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Envelheço na cidade

Paulo Camargo por Paulo Camargo
20 de abril de 2021
em Paulo Camargo
A A
"Envelheço na cidade", crônica de Paulo Camargo

Imagem: Reprodução.

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Uma amiga querida, que não vejo há mais de um ano, desde antes do início da pandemia, me confidenciou em uma mensagem que, ao se olhar no espelho todos os dias, enxerga uma mulher cinco anos mais velha, talvez mais, do que em março de 2020. Os fios de cabelos brancos se multiplicaram, e ela não tem coragem de ir a um salão de cabeleireiro para tingi-los. No seu belo rosto se acumularam novas rugas, enquanto as já existentes se aprofundaram. Para ela, como para tantos ao redor do mundo, do país, foi um ano de perdas, algumas muito dolorosas. O sofrimento, o medo e a ansiedade envelhecem.

A conversa, que se iniciou com uma troca quase banal de trivialidades, ganhou meio sem querer um tom inesperado de gravidade. Minha amiga me fez refletir sobre os impactos do que estamos vivendo sobre mim, sobre meu corpo. Foi inevitável buscar um espelho, e investigar se eu enxergava no meu rosto as marcas que ela contou perceber no seu semblante. Levei um susto. “Quem é esse cara?”, quase me perguntei na solidão do meu banheiro.

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Conversando mais tarde com outro amigo, agora por meio de um post feito numa rede social, ele disse sentir sua alma envelhecida, mais do que seu corpo físico. Sim, após mais de 13 meses desde que tudo começou, há um cansaço, uma ressaca, diante do sofrimento que, com o agravamento da pandemia, se espalha e se aproxima. E toma conta, sim, do que me é mais essencial. Algo na fronteira entre corpo e alma.

Se minha barba está quase toda grisalha, meus cabelos, que por questões genéticas eram mais resistentes à ação do tempo, vêm ganhando fios brancos de forma acelerada nos últimos meses. Olheiras que antes eu não tinha, ou não via, chamam minha atenção em meu autoexame. O olhar está distante, introspectivo. Inevitável, eu diria.

Como dizem Nelson Cavaquinho e Elcio Soares, em seu samba clássico, “Juízo Final”, acredito que “o Sol há de brilhar mais uma vez” e “do mal será queimada a semente”. Não perdi a esperança! Por isso, resisto. Enquanto isso, envelheço, sim, porque negar o que está acontecendo, como muito insistem em fazer, é apodrecer em vida. “Quero ter olhos pra ver a maldade desaparecer.”

Tags: "Juízo Final"crônicadorElcio SoaresEnvelhecerindiferençanegaçãoNelson Cavaquinhopandemiasofrimento
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