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Home Crônicas Alejandro Mercado

A mão materna

Alejandro Mercado por Alejandro Mercado
24 de novembro de 2016
em Alejandro Mercado
A A
"A mão materna", crônica de Alejandro Mercado.

Imagem: Reprodução.

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Uma das principais lembranças de minha infância são as mãos de minha mãe. Admito que é tarefa difícil explicar a corações alheios o significado, mas hoje me peguei pensando nas mãos de mamãe. Havia algo muito caloroso naquele par de mãos, pequenas mas grandes, fortes ainda que nunca tenham demonstrado nenhuma força hercúlea, macias em toda sua aspereza.

Às noites, mamãe passava um produto chamado “Luvas de silicone” em suas mãos, uma espécie de proteção contra as agressões cotidianas como a proporcionada por produtos químicos e alimentos. Os teclados de celulares sempre foram muito pequenos para seus dedos grossos. Havia ainda o desgaste do contato com as páginas de livros, sempre suavizados por uma pequena camada de saliva passada na ponta do dedo responsável por virar a página. Livros sempre lhe foram um refúgio.

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Havia algo muito caloroso naquele par de mãos, pequenas mas grandes, fortes ainda que nunca tenham demonstrado nenhuma força hercúlea, macias em toda sua aspereza.

Suas mãos sempre estavam quentes a qualquer necessidade de toque, mesmo que ela surgisse após o manejo com água fria. Aquele calor emanava de suas mãos como uma força solar, capaz de aquecer e acalmar o coração de um menino em frangalhos por uma paixão rejeitada, a dor de um resultado não alcançado ou até mesmo a derrota sofrida por seu clube do coração.

Seu toque sempre vinha seguido de uma palavra tão carinhosa quanto. Era um passo ensaiado, que iniciava com o posicionamento estratégico ao meu lado, seguido pelo cafuné que bagunçava todo o cabelo e um beijo lambido na bochecha. Parecia um ritual, aqueles repetidos à exaustão e que, ainda assim, atinge o objetivo pré-estabelecido.

Cada toque proporcionava tranquilidade, e era acompanhada de muita paz de espírito. Era possível sentir a experiência de vida através da pele já enrugada, calejada pelo acúmulo de anos. Sentir aquelas mãos era ter o tempo pausado, como se tudo passasse a andar em câmera lenta, um ritmo mais humano, mais próximo. A vida parecia, na palma daquelas mãos, mais fácil, quase boa.

Talvez mamãe nunca saiba, mas suas mãos sempre foram minha melhor terapia. Ou talvez ela soubesse, e por isso nunca me repreendeu utilizando as mãos. Delas, só senti carinho.

Tags: carinhocrônicainfânciamãemãomãosmãos de mãematernidade
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