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Home Crônicas Yuri Al'Hanati

Ressaca negra

Yuri Al'Hanati por Yuri Al'Hanati
10 de julho de 2017
em Yuri Al'Hanati
A A
Crônica - Ressaca negra

Foto: Reprodução.

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Essa ressaquinha felina que me invade neste lindo domingo é negra. Tira-me toda a pouca sagacidade que acumulei em vida e me convida a uma releitura nada lisonjeira do meu mal-acabado eu. Hoje não venho, não vejo, não venço. Não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada e sequer conheço Fulana, mas caso conhecesse, só despertaria sentimentos cristãos nela neste momento.

É negra. Como perder no Banco Imobiliário. A humilhação da dívida, a avenida que o banco te toma e a conta que continua não fechando. Além da capacidade. Negra, do negroni. Gin, Campari e vermute, uma rodela de laranja que, noves fora as boas intenções, nem por um segundo te deixa esquecer de que é uma bebida alcoólica aquilo no seu copo. O negroni sozinho não é o problema, os cinco que tomei ontem a noite parecem mais suspeitos do golpe. Foi súbito e inesperado. Uma hora estava sóbrio, conversador, distribuindo sorrisos e comentários amenos, e em outra, tudo girava e nada mais iria ficar bem de novo. Por sorte já estava sozinho e livre para cair dignamente longe dos olhos de meus pares, como um leão velho que se retira do meio do bando para morrer em paz.

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Essa ressaquinha felina que me invade neste lindo domingo é negra. Tira-me toda a pouca sagacidade que acumulei em vida e me convida a uma releitura nada lisonjeira do meu mal-acabado eu. 

Agora estou aqui e levantar pode não ser uma opção melhor ao quadro em que me encontro. O teatro é armado e as problemáticas, as promessas de campanha vazias, tudo soa verdadeiro e definitivo. Sei que daqui a pouco vai passar e a cafajestagem moral dará lugar ao franciscano que me olha do outro lado do espelho com olhos misericordiosos. Sei que o crime não compensa, mas que o mal sempre triunfa; que é preciso aprender com os próprios erros, mas que cachorro velho não aprende truque novo; que é preciso perseverar, mas a carne fraqueja.

Todas as sabedorias populares, filosofias baratas e essa psicoterapia de beirada que realizo sem diligência e de forma breve nesta tarde modorrenta não trarão a redenção. Mas o que mais se há de fazer para passar o tempo que se arrasta entre as dobras do edredom? Uma crônica, talvez. É, boa ideia.

Tags: banco imibiliáriocrônicaDrummondfernando pessoafulanamoralnegroniressacaSão Francisco
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