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‘O Estranho Mundo de Jack’ explora a liminaridade do Halloween

No terceiro texto sobre filmes de Halloween, coluna discute 'O Estranho Mundo de Jack', produzido por Tim Burton, uma ode ao feriado de 31 de outubro.

porRodolfo Stancki
17 de outubro de 2018
em Espanto
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'O Estranho Mundo de Jack' explora a liminaridade do Halloween

Imagem: Reprodução.

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Depois de atuar como animador da Walt Disney, o cineasta Tim Burton costumava dizer que havia se frustrado muito com a construção de personagens fofos. De acordo com o relato do jornalista Paul A. Wood, presente no livro O Estranho Mundo de Tim Burton, o diretor guardou tanto rancor pela animação de O Cão e a Raposa (1981) que começou a trabalhar no desenvolvimento de projetos mais sombrios como Vincent (1982), Frankenweenie (1984) e o poema que se tornaria O Estranho Mundo de Jack (1993), possivelmente a maior ode cinematográfica já feita ao feriado de 31 de outubro.

Hoje consolidada como um clássico recente da animação do estúdio, o filme de stop motion levou anos para sair do papel. Reconhecida pelos títulos voltados para a família, a Disney não queria envolvimento com uma produção cheia de monstros cruéis, pedaços de corpos e cenas de tortura. Quando a produção finalmente saiu do papel, foi pelo selo Touchstone Pictures. Como Burton estava envolvido com Batman: O Retorno (1992), a direção ficou a cargo de seu colega Henry Sellick, com quem havia trabalhado em O Cão e a Raposa.

O enredo explora, quase de forma ensaística, as similaridades (a festividade, as fantasias e as surpresas) e as diferenças (os signos alegres, o bom comportamento e a comunhão) entre cada celebração.

Em um ensaio sobre O Estranho Mundo de Jack para o livro Tim Burton, Tim Burton, Tim Burton…, o pesquisador brasileiro Lúcio Reis Filho afirma que a produção lida com a liminaridade do Halloween. A festa, escreve o autor, é naturalmente um espaço de limites entre o paganismo e o cristianismo, entre a suspensão de regras e o comportamento tradicional e entre a magia e a realidade. Trata-se de um filme que inventa realidades imaginárias para a celebração, brincando com o horrível o adorável.

É nesses limites difusos que a animação se perpetua como uma narrativa que discorre tanto sobre o Halloween quanto sobre o Natal. O enredo inclusive explora, quase de forma ensaística, as similaridades (a festividade, as fantasias e as surpresas) e as diferenças (os signos alegres, o bom comportamento e a comunhão) das celebrações. Há reflexões sobre o que significa um presente nas duas festas e qual o papel dos objetos decorativos de cada uma.

Na ambientação da trama em um mundo de Halloween, Burton e Sellick projetam nosso próprio fascínio no macabro. Lobisomens, vampiros e criaturas moribundas são apenas personagens de um universo repleto de funcionários dedicados a realizar o desejo de parte da sociedade norte-americana de, por uma noite no ano, expurgar os fantasmas e assombrar os vizinhos com fantasias de monstros. Jack, o protagonista, é o rei dessa cerimônia e entra em crise com a função que cumpre em sua sociedade. A depressão o leva a negar a sua própria natureza e o estimula mexer com rituais natalinos, levando o horror para uma época em que ninguém quer ser horrorizado. De um modo bastante contundente, é como se o filme dissesse ao seu público que a natureza humana sombria deve ser abraçada no fim de outubro para que todos possam curtir o fim do ano livres de seus fantasmas.

Tags: Cinema de HorrorHalloweenHenry SellickHorrorO Estranho Mundo de JackO Estranho Mundo de Tim BurtonTim BurtonWalt Disney

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