• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
28 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Crônicas Paulo Camargo

O ano que vivemos em perigo

Paulo Camargo por Paulo Camargo
18 de dezembro de 2018
em Paulo Camargo
A A
“O ano que vivemos em perigo”, crônica de Paulo Camargo.

Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Entre as descobertas que fiz em 2018, a mais significativa foi a de que não se deve perder tempo discutindo com quem acredita ter certezas absolutas, convicções inflexíveis. É como tentar afagar uma parede, à espera de um arrepio, de um sinal de vida, e vulnerabilidade, que permita uma aproximação verdadeira, epidérmica. Quando uma ideia se transforma em fé cega, ou em palavra de ordem, o melhor a fazer não é recuar, por medo, mas desviar, estrategicamente, por respeito a nós mesmos, à nossa alma e saúde mental.

Ao longo de 2018, também me dei conta de que é maravilhoso não caminhar em linha reta, se permitir as dúvidas, a inquietação. Cerrar os punhos, disparar insultos, para enfrentar o contrário, o suposto inimigo, apenas denunciam a fragilidade de argumentos, a necessidade de impor em vez de propor. E este ano não foi um ano de propostas, e sim de tiros disparados a esmo, de facadas reais e virtuais, de calúnias e insultos. Também foi feito de mentiras e intensa incomunicabilidade, apesar de, ironicamente, o grande campo de batalha tenha sido as redes sociais, o WhatsApp, instâncias nas quais as pessoas vivem sob a ilusão de fazerem parte de um mundo interligado, sem se darem conta de que estão profundamente sós.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Ao longo de 2018, também me dei conta de que é maravilhoso não caminhar em linha reta, se permitir as dúvidas, a inquietação. Cerrar os punhos, disparar insultos, para enfrentar o contrário, o suposto inimigo, apenas denunciam a fragilidade de argumentos, a necessidade de impor em vez de propor. E este ano não foi um ano de propostas, e sim de tiros disparados a esmo, de facadas reais e virtuais, de calúnias e insultos.

Preferi, em 2018, estar mais nas ruas, sair por aí, observar e ouvir, e não tentar me explicar. Não achei que fosse o caso de ser coerente por princípio, mas talvez por consequência. Procurei compreender o mundo, por meio dos sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar -, numa tentativa de, se não escapar de minha bolha, tentar lhe dar alguma permeabilidade. Poros capazes de me permitir contato com outras bolhas, que me permitissem trocas de fluídos. E, assim, diluir um pouco as minhas certezas – sim, eu as tenho -, as colocando em dúvida.

Não desejo mal a quem rejeitou o que eu tinha a dizer em 2018. Apenas decidi que manterei uma distância segura de quem acredita no que me agride e insulta, desafiando meus conceitos de humanidade. Que tenham a oportunidade de perceber se têm ou não razão, e de desenvolver não apenas senso crítico, mas a capacidade autocrítica, talvez hoje a maior de todas as virtudes nestes tempos de cólera. Lutem por suas crenças, mas não pisem em ninguém!

Despeço-me de 2018 também feliz, por ter cumprido algumas metas pessoais e vivido intensamente o que realmente importa. Se perdi um bocado, também recebi alguns doces presentes. Percebi que fiz faxina, mudei móveis de lugar, cheguei mais perto da minha essência, em nome do amor, da vida que pulsa, e não apenas da que adormece no conservadorismo e no receio de mudanças. Que venha 2019.

Tags: 2018bolhacertezascrônicaesperançainimigointolerânciainvisibilidadeperigoRedes sociaiswhatsapp
Post Anterior

‘Um Conto Chinês’: Buenos Aires e uma vaca que caiu do céu

Próximo Post

As 10 melhores séries de 2018

Posts Relacionados

"A falta que Fernanda Young faz", crônica de Paulo Camargo

A falta que Fernanda Young faz

8 de fevereiro de 2022
"Hygge", crônica de Paulo Camargo

Hygge

28 de janeiro de 2022

2022, o ano em que faremos contato com o Brasil

14 de dezembro de 2021

Em ‘Tik, Tik… Boom’, pulsa a dor de uma geração

7 de dezembro de 2021

Afeto

30 de novembro de 2021

‘Um Lugar ao Sol’ é um novelão da porra!

23 de novembro de 2021
  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ’90 dias para casar’ é puro deleite e deboche cultural

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In