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‘O monstro de um mundo perdido’ pavimentou o caminho para o talento de Ray Harryhausen

Versão original de 'Poderoso Joe' foi lançada em 1949 pela mesma equipe que produziu 'King Kong' (1933). Stop motion era tão impressionante que enganou jornalistas brasileiros.

porRodolfo Stancki
22 de setembro de 2021
em Espanto
A A
O monstro de um mundo perdido

Cena do filme 'O monstro de um mundo perdido'. Imagem: Reprodução.

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O jovem Ray Harryhausen tinha 13 anos quando viu King Kong (1933) pela primeira vez. Ficou tão impressionado pelo que aparecia na tela que decidiu ir atrás de Willis O’Brien, o responsável pelos efeitos visuais do clássico dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack. Do pioneiro da animação em stop motion, o jovem aprendiz recebeu dicas para estudar anatomia, artes visuais e cinema.

Quando a guerra acabou, o ansioso e ainda inexperiente Harryhausen foi trabalhar em comerciais. Criou a própria franquia de animações. O portfólio chamou a atenção de O’Brien, que o convocou para ser seu assistente nos efeitos visuais de O Monstro de um Mundo Perdido (1949) – obra que prometia ser o próximo grande título de macaco gigante.

Com produção original de John Ford, a versão original de O Poderoso Joe (1998) era basicamente uma fotocópia de King Kong. Além do mesmo responsável pela animação em stop motion, o longa-metragem também trazia o retorno de Cooper (dessa vez como argumentista) e Schoedsack na direção. O longa também conta com a volta de Ruth Rose no roteiro.

Na história, Robert Armstrong, o Carl Denham do clássico de 1933, vive um ambicioso empresário do show business chamado Max O’Hara. Em busca de uma nova atração para seu circo, ele organiza uma expedição para a África com cowboys. Lá, encontra uma jovem mulher, interpretada por Terry Moore, que cuida de um gigantesco gorila em sua propriedade. O magnata não demora a convencê-la a se mudar para Los Angeles com o primata em troca de fama.

O filme pavimentou o caminho a ser percorrido por Harryhausen, que semeou ali algumas das suas impressionantes técnicas de efeitos visuais.

Como uma repaginação de King Kong, O Monstro de um Mundo Perdido teria pouco a oferecer ao público se não fosse o trabalho de Harryhausen. Segundo registros de bastidores, O’Brien basicamente delegou a animação inteira ao pupilo, que superou o mestre em vários aspectos. O monstro, aqui, interage com bastante naturalidade com atores e animais. Em vários momentos é desafiador notar quando termina o stop motion e quando começa o live action.

O filme pavimentou o caminho a ser percorrido por Harryhausen, que semeou ali algumas das suas impressionantes técnicas de efeitos visuais. Tal qual um show de circo, a obra encara uma cena espetacular atrás de outra – amarradas por um fiapo de narrativa.

Como em King Kong, há  um sério tom colonialista presente no argumento de Cooper. Negros são tratados como serviçais impressionados com joias e iguarias ocidentais. O sujeito que caça leões é visto como bondoso quando decide proteger o gorila protagonista. A moça branca é a única a se preocupar com a exploração territorial dos americanos.

O Monstro de um Mundo Perdido chegou ao Brasil em dezembro de 1949. As reportagens da época, que pareciam reproduções de um release, afirmavam que o gorila era o maior já visto na história do cinema. Um exagero publicitário.

No Diário Carioca, um jornalista pareceu até confundir o símio com um animal de verdade. “A equipe de cinematografistas [sic.] esteve em terras africanas, junto com uma expedição real, viveu ali e de lá trouxe, após meses e meses de indigentes esforços e procuras, esse incrível ‘Joe’ – o gorila  tornado ‘astro’ de Hollywood – fazendo-o trabalhar esplendidamente também nas cenas que se passam na América.”

O trecho é uma evidência de que o trabalho de stop motion do então jovem Harryhausen era, de fato, impressionante.

Tags: Ernest B. Schoedsackgorila giganteKing KongMerian C. CooperMonstroO Monstro de um mundo perdidoPoderoso JoeRay Harryhausenstop motionWillis O'Brien

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