• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Colunas À Margem

Por um funk mais consciente

Mariana Nolasco em resposta ao baile de favela, Edu Krieger sobre o funk ostentação e os Mc's Carol e Garden mostram que o funk não é só banalização.

porGuylherme Custódio
27 de junho de 2016
em À Margem
A A
Por um funk mais consciente

MC Guimê. Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

“Que o Helipa, é baile de favela / Que a Marconi, é baile de favela / E a São Rafael, é baile de favela / E os menor preparado pra foder com a xota dela”.

Todo mundo sabe. Todo mundo já ouviu. Todo mundo conhece a letra. Até uma criança de 8 anos.

Presenciei a cena no último sábado em uma formatura. Adultos e crianças em um mesmo ambiente seguiam a tradicional playlist (“YMCA”, “Macho Man”, “Não se reprima”, “Macarena”…), até que começa o baile de favela e todos acompanham a canção. Divertida, mas não deveria ser ouvida e cantada por uma criança.

O que aconteceu em Curitiba no tradicional bairro de Santa Felicidade é um pequeno exemplo da proporção que a letra sexista tem.

Citando os principais pontos onde ocorrem os bailes de rua na periferia de São Paulo, “Baile de Favela” é um dos símbolos da fase mais recente do funk brasileiro, o fluxo, que entre as suas características aborda também a questão sexual, o que não é novidade na música brasileira.

‘Isso aqui ainda tem jeito / O nosso defeito é ficar parado / Então cobre quem foi eleito / Pro nosso respeito se manter guardado’ Mc Garden – Sai de Cima do Muro

Se olharmos para trás veremos que em um passado não tão distante poderíamos assistir na televisão o É o Tchan dançando na boquinha da garrafa ou os Mamonas Assassinas relatando uma tal de suruba.

Mas se antes as letras traziam uma maquiagem, agora são diretas e retas, o que faz com que a sexualidade mostrada na contemporânea “Baile de Favela” possa ser vista como exclusividade do funk e se torne uma arma para quem vê com maus olhos as expressões populares e chegam a usar o ritmo como “argumento” para culpar a vítima em casos de estupro.

Todavia, se grupos que têm apoio de gravadoras e a televisão acatam de maneira conotativa aquilo que o funk diz de maneira denotativa, todo esse tipo de manifestação deve ser questionada. É o que faz Mariana Nolasco ao apresentar uma resposta ao “Baile de Favela”.

A resposta ao funk, porém, não é novidade. Se Mariana replicou o principal representante do fluxo, Edu Krieger fez o mesmo ao se dirigir de forma crítica ao funk ostentação, apontando os erros de uma corrente que apresentava carros importantes e cordões de ouro como símbolos de status.

E se o próprio funk se mostra como um caminho promissor para chegar até os bens de consumo, por outro lado ele acaba imputando ainda mais as necessidades impostas pelos meios vigentes, que obrigam o jovem a ter aquilo que não precisa e muitas vezes o empurra para o crime, opção mais próxima, rápida e fácil para quem mora em comunidades pobres.

Mas a visão crítica sobre o funk e a sua representatividade não vem apenas “de fora”. É possível encontrar dentro do próprio movimento vozes que clamam por uma conscientização e mostram alternativas à banalização.

É o caso de MC Carol, conhecida por “Meu Namorado É um Otário” e que deve lançar no começo de julho a música “Delação Premiada”, que apresenta as diferenças sociais quando alguém da periferia é preso, como no caso do pedreiro Amarildo, e os políticos e empresários envolvidos na operação Lava Jato.

Da mesma maneira, um olhar mais reflexivo sobre a sociedade está presente também nas letras de MC Garden, representante do funk consciente, que reflete sobre o funk e trata de questões sociais como em “Sai de Cima do Muro”, que aborda as questões políticas no ritmo do batidão.

Dessa forma, Carol e Garden informam e empoderam o povo invés de banalizar a mulher ou instigar o consumo.

VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI, QUE TAL CONSIDERAR SER NOSSO APOIADOR?

Jornalismo de qualidade tem preço, mas não pode ter limitações. Diferente de outros veículos, nosso conteúdo está disponível para leitura gratuita e sem restrições. Fazemos isso porque acreditamos que a informação deva ser livre.

Para continuar a existir, Escotilha precisa do seu incentivo através de nossa campanha de financiamento via assinatura recorrente. Você pode contribuir a partir de R$ 8,00 mensais. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

Se preferir, faça uma contribuição pontual através de nosso PIX: pix@escotilha.com.br. Você pode fazer uma contribuição de qualquer valor – uma forma rápida e simples de demonstrar seu apoio ao nosso trabalho. Impulsione o trabalho de quem impulsiona a cultura. Muito obrigado.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: Baile de FavelaÉ o TchanEdu Kriegerfluxofunkfunk ostentaçãoMamonas AssassinasMc CarolMc GardenMúsica

VEJA TAMBÉM

'CWBreaking': O breaking de Curitiba registrado por quem o vive
À Margem

‘CWBreaking’: O breaking de Curitiba registrado por quem o vive

11 de dezembro de 2017
Rap de Curitiba mostra sua cara na cypher ‘18 Killa BoomBap’ - Leminski aplaude
À Margem

Rap de Curitiba mostra sua cara na cypher ‘18 Killa BoomBap’ – Leminski aplaude

27 de novembro de 2017
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

‘Anos 90 – A Explosão do Pagode’ abre edição 2025 do In-Edit Brasil. Imagem: Lucas Seixas / Divulgação.

O que escutamos quando olhamos: começa o In-Edit Brasil 2025

11 de junho de 2025
Nova edição do festival reafirma a potência do cinema independente. Imagem: Rimon Guimarães / Divulgação.

Olhar de Cinema 2025 celebra diversidade estética e política do audiovisual contemporâneo

10 de junho de 2025
Dupla, hoje premiada, protagonizou longa de Jorge Furtado. Imagem: Globo Filmes / Divulgação.

‘Saneamento Básico’ volta aos cinemas e reafirma Jorge Furtado como mestre da sátira social

6 de junho de 2025
Kurt Vonnegut em 1991. Imagem: Richard Mildenhall / Reprodução.

‘Cama de Gato’: a visceral obra em que Kurt Vonnegut imagina o fim do mundo

5 de junho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.