

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