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Home Crônicas Paulo Camargo

Tempestade

porPaulo Camargo
21 de agosto de 2018
em Paulo Camargo
A A
"Tempestade", crônica de Paulo Camargo.

Imagem: Reprodução.

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Peça licença. Tenha muito cuidado ao espiar pela janela, ou tentar ouvir atrás de portas e paredes, sejam elas de concreto ou simbólicas. Tudo que não lhe pertence, ainda que exposto ao sol, à luz do dia, apenas lhe dirá respeito se houver um olhar, um gesto, mesmo pequeno, de boas-vindas. Do contrário, não permita que a curiosidade traia sua elegância, e a delicadeza perca o tom, e se dissolva no ar como se nunca tivesse existido, porque você tanto quis obter respostas, desvendar o enigma. Pessoas não são charadas.

Os segredos são necessários, mas também podem conter sentimentos contraditórios, potenciais tempestades, que não cabe a você desencadear, a não ser que seja convidado. Deixe o vento soprar e as folhas alçarem voo. Permita que o ar mude de tom, e o odor da chuva que ainda não caiu se levante da terra sedenta. O mundo precisa do fenômeno, dos acontecimentos, das revelações. Saiba aguardá-las se realmente valer a pena.

Amadurecer, de certa forma, é saber manter distâncias, compreender os silêncios e esperar. Se quiser e puder. A outra opção é seguir em frente, buscar outros mistérios, sem transpassar como um tiro, uma flecha invasora. A não ser que seja com um olhar, o mais sutil e poderoso dos mensageiros. Daí tudo muda .

Amadurecer, de certa forma, é saber manter distâncias, compreender os silêncios e esperar. Se quiser e puder. A outra opção é seguir em frente, buscar outros mistérios, sem transpassar como um tiro, uma flecha invasora. A não ser que seja com um olhar, o mais sutil e poderoso dos mensageiros.

Por isso, sempre peça licença. Mesmo que seja para derrubar portas e paredes, de concreto ou simbólicas. Mas espere sinais, gestos e não julgando que é seu o que não lhe pertence. A não ser que seja você a tempestade.

Tags: CrônicadelicadezadistânciasInvasãoolharrevelaçõessegredosilênciostempestade

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