• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Crônicas Paulo Camargo

Útil paisagem

porPaulo Camargo
28 de julho de 2020
em Paulo Camargo
A A
"Útil paisagem", crônica de Paulo Camargo.

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Há quatro meses, parece que a vida se trancou do lado de dentro. Tornou-se um espetáculo a ser visto à distância. Através da janela, na tela da televisão, pelo vidro do carro. O olhar voltou-se para o interior e, mesmo sem querer, ficou mais investigativo, questionador, porque o horizonte encolheu, para ampliar-se nos pensamentos, nos devaneios e, claro, nas inquietações.

Caminhar pelas ruas, hoje um privilégio cobiçado, alivia a fome de imagens, de movimentos e sons. O pouco é muito, porque alivia, traz a sensação de liberdade, ainda que condicional, provisória. É cronometrado em quadras, em máscaras. Mas cada minuto é precioso.

Caminhar pelas ruas, hoje um privilégio cobiçado, alivia a fome de imagens, de movimentos e sons. O pouco é muito, porque alivia, traz a sensação de liberdade, ainda que condicional, provisória. É cronometrado em quadras, em máscaras. Mas cada minuto é precioso.

O isolamento social, mesmo não sendo imposto por lei, é, para quem pode, uma opção pela sobrevivência. Não apenas pela sua ou a minha. É um exercício de empatia, de cuidar do outro. Respeito, porém, quem não tem essa escolha e é forçado a sair e, assim, enfrentar a possibilidade da doença. Talvez, por isso, dos que dela duvidam, dos que negam o vírus, escolho ficar longe. Cada vez mais.

A pandemia veio para tirar de nossas relações interpessoais um certo véu de hiprocrisia, revelando algumas diferenças que, talvez, se tornem irreconciliáveis quando tudo isso terminar. Esse estar longe evidenciou o que antes estava oculto, ou não se queria ver. Proporcionou uma visão mais ampla, e sensível, justamente porque o olhar foi interiorizado, e agora busca uma paisagem útil. Muitas perdas, assim, serão inevitáveis. É muito provável, assim, que a vida pós-pandemia seja diferente. Só nos resta esperar.

Tags: Crônicadiferençasdistanciamento socialdoençahiprocrisiaisolamento socialLiberdadePandemia

VEJA TAMBÉM

Calçadão de Copacabana. Imagem: Sebastião Marinho / Agência O Globo / Reprodução.
Paulo Camargo

Rastros de tempo e mar

30 de maio de 2025
Imagem: IFA Film / Reprodução.
Paulo Camargo

Cabelo ao vento, gente jovem reunida

23 de maio de 2025

FIQUE POR DENTRO

Retrato da edição 2024 da FIMS. Imagem: Oruê Brasileiro.

Feira Internacional da Música do Sul impulsiona a profissionalização musical na região e no país

4 de junho de 2025
Calçadão de Copacabana. Imagem: Sebastião Marinho / Agência O Globo / Reprodução.

Rastros de tempo e mar

30 de maio de 2025
Banda carioca completou um ano de atividade recentemente. Imagem: Divulgação.

Partido da Classe Perigosa: um grupo essencialmente contra-hegemônico

29 de maio de 2025
Chico Buarque usa suas memórias para construir obra. Imagem: Fe Pinheiro / Divulgação.

‘Bambino a Roma’: entre memória e ficção, o menino de Roma

29 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.