• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Colunas Espanto

A facada de um estranho

Coluna discute como o ataque ao candidato Jair Bolsonaro evoca o imaginário de um ataque de um completo desconhecido criado por muitos filmes de horror.

porRodolfo Stancki
12 de setembro de 2018
em Espanto
A A
A facada de um estranho

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

No filme Os Estranhos (2008), de Bryan Bertino, um casal é atacado dentro de sua própria casa por um grupo de pessoas mascaradas sem qualquer razão aparente para as agressões. “Vocês estavam em casa”, justifica uma das assassinas à protagonista, interpretada por Liv Tyler. O mesmo tema aparece em produções como Hush: A Morte Ouve (2013), Uma Noite de Crime (2013) e Violência Gratuita (1997).

A recorrente ideia de que podemos ser atacados por um completo desconhecido dentro de um espaço de conforto retratada nos filmes de horror parece indicar um forte medo da sociedade contemporânea. Na semana passada, essa paranoia, de que o estranho pode ser um agressor em potencial, ganhou contornos mais sérios no Brasil com a facada televisionada ao candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (leia mais).

O medo nos filmes parece acessar um instinto de sobrevivência ancestral, de quando éramos atacados por qualquer um que não fizesse parte do nosso convívio social.

Sem entrar nos méritos eleitorais que cercam o crime, podemos afirmar que a cena – registrada por câmeras amadoras de diferentes ângulos – dialoga diretamente com uma iconografia de assassinatos criada pelo cinema. Muitas dessas imagens feitas pelas lentes de cineastas que trabalham com o horror. Talvez por isso muita gente tenha se preocupado tanto com o fato de haver sangue ou não na arma, quando naturalmente a estética de ataques do tipo são bem sangrentas em títulos como Pânico (1996), Brinquedo Assassino (1988) e Sexta-Feira 13 (1980). Nosso imaginário da ficção age em nossas percepções do real a ponto de eventos que ocorrem diante de dezenas de câmeras parecerem falsos aos nossos olhos.

Do ponto de vista narrativo, a facada evoca a ideia de que não estamos seguros em lugares públicos ao lado de centenas de aliados e protegidos por policiais. Se nem nessas condições podemos nos proteger, como podemos garantir que em nossa própria casa será diferente? Em Halloween (1978), John Carpenter criou o enredo definitivo sobre o invasor que mata sem propósito com a história de Michael Myers. Representando um perseguidor implacável, o pioneiro slasher desconstrói a ideia de conforto, colocando todos à deriva de um potencial ataque.

Essa quebra do pacto da segurança do lar é parte fundamental da estratégia que provoca o choque e estimula a reação física do medo no público. O sentimento parece acessar um instinto de sobrevivência ancestral, de quando éramos atacados por qualquer um que não fizesse parte do nosso convívio social. Por isso, faz sentido a afirmação de que estamos regredindo enquanto seres humanos quando vemos um ataque como o da semana passada. Não estamos mais lidando com a ficção.

Tags: Bryan BertinoCinema de HorrorCrítica SocialFacadaHalloweenJair BolsonaroMedo do EstranhoMichael MyersOs Estranhos

VEJA TAMBÉM

Cena do filme 'Godzilla Minus One'. Imagem: Divulgação.
Espanto

‘Godzilla Minus One’ emociona com a vida e não com a destruição

3 de abril de 2024
Cena do filme 'Somente Deus por Testemunha'. Imagem: Reprodução.
Espanto

‘Somente Deus por Testemunha’ horrorizou sobreviventes do Titanic

16 de fevereiro de 2024

FIQUE POR DENTRO

Série chegou ao fim após 3 temporadas, mas deixou possibilidade de spin-off. Imagem: Netflix / Divulgação.

‘Round 6’ termina em sacrifício, dor e silêncio

4 de julho de 2025
Michelle Williams e Jenny Slate estão impecáveis em 'Morrendo Por Sexo'. Imagem: 20th Television / Divulgação.

‘Morrendo Por Sexo’ acerta na sua abordagem franca da sexualidade das mulheres

3 de julho de 2025
Cantora neozelandesa causou furor com capa de novo álbum. Imagem: Thistle Brown / Divulgação.

Lorde renasce em ‘Virgin’ com pop cru e sem medo da dor

3 de julho de 2025
Paul Reubens como Pee-Wee Herman. Image: HBO Films / Divulgação.

‘Pee-Wee Herman: Por Trás do Personagem’ busca justiça ao comediante Paul Reubens

2 de julho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.