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‘Kóblic’ vai bem além do drama político

'Kóblic', de Sebastián Borensztein, cria uma atmosfera tensa, apresentando personagens ambíguos em um enredo que transcende o drama político.

porPaulo Camargo
14 de outubro de 2016
em Cinema
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Kóblic

Ricardo Darín em 'Kóblic'. Imagem: Divulgação.

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Para muitos brasileiros, o ator Ricardo Darín se tornou sinônimo de cinema argentino, o que se não é uma verdade absoluta, tem lá sua razão de ser. Astro de grandes sucessos internacionais como O Filho da Noiva, Nove Rainhas, O Segredo de Seus Olhos e Relatos Selvagens, ele virou, para o senso comum, uma espécie de selo de qualidade que, por estas bandas, se traduz em bilheteria quase garantida.

De novo sob a direção de Sebastián Borensztein, com quem trabalhou na interessante comédia dramática Um Conto Chinês (2011), outro êxito de sua carreira, Darin estrela Kóblic, no qual interpreta o personagem-título, um ex-piloto e capitão da Marinha da Argentina, que, durante os anos de chumbo da ditadura militar, se recusa a cumprir uma missão tenebrosa: lançar ao mar presos políticos, ainda vivos depois de serem torturados e dopados.

Por ter descumprido as ordens recebidas de seus superiores, Kóblic se torna foragido e se refugia em uma localidade no interior do país, onde tem a ilusão de passar desapercebido.

O ponto forte do filme de Borensztein é a atmosfera de tensão que ele consegue imprimir à trama. O roteiro, escrito a quatro mãos pelo cineasta e Alejandro Ocon a partir de casos reais.

O ponto forte do filme de Borensztein, que se passa em 1977, é a atmosfera de tensão que ele consegue imprimir à trama. O roteiro, escrito a quatro mãos pelo cineasta e Alejandro Ocon a partir de casos reais, se materializa na tela em planos que contrapõem o desolamento da paisagem inóspita no oeste árido da Argentina, de vastos horizontes que transbordam solidão, a um clima de claustrofobia no qual os personagens estão imersos.

Darín, um ator sutil, econômico, consegue dar a Kóblic toda a complexidade que ele exige, escapando da tentação de encarnar um herói injustiçado: é, sobretudo, um homem à deriva. Aliás, todos os personagens do filme são ambíguos, o que torna o filme mais interessante, cheio de camadas.

Apesar de ter o regime militar como pano de fundo histórico, não se trata propriamente de um drama político em sua essência, ainda que as circunstâncias históricas determinem – e muito – os rumos da trama, que transita entre as convenções dos gêneros noir e western. Borensztein prova ser um cineasta com estilo e repertório.

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Tags: argentinaCinemaCrítica de CinemaDitadura Militardrama políticoKóblicRicardo DarínSebastián Borenszteinwestern noir

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