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Home Crônicas Paulo Camargo

Horário de verão

Paulo Camargo por Paulo Camargo
17 de outubro de 2017
em Paulo Camargo
A A
"Horário de verão", crônica de Paulo Camargo.

Imagem: Reprodução.

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Neste segundo dia útil do horário de verão, chegue atrasado à própria vida, ou adiantado, se preferir. Quebre protocolos, perca o ônibus e distraia-se na hora de ficar alerta. Sussurre um poema na fila do banco e observe tudo ao seu redor como se estivesse em outro planeta. Finja ser um extraterrestre e diga bom dia ao primeiro estranho que encontrar, mas não espere resposta e siga em frente. Ande pelas ruas sem um rumo definido até seus pés se cansarem. Daí, procure um banco, degrau ou pedaço de grama, e se sente. Sinta que nada faz muito sentido, mas pode ser muito bom estar aqui, vivo.

Deixe o telefone tocar, vibrar no seu bolso, e não atenda. Mande um coração pulsante a quem ama e coloque a mão no peito ao mesmo tempo, para sentir o seu, batendo. Então, suspire fundo. Perceba que uma hora a menos, ou a mais, não deve fazer tanta diferença, embora faça. Você continuará em sua busca por algo que nunca vai compreender muito bem – e não saber tudo é uma boa razão para continuar. Essa é uma lição que a vida ensina a quem já caminhou bastante.

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Neste segundo dia útil do horário de verão, chegue atrasado à própria vida, ou adiantado, se preferir. Quebre protocolos, perca o ônibus e distraia-se na hora de ficar alerta. Sussurre um poema na fila do banco e observe tudo ao seu redor como se estivesse em outro planeta.

Ao sentar-se, fique bem à vontade para contemplar a paisagem. Ela é toda sua. Como também é um pouco de todos, até mesmo daqueles que ajustam seus relógios, cumprem todos os horários e quase nunca a percebem. Não se acanhe em tirar os sapatos, ficar em silêncio. Tampouco se sinta obrigado a ter pensamentos elevados e complexos. Poetize-se. Talvez o melhor seja mesmo fechar os olhos e tirar um cochilo, se desligar de tudo. Deixe a vida fluir sem muito rumo e esparrame-se despudoradamente no mundo. Afrouxe o cinto e observe, caso esta seja a sua vontade, e não esqueça: ainda há tempo para tudo isso. Chegar atrasado, ou adiantado, tirar os calçados,  cumprimentar estranhos, sentar no banco da praça ao lado do seu amor e vislumbrar o mundo como se fosse seu primeiro dia sobre a Terra.

Tags: crônicaextraterrestrehorário de verãotelefonetempoTerra
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