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Home Crônicas Alejandro Mercado

Minha última crônica

porAlejandro Mercado
19 de junho de 2015
em Alejandro Mercado
A A
Imagem: Reprodução.

Imagem: Reprodução.

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Sempre me recusei a desistir, seja de coisas ou de pessoas. Enxergo pelo viés da esperança, uma luta constante pela busca em vencer as dificuldades, quiçá a aposta na força máxima do ser humano, a superação. “Mas tudo muda, nesta que é minha última crônica”.

Calma lá. O início é provocativo propositalmente. O coro dos descontentes, a turma com que nada se agrada, parece ter tomado as rédeas de uma vida que já não é lá essas coisas, mas tende a tornar-se pior quando resolvemos brincar de mal-me-quer/bem-me-quer e a última pétala sempre insiste na pior das situações. Aí, na mais tola das atitudes possíveis, passamos a crer que exaltar o que está ruim é uma forma de exorcismo do que nos perturba.

Não bastasse o martírio do convívio com pessoas que, não se sabe ao certo o porquê, vivem a reclamar da vida, do marido, da esposa, do cachorro, do time, do emprego, do que é, do que foi e do que nunca será, as redes sociais tornaram-se um muro de lamentações virtual. Não estou em busca de utilizar meu espaço para dizer que as coisas estão bem. Os juros são altos, o dinheiro é escasso, a saúde é debilitada, os riscos, bah, eles são imensos. Mas de que me adianta rodar a baiana em choramingos?

“Aí, na mais tola das atitudes possíveis, passamos a crer que exaltar o que está ruim é uma forma de exorcismo do que nos perturba.”

Entre frases de autoajuda que nada dizem e memes pouco edificantes, reproduzimos diariamente nossas frustrações. Neste caldeirão fervente que se tornou o Brasil, um prato cheio para manifestações de ódio. Fica difícil definir quem somos nessa salada de frutas da rebelião contra nossa própria sanidade.

Duas lições ensinadas por meu pai foram chaves na minha formação enquanto adulto. A primeira dizia sobre a culpa, a prima má das relações humanas. Delegá-la a alguém, por mais que acreditemos tirar o peso de nossa própria responsabilidade, esconde nas entrelinhas três dedos acusadores apontados a quem de direito. Eu. Ou neste caso, você.

A segunda, mas não menos valiosa, era sobre a tristeza. Meu pai a comparava com uma grande piscina, repleta de água. Nos olhos do senhor Alejandro pai, a tristeza é como um mergulho nestas águas. Entramos pela borda direita e saímos pela esquerda. O mergulho nos tropeços da vida é inevitável, contudo, existem várias bordas, não estamos jogados ao mar que nos condena.

Para minha alegria, hoje não é meu dia de desistir e nem de reclamar. A água no meu condomínio, por exemplo, acabou quase 48 horas atrás. Disfarço a irritação pensando que sou o Chaves. Eu disse que não está fácil. Ainda assim, vida que segue.

Tags: ChavesCrônicapensamentosreclamações

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