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Fotografia

Paulo Camargo por Paulo Camargo
26 de março de 2019
em Paulo Camargo
A A
"Fotografia", crônica de Paulo Camargo.

Imagem: Reprodução.

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Revirando gavetas e caixas, encontro uma fotografia. Eu e um grupo de amigos de juventude. Uns 20, talvez. Sentados em um sofá, espalhados pelo chão, amontoados uns sobre os outros. Abraçados, no colo, tentando caber na imagem. Felizes em uma noite perdida na década de 1980. Todos ainda estudantes, repletos de projetos, sonhos e desejos, alguns inconfessos à época. Essa foto daria um livro, se eu decidisse contar o que aconteceu com cada um desses personagens, mas prefiro por deixá-los em paz. E nem precisaria ter uma imaginação muito prodigiosa. A vida se encarregou de ser, como de hábito, mais surpreendente do que a ficção é capaz.

Revirando gavetas e caixas, encontro uma fotografia. Eu e um grupo de amigos de juventude. Uns 20, talvez. Sentados em um sofá, espalhados pelo chão, amontoados uns sobre os outros. Abraçados, no colo, tentando caber na imagem. Felizes em uma noite perdida na década de 1980.

Eu me vejo ali em um canto da foto. Olhar enigmático, introspectivo e, ao mesmo tempo, querendo aparecer. Lembro-me de estar feliz por estar com aquelas pessoas, que não conhecia há muito, mas eram, naquele momento, fundamentais. Alguns se tornaram amigos de toda uma vida, mesmo que hoje os veja pouco. Outros perdi de vista, ou se descolaram de meus caminhos, e viraram apenas lembranças. Eu sei onde estão, no entanto. Tenho noção do que fazem da vida, por meio de conhecidos, ou das redes sociais.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

De alguma forma, ainda que artificialmente, essas teias humanas virtuais relativizam tempo e espaço, nos dando a ilusão de terem encurtado distâncias. Não creio muito nisso! Reconheço que as redes são capazes de trocar alguns daqueles rostos muito jovens por outros, maduros, com marcas do tempo; cabelos, barbas, acinzentados pelos anos. Dão a eles novas narrativas, no entanto frágeis, é bem verdade. São capazes, entretanto, de fazer borbulhar a imaginação. Sim, elas aproximam, mesmo artificialmente.

Fico surpreso ao me dar conta que a foto na minha mão já não me traz nostalgia. Vivi minha juventude intensamente e tive muitos momentos inesquecíveis, definidores, que moldaram quem eu sou hoje, bem ou mal. E reconheço na foto personagens fundamentais nessa narrativa. Há até quem tenha sido protagonista, porém caiu do tempo, e hoje reside em uma instância que já não revisito por ser território do que nunca foi o que poderia ter sido. Evanesceu.

Por  um instante, não sei o que fazer com a foto. Penso em colocá-la em um porta-retratos: ela é importante, afinal. Reúne tanta gente que já foi de alguma forma importante para mim. Desisto e a deixo sobre a escrivaninha, a aguardar um veredito. A condeno a permanecer, de propósito, um limbo. Decidi permitir-me vê-la todos os dias, por alguns instantes, resolver se permanecerá na superfície, ou se retornará ao mundo dos guardados, onde esteve por tanto tempo. Por ora me encanta olhar aqueles garotos e garotas tão lindos em suas imensas possibilidades, amontoados uns sobre os outros.

Tags: crônicaFotografiaJuventudenostalgiapassadopresentesaudosismo
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