Quem ama deve respeitar sempre, e acima de tudo, a liberdade do outro ser plenamente. Esse respeito deve ir além de aceitar as diferenças, as particularidades e tudo mais que faz do ser amado alguém único, especial, importante. Não se trata de fazer concessões, o que talvez seja uma atitude vaidosa, mas, dando um passo à frente, bem mais ousado, de tentar compreender o que move, verdadeiramente, a alma dessa pessoa tão preciosa, o que a sensibiliza e a torna mais plena em toda sua complexidade, distante de idealizações que, no fundo, apenas aprisionam.
Amar é um exercício constante de descobertas que devem contemplar tudo que faz único o objeto desse afeto . Ninguém é simples, e acreditar nisso é uma aposta ingênua. Amamos mais quando somos desafiados a ressignificar o que temos como certo e, portanto, estático. A grande beleza está em perceber que o outro não é uma projeção de nossos anseios e vontades. Ele existe a despeito de nós. E tem todo e absoluto direito de ser, sem que se torne personagem de narrativas que inventamos para simplificá-lo, para tê-lo em nosso poder. Se você ama, perceba, seja atento.
Amamos mais quando somos desafiados a ressignificar o que temos como certo e, portanto, estático. A grande beleza está em perceber que o outro não é uma projeção de nossos anseios e vontades. Ele existe a despeito de nós.
Erramos para aprendermos e crescer de certa forma. Não para encantar ou satisfazer, mas para seguir em frente, mais do que melhorando, ou se aperfeiçoando, e sim encontrando motivos para abrir os olhos todas as manhãs e viver de verdade. Entender o significado dessa dádiva é, possivelmente, o maior de todos os tesouros.
O erro faz parte do amor porque ninguém sabe tudo sobre ele, que também é mistério. Vivemos para saber como entendê-lo e, para isso, é fundamental olhar para nós mesmos, admitir nossas falhas, e pedir desculpas, reconhecer os equívocos, despir-se do orgulho, para, então, poder de fato crescer ao lado, transformar-se. Amar é, enfim, aprender. Sempre.