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Por que ‘Mulher-Maravilha’ é um filme importante, além de muito bom?

Em 'Mulher-Maravilha', a diretora Patty Jenkins traz uma super-heroína que pode, sim, servir de modelo a meninas, adolescentes e mulheres ao redor do mundo.

porPaulo Camargo
8 de junho de 2017
em Cinema
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Mulher-Maravilha

Gal Gadot brilha intensamente como a Mulher-Maravilha. Imagem: Divulgação.

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Só se fala em Mulher-Maravilha no mundo do entretenimento. Primeiro, porque o filme é mesmo muito bom. E esse deve ser, em minha opinião, o principal motivo de toda a atenção recebida pelo primeiro longa-metragem dedicado à personagem da DC Comics. Mas igualmente relevante é o fato de a produção, além de ter uma protagonista feminina arretada, forte e independente, também trazer na direção outra mulher, Patty Jenkins, de Monster: Desejo Assassino (2003), que deu a Charlize Theron o Oscar de melhor atriz.

A essa altura, há alguns números que não podem ser ignorados. Em seu primeiro fim de semana de exibição no mercado norte-americano (Estados Unidos e Canadá), o filme arrecadou um pouco mais de US$ 103 milhões. É a maior bilheteira de estreia de um longa-metragem assinado por uma mulher em toda a história. Portanto, um marco, especialmente por se tratar de um gênero considerado território quase hegemonicamente masculino. Ao redor do mundo, a superprodução, que custou US$ 149 milhões, já fez mais de US$ 240 milhões até ontem.

Mas deixemos os número de lado. Eles são, certamente, importantes do ponto de vista industrial e mercadológico, mas, nesse caso, merece igual atenção a repercussão do longa junto à crítica e ao público, por seus méritos. Patty Jenkins, sem de forma alguma desprezar as cenas de ação e os efeitos visuais, incontornáveis em qualquer filme de super-heróis, não relegou a dramaturgia ao segundo plano: o roteiro de Allan Heinberg (do seriado Grey’s Anatomy) resgata com frescor a história da personagem criada em 1941 por William Moulton Marston, que morreu há exatos 70 anos.

A essa altura, há alguns números que não podem ser ignorados. Em seu primeiro fim de semana de exibição no mercado norte-americano, o filme arrecadou um pouco mais de US$ 103 milhões. É a maior bilheteira de estreia de um longa-metragem assinado por uma mulher em toda a história.

Diana (a atriz isaraelense Gal Gadot) é princesa das Amazonas em uma ilha mítica do mundo grego chamada Themyscira. O local, habitado apenas por mulheres, existe numa espécie de dimensão paralela, entre a Antiguidade Clássica e o início do século 20. Sua mãe, a rainha Hipólita (Connie Nielsen, de Gladiador), reluta em permitir que a filha seja iniciada nas artes da guerra. A tia da menina, a general Antiope (Robin Wright, da série House of Cards), a treina às escondidas, para que esteja pronta para quando sua grande missão chegar.

E ela chega, quando Diana resgata das águas do Mar Egeu o piloto Steve Trevor (Chris Pine, da atual franquia Star Trek). Embora estivesse à bordo de um avião da Força Aérea britânica, ele é um espião norte-americano, perseguido pelos alemães durante a Primeira Guerra Mundial, que acabam também transpondo a barreira invisível entre o mundo real e o mítico, levando a ele a violência dos homens, aqui sinônimo do gênero masculino.

Filha de Zeus, Diana se dá conta que chegou o momento de enfrentar Ares, o deus da Guerra, e parte com Steve para a Inglaterra da década de 1910. Aqui, é imprescindível ressaltar a escolha para o papel de Mulher-Maravilha da espetacular Gal Gadot, que foi Miss Israel e soldado no Exército de seu país – vale citar aqui que foi criticada por ter defendido publicamente em redes sociais o sionismo, razão pela qual o filme tem sofrido retaliações no mundo árabe.

Gadot, que já havia participado de filmes da franquia Velozes e Furiosos, trouxe ao papel uma complexidade muito bem-vinda: é, ao mesmo tempo, vigorosa e sensível, intensa e engraçada, atlética e vulnerável. Sua química com Pine é notável, e traz ao filme uma inesperada potência romântica. Nasce aqui, portanto, uma estrela. Gadot, hoje com 32 anos, voltará ao papel em novembro deste ano em A Liga da Justiça, do universo estendido da DC Comics, ao lado de Superman, Batman, Flash e outros.

Em Mulher-Maravilha, Jenkins traz, com energia e sensibilidade, uma super-heroína que pode, sim, servir de modelo a meninas, adolescentes e mulheres ao redor do mundo. Os ótimos diálogos do filme, repletos de duplos sentidos, enfatizam a autonomia e a inteligência da personagem, que fala vários idiomas e é versada em filosofia e literatura clássica, e sem o ranço nacionalista norte-americano presente na série televisiva dos anos 70, estrelada por Lynda Carter. Apesar de ingênua, por ter sido criada longe do “mundo dos homens”, Diana tem perfeita noção de quem é e dos valores que defende.

Comparado ao sombrio Batman vs Superman: A origem da Justiça (2016) ou ao caótico em Esquadrão Suicida (também 2016), mais recentes (e muito frustrantes) filmes da parceria Warner e DC Comics, Mulher-Maravilha é um passo e tanto.

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Tags: Chris PineCinemaConnie NielsenCrítica de CinemaDC ComicsFeminismoGal GadotMulher-MaravilhaPatty JenkinsResenhaRobin Wrightsuper-heroínauniverso mítico

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