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Crítica: ‘Vai e Vem’ é jogo de olhares cinematográficos sobre a pandemia – Olhar de Cinema

O potente documentário 'Vai e Vem' é construído a partir de cartas em forma de vídeos, trocadas entre duas amigas diretoras em 2020, primeiro ano da pandemia, uma em São Paulo e a outra em Los Angeles. Filme abriu o 11º Olhar de Cinema.

porPaulo Camargo
3 de junho de 2022
em Cinema
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'Vai e Vem': introspecção e registro do momento político durante a pandemia. Imagem: Divulgação.

'Vai e Vem': introspecção e registro do momento político durante a pandemia. Imagem: Divulgação.

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A 11ª edição do festival Olhar de Cinema foi aberta, na noite da última quarta-feira (1º), no Cine Passeio, em Curitiba, com o potente documentário Vai e Vem, dirigido por duas amigas cineastas: Fernanda Pessoa, que vive em São Paulo, e a mexicana brasileira Chica Barbosa, residente em Los Angeles.

Ao longo de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, as diretoras, ambas em países sob governos de contornos neofascistas, de extrema direita, fizeram um pacto – comunicarem-se apenas por cartas em formato de vídeos, inspirados pelas obras de cineastas mulheres que ambas admiram.

A proposta era a de que cada uma das realizadoras pudesse sentir o que a outra estava vivenciando.

A proposta era a de que cada uma das realizadoras pudesse sentir o que a outra estava vivenciando. Fernanda enviou a amiga imagens dos panelaços diários na capital paulista; o impactante depoimento de sua sogra – uma mulher progressista tendo de lidar com uma nova vida num reduto bolsonarista em Maringá, norte do Paraná –; e as dificuldades que muitos trabalhadores brasileiros tiveram de enfrentar, impossibilitados de permanecer em casa e se protegerem contra a doença, que avançava a passos largos.

Da Califórnia, Chica enviou imagens dos protestos do movimento Black Lives Matter e da campanha presidencial do candidato democrata Joe Biden; o emocionante testemunho de uma chicana (descendente mestiça de mexicanos) sobre não se sentir pertencente a cultura alguma nos Estados Unidos; e a respeito da experiência de adaptação da cineasta, recém-chegada em pleno governo Trump, sempre sob a sombra ameaçadora da pandemia.

Chica Barbosa vive em Los Angeles, de onde produz imagens sobre seu cotidiano
Chica Barbosa vive em Los Angeles, de onde produz imagens sobre seu cotidiano. Imagem: Divulgação.

Para estabelecer esse diálogo imagético, as duas cineastas partiram de uma espécie de jogo, que toma como base um livro da professora norte-americana R. Blaetz sobre o cinema experimental dirigido por mulheres. A publicação é composta de 16 artigos sobre diversas diretoras de cinema de invenção.

Além dessa lista de Blaetz, a dupla também buscou nomes de outras realizadoras para enriquecer o processo, o tornando ainda mais pessoal. O vai e vem das correspondências digitais, estendido por meses, atravessa momentos políticos, como os processos eleitorais nos dois países. No Brasil, a eleição municipal de 2020, e nos Estados Unidos, a presidencial, que tirou Trump do poder.

O resultado é um mergulho ao mesmo tempo introspectivo, porque parte de percepções assumidamente íntimas e pessoais que ambas tiveram de seus cotidianos, e valioso do ponto de vista histórico, porque registra, em primeira pessoa, o que elas testemunharam, viveram e sentiram durante esse período tão delicado. Vai e Vem será lançado nos cinemas em 2023 e merece muito ser visto.

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