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Home Crônicas Alejandro Mercado

Cidadão mineirense

Alejandro Mercado por Alejandro Mercado
14 de julho de 2016
em Alejandro Mercado
A A
"Cidadão mineirense", crônica de Alejandro Mercado.

Imagem: Reprodução.

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Nasci em uma cidade esquecida do mundo, no cotovelo da amnésia divina. Narro Mineiros aos outros como “a cidade onde fica o Parque Nacional das Emas”. Não que isto resolva, mas ao menos sintoniza que o esquecimento de Deus não a tornou terra do Diabo, apesar de seu calor infernal.

A “Princesinha do Sudoeste” nasceu depois de ser distrito de Jataí, outra cidade no sudoeste goiano que, talvez, o leitor nunca tenha ouvido falar. Mineiros ganhou esse nome da obviedade maior de sua formação: fundada e povoada por pessoas oriundas do Triângulo Mineiro.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Mineiros e os mineirenses guardam na memória dois personagens marcantes: o Coronel Carrijo e o Dr. Filgueiras. Separados por 75 anos, entraram para a história da cidade como homens-chave.

Coronel Carrijo, nome de guerra de Joaquim Carrijo de Rezende, é considerado legítimo fundador da cidade, tendo chegado à região lá nos idos de 1873. “Seu” Carrijo era casado com Donaciana Alves de Rezende, mineira assim como ele. Das coisas que aprendemos sobre o Coronel, uma dizia que se tratava de um homem enérgico e extremamente vaidoso, talvez em virtude de ser canceriano. Como trabalhava com comércio de diamantes, o Coronel Carrijo presenteava com frequência sua esposa e filhos com jóias. Já Donaciana, uma leonina sensível, como diziam os mais velhos, era dedicada à pesca e portadora de uma doença capilar que a fez perder os cabelos. Em virtude do infortúnio, passou a colecionar perucas sem as quais não saia de casa.

Mineiros e os mineirenses guardam na memória dois personagens marcantes: o Coronel Carrijo e o Dr. Filgueiras. Separados por 75 anos, entraram para a história da cidade como homens-chave.

Das marcas registradas de Mineiros, como a quantidade de gaúchos que por lá residem e das terminologias típicas (“tem base?”, “quando é fé”…), uma delas foi cuidar da saúde das pessoas em outros planos. Pelas mãos do Dr. Filgueiras passaram muitos (se não todos) os cerca de 60 mil habitantes da cidade. Mineiro de Carangola, chegou à cidade em 1948 e de lá nunca mais saiu. Personagem ímpar, ganhou a alcunha de “pai da medicina” em Mineiros, afinal, improvisou o primeiro veículo utilizado como ambulância na cidade (um carro de boi) e fundou o Hospital Samaritano.

Bem antes de inaugurar o Samaritano, na região central de Mineiros, perto do Pilões Palace Hotel (o orgulho de três estrelas da cidade) e da casa de minha avó, Dr. Filgueiras montou o primeiro hospital da cidade em sua própria residência. O primeiro cômodo da casa era destinado aos atendimentos feitos por ele e pelo Dr. Suhail, que atendiam toda a população, no melhor espírito “sem olhar a quem”.

O carinho pelo homem se via expresso em inúmeros espaços ao longo da cidade. Do auxílio na abertura do Instituto Erasmo Braga, principal escola da cidade, até participar da fundação da Unifimes, precursora do ensino superior em Mineiros, Dr. Filgueiras deixou digitais em cada ponto. E mesmo sem muito contato, manteve um grande carinho por toda minha família, de quem fez o parto de dois dos três filhos de meus pais, inclusive o meu.

E como reflexo da inquietude de um Coronel e da grandiosidade de um Doutor, hoje meus três ou cinco leitores podem ler esta crônica, feita por um goiano de Mineiros. C’est la vie, ou em goianês, tem base?

Tags: Coronel CarrijocrônicaDr. FilgueirasfamíliaFrancisco Filgueiras JuniorGoiásHospital Samaritano de MineirosMineiros
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