• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
26 de maio de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados

Dois sonhos de fim do mundo

Henrique Fendrich por Henrique Fendrich
26 de maio de 2021
em Henrique Fendrich
A A
"Dois sonhos de fim do mundo", crônica de Henrique Fendrich

Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Vez ou outra, sonho com o fim do mundo, o que vem muito a calhar com a nossa época. Em um desses sonhos, o apocalipse era consequência de um fenômeno estranhíssimo em nossa atmosfera, a qual adquiria as cores mais absurdas e lentamente deixava de ser respirável. A ciência não fazia a menor ideia do que estava causando aquilo e, assim sendo, nada podia fazer para evitar o colapso do nosso ar. Havia, no entanto, uma saída para a humanidade: voar por cima da atmosfera.

E era isso que tentávamos fazer, voar, flutuar ou simplesmente nos deixar subir até a altura que já fosse possível respirar normalmente. A tentativa, no entanto, não dava muito certo, porque trombávamos nas várias construções existentes e elas nos mantinham aqui embaixo – no ar irrespirável.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Vez ou outra, sonho com o fim do mundo, o que vem muito a calhar com a nossa época.

Em algum momento, sobreveio a certeza: nós todos iríamos morrer. E, embora em muitos isso só provocasse desespero, em mim havia uma profunda paz – ouso dizer que era praticamente uma alegria. Sim, eu iria morrer, mas tudo estava bem e da forma que havia de ser. Apenas tratei de encontrar os meus pais e dizer para eles que eu os amava e todas as coisas que ainda não havia tido tempo ou coragem para dizer. Ouvi coisas semelhantes em resposta e vi que tudo isso era bom e que convinha a mim.

Estávamos todos unidos nesse momento – no momento da nossa morte! –, com um sentimento forte de um para o outro, com muita disposição para compreender e para ajudar (era como se soprassem em nossos ouvidos “sim, sim, ajudar!”). Era bonito o momento em que aguardávamos o fim do mundo.

Mas, de repente, os que detinham poderes de acabar com o mundo se apresentaram diante de nós e revelaram que não iria haver fim do mundo coisa nenhuma – e, imediatamente, a atmosfera voltou ao normal. Parece que era uma espécie de brincadeira, uma “pegadinha” mesmo, como se quisessem com isso nos ensinar alguma lição. Perguntei-me se tudo aquilo valia a pena, porque alguns, no desespero que havia tomado conta do início, haviam se suicidado. Não tive resposta, mas intuí que ainda valia a pena.

***

Em outro sonho, eu estava entre um grupo de pessoas que sabia que iria morrer e, por isso, apenas fechamos os olhos e esperamos. A morte demorou um pouco para chegar, mas veio como um “clique” e nos transportou para outro lugar. Estávamos então em um veículo de transporte, sem saber para onde estavam nos levando. Não havia lugar para todos e muitos corriam atrás do veículo tentando alcançá-lo.

Entendi que aquilo devia ser algum desafio. Depois de um tempo, dei-me conta do que precisaria fazer: “Vou oferecer lugar aos outros”. Enquanto cada um brigava por si, chamei as pessoas para irem comigo. E me senti orgulhoso por agir assim, mas achei que também não convinha me orgulhar de mim mesmo.

E de repente vivíamos um tipo de vida, muito parecida com a nossa. Fazíamos até piadas. Lembrei-me de uma porção de coisas da Terra, esse mundo que, pelo menos para nós, havia acabado. Notei que por ali ninguém estava usando máscaras, o que me fez perguntar: “Será que a pandemia já acabou?”.

Subitamente, vi surgir vários idosos. Falei para alguém ao meu lado: “Ai, meu Deus, estão trazendo os avós das pessoas!”. Vi o meu avô, esperei que ele viesse até mim, mas fui arrastado até ele, por mãos desconhecidas. Meu avô me abraçou, falou palavras afetuosas e disse que seria meu melhor amigo “aqui em casa”. Em seguida, ele me mostrou alguma coisa sobre pesquisas históricas, pois isso era o que nos unia na época em que a Terra ainda existia. Adorei saber que podia continuar pesquisando por ali. Nós ficamos conversando um bom tempo e, quando fui perguntar sobre a minha avó e outras pessoas que moravam na “casa”, acordei – na Terra mesmo.

Tags: Apocalipsecrônicafim do mundosonho
Post Anterior

‘Demian’, o livro que me fundou

Próximo Post

O pop tem uma nova rainha: Olivia Rodrigo

Posts Relacionados

"Drama da mulher que briga com o ex", crônica de Henrique Fendrich.

Drama da mulher que briga com o ex

24 de novembro de 2021
"A vó do meu vô", crônica de Henrique Fendrich

A vó do meu vô

17 de novembro de 2021

Saint-Exupéry e o mundo deserto

10 de novembro de 2021

Das laranjas e dos crepúsculos

3 de novembro de 2021

Pedalando na chuva

27 de outubro de 2021

Mulher do 3×4

20 de outubro de 2021

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • 25 anos de ‘Xica da Silva’, uma novela inacreditável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • Matt Damon brilha como pai atormentado de ‘Stillwater’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘O Nome da Morte’ usa violência crua em história real de matador de aluguel

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In