• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
8 de agosto de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Literatura Contracapa

Beleza e brutalidade nas sagas islandesas

Luciano Simão por Luciano Simão
2 de outubro de 2017
em Contracapa
A A
Sagas islandesas são relatos histórico-literários muito antigos

Sagas islandesas são relatos histórico-literários muito antigos. Foto: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

A leitura de textos de eras passadas, como a Odisseia, a Divina Comédia ou as tragédias de Sófocles e Eurípedes é uma forma de transcender os séculos e enxergar a universalidade da condição humana ao longo dos milênios de nossa existência no planeta. Frequentemente, os grandes clássicos da humanidade nos permitem [highlight color=”yellow”]vislumbrar os alicerces primordiais de nossa cultura[/highlight] – da história à filosofia, da arte à ciência, essas obras encarnam tudo o que somos, enquanto indivíduos e enquanto sociedade.

Infelizmente, as sagas islandesas – narrativas que mesclam prosa e poesia, fato e ficção, lendas e lembranças – ainda são pouco reconhecidas neste contexto do legado cultural mundial. A própria palavra “saga”, afinal, é o termo islandês literal para “história”, no sentido arcaico de “estória”: as sagas islandesas nada mais são, portanto, que a história de um povo – um povo destemido e sobrevivente, ao mesmo tempo brutal e sutilmente sensível, capaz de extrair beleza transcendental da frieza inorgânica de uma terra de rochas, fogo e gelo.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

De autoria desconhecida, as sagas, assim como a Ilíada e a Odisseia, resultam de uma extensa tradição oral, e carregam tons de histórias narradas de pais para filhos, transmitidas em família como a própria linhagem sanguínea. Escritas em nórdico antigo, idioma predominante dos desbravadores vikings e seus territórios colonizados, as sagas islandesas (que somam mais de 40) trazem ao leitor contemporâneo uma imediata sensação de estranhamento. Não seguem, por exemplo, o fluxo narrativo da literatura ocidental moderna, e empregam amplamente artifícios não-fictícios diversos, como o detalhamento extenso das árvores genealógicas de seus protagonistas, descrições de expedições e batalhas históricas, e uma preocupação constante com a acuracidade geográfica, o clima e a batalha com outras forças da natureza.

Porém, é possível identificar nas sagas os primórdios do que hoje conhecemos como conto ou romance.

Porém, é possível identificar nas sagas os primórdios do que hoje conhecemos como conto ou romance: o foco em protagonistas memoráveis, cujas sinas e dilemas formam o cerne temático das tramas, e cujos conflitos sustentam a narrativa rumo ao clímax, muitas vezes brutal. Egill Skallagrímson, protagonista de uma das mais célebres sagas (Egils saga), é uma das figuras mais interessantes, um guerreiro de incomparável brutalidade e inesperada sensibilidade artística, dotado de grande proeza bélica e poética. Seus poemas declamados permeiam os relatos de seus atos sanguinários, tecendo um curioso contraste que dá tridimensionalidade a essa personagem sem paralelos na literatura mundial. Outro destaque é a Saga de Njáll, um conto de vingança e rivalidades familiares que perduraram por décadas, em que o fantástico e o físico se tornam indistinguíveis.

Além de servir como análise histórica e experiência literária, [highlight color=”yellow”]é possível também reconhecer nas sagas islandesas traços que influenciaram a própria maneira que viríamos a contar histórias ao longo dos séculos que sucederam seus relatos.[/highlight] Autores influenciados por elas incluem Halldór Laxness, laureado com o Nobel de Literatura, que encontrou nas sagas a essência de sua nação, lindamente explorada em romances como Gente Independente. Infelizmente, ainda são poucas as sagas traduzidas para o português, e os exemplares existentes de difícil aquisição – mas o esforço para encontrá-las é mais que válido.link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: crítica literáriaEgils sagaGente IndependenteHalldór Laxnessliteraturaliteratura islandesaNobel de LiteraturaSaga de Njálltradição oral
Post Anterior

‘Kevin Can Wait’ é humor datado e sem graça

Próximo Post

Criança. Alguém se importa?

Posts Relacionados

A jornalista e escritora Daniela Arbex

Daniela Arbex: “me sinto privilegiada por dar voz à memória afetiva das pessoas”

11 de abril de 2022
Lygia Fagundes Telles em 7 livros

Lygia Fagundes Telles em 7 livros

4 de abril de 2022

Romance inédito de Leonard Cohen será publicado este ano

28 de fevereiro de 2022

Super-Homem bissexual: representatividade efetiva ou jogada de marketing?

17 de outubro de 2021

Como o streaming está escolhendo hoje o que você vai ler amanhã

23 de julho de 2021

Pynchon & eu

2 de julho de 2021

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Procura-se’ trabalha suspense a partir do desespero de casal com filha desaparecida

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A gente mira no amor e acerta na solidão’: o amor pelo que ele é (e não é)

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In