Acordei hoje com a vontade de criar uma lista possível do que fazer quando tudo isso acabar:
- Viajar para onde e quando quiser. Se for de carro, deixar as janelas abertas e sentir o vento no rosto;
- Ir a um bar cheio, encontrar uma mesa de pista, com visibilidade plena, e pedir uma cerveja, ou uma caipirinha, e ali ficar o tempo que puder, ou quiser, a apreciar a dança dos corpos que se movem livremente e sem culpa;
- Apertar a mão, abraçar e beijar no rosto quem eu encontrar ao mero acaso, sem pensar duas vezes, por impulso e vontade;
- Sair de casa a pé, sem destino definido, e vasculhar as lojas de discos e livros, em busca do que eu não preciso, e nem sabia que desejava, porque desejo é poder e liberdade;
Ir a um bar cheio, encontrar uma mesa de pista, com visibilidade plena, e pedir uma cerveja, ou uma caipirinha, e ali ficar o tempo que puder, ou quiser, a apreciar a dança dos corpos que se movem livremente e sem culpa.
- Sentar no banco de uma praça, de preferência movimentada, ao lado de quem eu amo, pelo simples prazer de assistir ao mundo que passa como a um espetáculo;
- Descer a serra rumo ao mar, nem que seja para passar o dia, por algumas horas. E, lá chegando, pisar na areia quente, como os pés descalços e, finalmente, dar um mergulho, que me servirá como uma espécie de batismo nesse estranho novo mundo;
- Reencontrar meus alunos, para lembrar de seus rostos, ouvir suas vozes e risadas, em uma sala de aula que não seja a tela de um computador;
- Visitar meu pai sem máscara e a pressa de quem tem medo;
- Ir ao cinema e torcer por uma sessão cheia, tipo aquela de Bacurau no Cine Passeio ano passado. Lotada, pulsante, e com aplausos no fim;
- Dançar como uma celebração desse recomeço, sabendo que nada será como antes;
- Fazer planos, para poder desfazê-los, e pensar em outros, porque assim a vida é;
Não é pedir muito.