Kirimbau! A expressão quer dizer corajoso e é a palavra de ordem no desenho animado Tainá e os Guardiões da Amazônia, desenvolvido pela Nickelodeon (em parceria com os estúdios Sincrocine, Hype e Viacom) e lançado em 2018. Depois de ser exibido no canal Nick Jr. e integrar a programação da Band, a animação passou a integrar, neste ano, o catálogo da Netflix.
Os episódios são baseados na trilogia do cinema nacional, Tainá. E, assim como nas telona, conta histórias de uma indiazinha que vive na Floresta Amazônica. A menina e um grupo de amigos – que inclui um macaco, um urubu-rei e uma ouriça – vivem no alto da Grande Árvore, a mãe de todas as outras. De, de lá, eles conseguem captar quando alguém precisa de ajuda e enfrentam muitos desafios para auxiliar seja quem for.
Com uma boa dose de humor e elementos mágicos, a turminha passa por aventuras e situações cotidianas que traduzem, para crianças de 3 a 6 anos, conceitos como respeito à natureza, diversidade e amizade. Além disso, a trama traz elementos da cultura indígena da Amazônia, o que colabora para aumentar o repertório dos pequenos.
Com uma boa dose de humor e elementos mágicos, a turminha passa por aventuras e situações cotidianas que traduzem, para crianças de 3 a 6 anos, conceitos como respeito à natureza, diversidade e amizade.
Tão bom quanto encontrar um desenho que as crianças gostem e que seja positivo, é ver episódios bem produzidos e com roteiro interessante, que despertam a curiosidade também dos adultos (confesso que volta e meia acompanho a saga da turminha, pois não resisto).
Esse tipo de conteúdo facilita o entendimento de alguns conceitos como amizade e respeito. São 26 episódios e em todos os protagonistas precisam encarar suas próprias fraquezas ou se deparam com situações de injustiça que precisam ser corrigidas. A série é muito positiva sem ser piegas, um dos males da maioria dos desenhos voltados para a faixa etária pré-escolar.
Cada personagem tem uma característica mais marcante: Tainá é destemida e doce, o macaco Catu é sapeca e inteligente. A ouriça Suri é pequena, curiosa e meiga. Pepe, o urubu-rei, tem um vasto conhecimento sobre a fauna e flora Amazônica.
O desenho é bastante dinâmico e animado, o que considero uma característica ótima: vendo a série, as crianças não ficam paradas assistindo (como em transe, como alguns desenhos como Peppa Pig), mas se sentem impelidas a inventar as próprias histórias e aventuras. É legal também poder conectar que todos os conceitos trazidos pelo desenho tratam de coisas do Brasil, da nossa cultura. Enquanto em outras animações há neve, Tainá fala da jaguatirica. Valorizar e ensinar a cultura local para crianças é muito interessante, porque elas se sentem parte daquilo. Minhas meninas estão animadas com o dia em que irão à Amazônia, afinal, é no Brasil, é aqui mesmo.
Na Nick Jr, o desenho é transmitido de segunda a sexta, às 11h30 e 17h30; e nos sábados e domingos, às 12h30. A animação também está disponível na plataforma de streaming Netflix. Em um canal no YouTube, da própria Tainá e os Guardiões da Amazônia, há músicas e alguns episódios para acompanhar.