• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
20 de agosto de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Literatura Ponto e Vírgula

‘Ensaio do Vazio’, ensaio de uma vida

Walter Bach por Walter Bach
1 de setembro de 2016
em Ponto e Vírgula
A A
Ensaio do Vazio

Carlos Henrique Schroeder. Foto: Chan WeArt / Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Quando nada satisfaz alguém não há dinheiro, fama ou diversão ilícita que acalme a criatura, e todas as suas proezas a deixam uma sensação de vazio. O título Ensaio do Vazio entrega um pouco, mas não dá conta do abismo interior em que o protagonista fica nessa ficção de Carlos Henrique Schroeder, publicada pela 7Letras em 2006.

Acompanhamos um protagonista cujo nome não sabemos de imediato – vamos chamá-lo de “o cara” por enquanto -, cuja desilusão o dá a rasteira que faltava. Um artista plástico casado com uma palestrante de autoajuda, ah, não tem como dar certo, podia ter casado com aquela outra, o casório virou uma repetição de brigas idiotas e ambos estão cada vez mais fartos um do outro. Mas grande porcaria, porque “o cara” sempre tem uma diversão à espera. Prostitutas, drogas, masturbação, “o cara” tem o mundo a mão e falta muito pouco para comprá-lo de vez.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Ele ficou rico o bastante com arte a ponto de, em bom português de rua, limpar a bunda com cheque – fala das grifes em sua casa como se fossem mobílias descartáveis, prontas para serem trocadas em um estalar de dedos; e mesmo reconhecendo o quanto deve financeiramente à sua arte, fala dela com tanto desprezo como se a pudesse jogar fora. Depois de (outra) insatisfação caseira, “o cara” vai à rua afogar as mágoas e só quer ficar na dele, mas justo onde para é reconhecido por um desafeto.

Outro ponto positivo desse Ensaio do Vazio é mostrar alguns aspectos da voz do autor em estágio larval. O trabalho com a forma é visto em mudanças de tempo nesta ficção.

Aí vem um dos méritos desta ficção. O que aconteceu com o protagonista após ter sido visto fica pra depois porque o acompanhamos em outra época, anos antes dele se tornar “o cara”. É quando aprendemos o nome dele, Ricardo, e também o quão bicho do mato ele se vê. Filho de uma família conservadora cuja mãe começa a exigir dele uma “atitude nupcial”, em suas palavras, o fedelho mal saído da escola fala de como virou produto mercadológico e percebemos que o desprezo era cultivado desde tenra idade.

“Na adolescência, morar numa cidade interiorana de cinco mil habitantes é ser lobotomizado. […] Quando se é jovem, o mundo está lá fora, vital, esperando-o. Escapei de algumas armadilhas.”(p.25). Em menos de dez páginas se percebe que o próprio criou suas armadilhas: cursando uma faculdade mais pela pressão externa do que por vontade, sugando dinheiro da família, esfolando a namorada e buscando chances para traí-la por “fins terapêuticos”, além das fracassadas tentativas de socialização entre o povo da ideologia ou querer bancar “o cara” com roupas descoladas. Muda um pouco quando Ricardo sabe de uma seita/grupo dos diferentões/ordem maçônica chamada SDI, a Sociedade da Devassidão Inata. Não é todo grupo que exige desprendimento moral e hedonismo de seus membros, e o nosso protagonista tenta se envolver com a SDI até descobrir que só pode acontecer o contrário, sem ideia de como isso pode influenciar seu futuro.

Outro ponto positivo desse Ensaio do Vazio é mostrar alguns aspectos da voz do autor em estágio larval. O trabalho com a forma é visto em mudanças de tempo nesta ficção, possível ensaio do uso da forma em As Fantasias Eletivas (2014); e também um pouco da linguagem e maneiras do protagonista, ampliados em História da Chuva (2015). E talvez um aspecto comum aos três livros seja a confusão de seus protagonistas, às vezes andando em círculos sem entender o que lhes acontece, ensaiando a própria vida.fb-post-cta

Tags: 7LetrasCarlos Henrique Schroedercrítica literáriaEnsaioEnsaio do VazioficçãoliteraturaRomance contemporâneo brasileiroVazio
Post Anterior

Big Star: a maior banda que não deu certo

Próximo Post

Lenise Pinheiro: os retratos de Baco

Posts Relacionados

'Consumidos', de David Cronenberg, parece uma paródia do diretor canadense

‘Consumidos’, de David Cronenberg, parece uma paródia do diretor canadense

15 de agosto de 2022
'Quando as Árvores Morrem': a descoberta do luto quando faltam as raízes

‘Quando as Árvores Morrem’: a descoberta do luto quando faltam as raízes

18 de julho de 2022

‘A gente mira no amor e acerta na solidão’: o amor pelo que ele é (e não é)

14 de julho de 2022

‘Eva’, de Nara Vidal, explora as consequências de uma relação tóxica entre mãe e filha

4 de julho de 2022

‘Os Coadjuvantes’, de Clara Drummond, é um petardo ácido sobre as elites brasileiras

24 de junho de 2022

A literatura e a morte: conheça 5 livros sobre o processo do luto

30 de maio de 2022

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • Salman Rushdie com seu livro 'Os Versos Satânicos'

    A polêmica de ‘Os Versos Satânicos’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • 4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A gente mira no amor e acerta na solidão’: o amor pelo que ele é (e não é)

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2022 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2022 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In