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‘O Som do Silêncio’ é um filme sobre perdas

Com um brilhante desempenho de Riz Ahmed, 'O Som do Silêncio' foge do paradigma "cinema de superação", para tentar nos fazer compreender o que representa a perda da audição, sensorial e existencialmente.

porPaulo Camargo
4 de março de 2021
em Cinema
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'O Som do Silêncio' de Darius Marder

Riz Ahmed tem um desempenho impressionante com o protagonista surdo de 'O Som do Silêncio'. Imagem: Divulgação.

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No catálogo da plataforma de streaming Prime Video, O Som do Silêncio é um filme sobre perdas. Ruben (Riz Ahmed, em brilhante atuação) é o baterista de uma banda de rock que, de repente, perde a audição. O que se segue é um longo mergulho, durante o qual ele vê escapar por entre seus dedos a companheira e parceira musical, Lou (Olivia Cooke), e, por fim, a esperança de voltar a ter o que ele considera uma vida normal.

No sensível longa-metragem do jovem diretor Darius Marder, Ruben se debate em um silêncio que o atordoa. Busca saídas sem perceber que a única possível está em si mesmo, na compreensão e aceitação de sua deficiência. Mas ele esperneia porque é um duríssimo aprendizado.

O personagem, que não é retratado como vítima para despertar a piedade do espectador, recorre a uma instituição cristã, dedicada ao tratamento de pessoas surdas, mas que não enxerga a deficiência como uma doença para o qual deve se buscar uma cura. Lá, a surdez é sinônimo de normalidade.

Tratamento, portanto, não é um conceito viável.

É brilhante o desenho de som do filme, que nos coloca dentro e fora da cabeça do protagonista. Por vezes ouvimos o que (não) ouve, e em outras retornamos à dita normalidade.

Darius Marder consegue consegue escapar do formato clássico do “melodrama sobre a pessoa com deficiência”, evitando fazer um filme de superação. O diretor prefere, em vez disso, nos trazer ao mundo da surdez, tenta nos colocar no lugar de Ruben, por meio de recursos técnicos, de mecanismos estéticos.

É brilhante o desenho de som do filme, que nos coloca dentro e fora da cabeça do protagonista. Por vezes ouvimos o que (não) ouve, e em outras retornamos à dita normalidade. A proposta é fazer com que sejamos, como espectadores, capazes de tocar a dor de Ruben, perceber sensorialmente suas perdas.

É interessantíssimo o dilema enfrentado pelo personagem. De um lado está Joe, e sua defesa legítima da aceitação da surdez como um outro tipo de normalidade, um mundo paralelo com seus códigos e regras, onde Ruben alcança algum consolo. De outro, está a possibilidade de retornar ao mundo do som, por meio de um implante, que lhe possibilitará um ganho auditivo, mas não uma recuperação completa.

Tudo que voltar a ouvir terá, por conta de tecnologia, um som metálico – o irônico é que ele é um músico de heavy metal. Daí, o título original do longa: O Som do Metal. O resultado é um filme notável, original. Um dos melhores da temporada.

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Tags: CríticaCrítica CinematográficaDarius MarderFilm ReviewMovie ReviewO Som do SilêncioPaul RaciPauloPrime VideoResenhaRiz AhmedSuperaçãoSurdez

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